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A Irmandade dos Clérigos é uma das instituições subscritoras do protocolo

A Irmandade dos Clérigos é uma das instituições subscritoras do protocolo Rui Farinha

Vários monumentos do Porto vão ter bilhete único

Por Abel Coentrão

Autarquia, Misericórdia, Associação Comercial, Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, Irmandade dos Clérigos e Cooperativa Árvore assinaram protocolo.

Em 2015 os turistas que visitarem o Porto vão poder adquirir um bilhete único que lhes garantirá, a um preço mais baixo, entrada em pelo menos seis espaços da zona histórica do Porto. A Casa do Infante, o Palácio da Bolsa, a Igreja e o museu da Misericórdia, o parque e a Casa da Prelada, da mesma instituição, a Igreja e a torre dos Clérigos, a sede do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto e da Cooperativa Árvore são, para já, os edifícios que serão incluídos num roteiro, fruto de uma parceria entre seis parceiros.

Trabalhada em menos de dois meses, o protocolo que esta segunda-feira foi assinado no Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto, pode brevemente incluir novos parceiros. Na sala estava a directora do Museu Nacional de Soares dos Reis, instituição muito interessada em entrar neste novo roteiro, e segundo o provedor da Misericórdia, António Tavares, também o Ateneu Comercial do Porto manifestou vontade de entrar no projecto.

A Câmara do Porto, que segundo o vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, está a preparar um bilhete único para os equipamentos culturais que tem sob a sua alçada, poderá também não se ficar pela Casa do Infante neste roteiro agora apresentado. O desenho final da oferta e o preço serão decididos até ao fim do ano por uma comissão que será presidida pela Associação Comercial. Comissão essa que poderá também começar a preparar ideias para projectos comuns que estas instituições esperam levar a cabo.

O presidente da ACP, Nuno Botelho, e o provedor da Misericórdia explicaram que os parceiros estão interessados em fazer programação e conteúdos comuns, que melhorem a oferta cultural e os conteúdos associados aos monumentos incluídos no roteiro. Para os quais terá de ser feita também informação comum, para ser disponibilizada aos turistas. Para tudo isto, as entidades que agora se juntaram esperam conseguir apoios no novo quadro comunitário.

Para Paulo Cunha e Silva, é certo que a cidade só terá a ganhar com este bilhete único que, para além de mostrar a diversidade da oferta, quase toda ela localizada na Zona Histórica, a um preço apelativo, poderá também estimular um prolongamento do tempo de estadia dos turistas na cidade. Este é, aliás, um dos desafios que o Porto tem de vencer, depois de ter ganho a atenção dos mercados emissores de turistas e ter conseguido, nos últimos anos, por duas vezes, o prémio de melhor destino europeu.

Nuno Botelho critica atribuição "pouco criteriosa" de fundos
Foi uma posição individual, que não vincula as instituições que assinaram o protocolo para a criação de um bilhete único para monumentos no Porto. O presidente da Associação Comercial, Nuno Botelho, atirou-se à "pouco criteriosa" atribuição de fundos europeus na área do turismo, dando como "mero exemplo" o encaminhamento de quase 160 mil euros para um posto de turismo virtual em Vizela. Garantindo que nada o move contra Vizela, o dirigente associativo argumentou que num momento em que Portugal fechou o acordo para o novo quadro comunitário, não se pode continuar a apoiar pequenos investimentos que, a seu ver, têm pouco impacto no turismo regional, quando, por outro lado, instituições como a Misericórdia ou a Irmandade dos Clérigos tiveram dificuldade para ver aprovados financiamentos para as obras do museu e da torre dos Clérigos.

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