Iniciada em 2011, a requalificação da Fortaleza de Santiago procurou, antes de mais, "preservar, ao máximo, a estrutura inicial" e "manter a traça original do edifício", resume a autarquia de Sesimbra em comunicado. Foram arranjadas fachadas e muralhas, removidos pisos, paredes e estruturas que "não faziam parte da construção original". Foram reabilitados espaços interiores e substituídos piso antigos degradados e, pelo caminho, foram instalados um elevador, um deck de madeira que interliga as áreas interiores, instalações sanitárias, infraestruturas de águas, gás, esgotos, electricidade e telecomunicações. E preparadas salas para acolher novas valências.
Agora, após todo um "trabalho minucioso e especializado", "bem documentado e acompanhado por técnicos ligados à história e à arqueologia", sublinham, a fortaleza – património de interesse público desde 1977 – é um renovado espaço museológico e de lazer. Entre as suas paredes, encontra-se agora posto de Turismo, cafetaria e espaços multiusos e de exposições (para os quais se promete "uma programação cultural regular"). Nos planos está ainda a instalação no monumento do Museu Marítimo de Sesimbra.
A "recuperação total" do monumento, incluída no Programa Integrado de Valorização da Frente de Sesimbra, apoiado pelo QREN-PORLisboa, rondou, segundo dados da câmara, os dois milhões de euros.
Com a inauguração marcada para 25 de Julho – e portas a abrir às 21h –, a festa da reabertura da Fortaleza de Santiago contará (a partir das 22h) com um concerto de Teresa Salgueiro, a antiga voz dos Madredeus. O programa inclui também a inauguração de duas exposições: uma sobre a história do edifício e outra sobre a intervenção realizada.