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  • A equipa da SIMI é constituída por ex-alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
    A equipa da SIMI é constituída por ex-alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Nelson Garrido
  • A Pizza Hut vai ter, até ao fim do ano, 24 restaurantes com a tecnologia SIMI
    A Pizza Hut vai ter, até ao fim do ano, 24 restaurantes com a tecnologia SIMI Regina Coelho

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Jovens criam 'software' de ementas digitais (e a Pizza Hut já comprou a ideia)

O menu digital — disponível em português, inglês e espanhol — potencia uma “diferenciação no serviço” e o “apetecível marketing boca-a-boca”, acreditam os jovens engenheiros, que durante seis meses participaram com mais 16 finalistas na terceira edição do Programa de Aceleração de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC). Exemplo prático: “Se eu for almoçar a um restaurante e voltar depois ao trabalho não me lembro de partilhar onde fui. Mas se for a um restaurante e for servido por um 'tablet' isso será diferente”, diz Pedro Paixão, que representou a equipa do SIMI no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), durante o Startup Pitch Day da UPTEC no início do mês de Outubro, que acabou por eleger como vencedora a empresa de serviços de teste de "software" Crowbar.

O foco do SIMI não é a optimização do trabalho dos restaurantes, mas essa vantagem paralela também é real, garantem: “A velocidade dos pedidos é diferente, a organização é forçada a alterar-se”, diz Miguel Pinto, engenheiro industrial. Consequências: os clientes ficam menos tempo nas mesas e mais satisfeitos, logo há menos filas de espera e mais refeições vendidas no fim do mês.

Com o negócio com a Pizza Hut — que começa nesta experiência com três tablets em cada um dos cinco restaurantes e quer ter até ao fim do ano 24 estabelecimentos digitais —, o SIMI fechou “a primeira parceira com uma multinacional” — acontecimento que os jovens engenheiros esperam ver replicado em 2015, já nomeado como o ano da “consolidação” e também do “início da exportação”, a partir do mercado do Reino Unido. “O mercado tem uma sensibilidade grande para este tipo de produtos e um índice de aceitação de tecnologias muito elevado”, considera Pedro Paixão.

O produto tem por detrás um “plano gigante de desenvolvimento” e é também por isso que os jovens engenheiros dizem não ter medo da concorrência. “Seremos sempre ‘first movers’. Se entretanto surgir alguém a fazer menus digitais em Portugal nós já estamos à frente”, diz Pedro Paixão. E Miguel Pinto acrescenta um argumento para responder a quem acha o produto pouco inovador: “É verdade que não fomos as primeiras pessoas no mundo a fazer menus digitais, mas em Portugal fomos os primeiros a conseguir produzir o produto e a divulgar o produto ao ponto de convencer uma grande cadeia a comprá-lo.”

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