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Vamos fazer turismo à refinaria de Sines?

Por Luís J. Santos

Projecto "Sines - Turismo Industrial Sustentável" é apresentado este mês e quer aproveitar turisticamente as empresas da região. E vem aí a primeira pós-graduação em Turismo Industrial em Portugal.

Há um grande projecto de turismo industrial a desenvolver-se no sul. "Sines - Turismo Industrial Sustentável" é o projecto alinhavado entre a incubadora de empresas local, Sines Tecnopolo, e a Galp Energia, com o apoio da autarquia.

Preparado para estrear-se no dia 26, permitirá visitas à refinaria da empresa. Numa segunda fase, deverá integrar rotas temáticas, um centro de acolhimento e incluir outras empresas com instalações industriais na zona, casos da EDP, REN, Repsol ou PSA.

Para já, a parceria com a Galp permitirá visitas à refinaria de Sines, que "abre as suas portas a todos os interessados nas actividades que decorrem na maior instalação industrial do país", informa a Tecnopolo. O convite: ir "conhecer uma das mais importantes empresas nacionais, responsável em 2013 por cerca de 9% do total das exportações portuguesas". Depois da inauguração do projecto no dia 26, "o público em geral poderá agendar a sua visita à refinaria através de marcação nos websites da Galp Energia e do Sines Tecnopolo", dependendo da disponibilidade da refinaria.

Na visita à refinaria da Galp, explicam, os turistas podem ter contacto com "processos que dão origem a produtos que consumimos no quotidiano", compreender a sua "complexidade e desmitificando algumas das questões que os envolvem, com a tecnologia de ponta utilizada, com as profissões que lhe estão associadas". Mas, adiantam, também "com uma dimensão mais humana materializada nas histórias de vida dos seus trabalhadores".

"Temos aqui uma realidade industrial, logística e portuária que é única no país e, portanto, havia que tentar 'casar' de forma harmoniosa dois sectores que aparentemente são antagónicos, que é o turismo e a indústria", disse à agência Lusa a directora-executiva do Sines Tecnopolo, Mónica de Brito.

"É um produto turístico de nicho, não arrasta massas, mas pode e deve surgir aliado aos outros produtos turísticos" existentes no território, refere Mónica de Brito, acrescentando: "Para nosso grande espanto [a adesão] foi completamente entusiástica e tem-se vindo a acentuar na operacionalização do projecto".

"Sines - Turismo Industrial Sustentável" surge na sequência de um outro,“Aportar Sines”, desenvolvido em paralelo com uma investigação no âmbito de uma tese de doutoramento. Os seus objectivos, resumem, passam por "criar e capacitar uma rede de parceiros para a produtização turística dos recursos industriais e simultaneamente desenvolver uma plataforma que disponibilize o espólio relaccionado com o processo de industrialização em Sines, permita a realização de visitas virtuais e a  marcação de visitas".

Com a aposta neste nicho turístico, Sines pretende também vir a integrar as redes internacionais de Turismo Industrial, além de este ser encarado como mais um contributo para "esbater a sazonalidade, uma das principais ameaças ao desenvolvimento turístico sustentável".

A primeira pós-graduação em turismo industrial

"Dê um mergulho na indústria" é o slogan de promoção da primeira pós-graduação portuguesa em turismo industrial. A imagem é elucidativa: uma pessoa na praia a deixar os chinelos na areia e a correr para a zona industrial sineense.

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