A New7Wonders, a fundação internacional responsável por eventos de 7 maravilhas por diversas partes do mundo, anunciou esta sexta-feira, em Luanda, as vencedoras das 7 Maravilhas Naturais de Angola. Inicialmente, o anúncio oficial deveria ter sido feito durante uma gala com pompa e circunstância na Baía de Luanda mas por duas vezes o evento teve que ser adiado devido às chuvas e ventos fortes, segundo anunciou a organização. Frustrada a gala, decidiram-se por um anúncio oficial em conferência de imprensa num hotel da capital angolana.
De 27 finalistas (apuradas de entre uma selecção de 200 locais), os angolanos escolheram, via sms e até 22 de Abril, as suas belezas naturais preferidas: Fenda da Tundavala, na Huíla; Floresta do Maiombe, em Cabinda; Grutas do Nzenzo, no Uíge; Lagoa Carumbo, na Lunda Norte; Morro do Môco, no Huambo; Quedas de Kalandula, em Malanje; e Quedas do Rio Chiumbe, na Lunda Sul.
As vencedoras foram apuradas pelo "maior número de votos", "independentemente da categoria" (havia sete segmentos), mas só podiam ser eleitas até "duas maravilhas por província". Na lista de finalistas, anunciada em Julho, encontravam-se representantes de todas as províncias do país.
Pelo caminho, ficaram "monumentos" como a Bacia do rio Okavango (Cuando Cubango), a Barra do Dande (Bengo), as Cachoeiras do Binga no Rio Keve (Cuanza Sul) ou as Cataratas do Ruacaná (Cunene), o Deserto do Namibe ou a Serra da Leba (ambos no Namibe), a ilha do Mussulo e o Miradouro da Lua (Luanda), rios (Cuito, Kwanza, Zaire),vários parques nacionais (Cameia, Quiçama ou Kangandala) e a Reserva Florestal do Golungo-Alto (Cuanza Norte), as Pedras Negras do Pungo Andongo (Malanje), as Grutas da Sassa (Cuanza Sul) e as Cavernas do Zau Evua (Zaire) ou a Egipto Praia (Benguela) e a praia da Caotinha (Benguela).
"O nosso património é o nosso futuro", sublinhava a fundação na apresentação do concurso. "Por isso, inspira e sensibiliza a população em geral para a necessidade de preservar o legado que deixamos às futuras gerações, através de projectos baseados na votação popular", resumiam.
Os objectivos da eleição, adiantavam, passam pela "preservação global da herança nacional e riqueza natural, a valorização do orgulho e património nacional, o fomento do turismo interno e a promoção da cultura regional". "Só o que se conhece pode ser protegido", concluíam.
Nos últimos meses, um "roadshow" percorreu do país sob o mote das 7 Maravilhas Naturais, com programas transmitidos em directo das capitais das províncias na televisão angolana (TPA1, 2 e TPA Internacional). "Uma iniciativa sem precedentes na televisão em Angola", sublinham.
A eleição, que contou com um Conselho Científico e apoio do Governo de Angola (ministérios de Hotelaria e Turismo, do Ambiente e da Cultura), da Faculdade de Ciências Universidade Agostinho Neto, Instituto de Desenvolvimento Florestal e Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros - além de diversos parceiros empresariais e patrocinadores - insere-se ainda num programa institucional destinado a promover e divulgar o património angolano baptizado de "Amo Angola". O processo de votação foi auditado pela consultora internacional PwC.