A inauguração do Aeroporto Internacional de Nacala decorre a 13 de Dezembro mas a primeira rota estreou seis dias antes com o início de uma operação aérea das Linhas Aéreas de Moçambique entre Maputo e aquela cidade portuária da província de Nampula, no norte do país.
O novo voo tem três frequências semanais (segundas, quartas e sextas-feiras) em jacto Embraer 145 (50 passageiros), estando os horários dos voos fixados em articulação com as ligações entre a capital moçambicana e Joanesburgo.
O aeroporto - inaugurado oficialmente pelo Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza - foi desenvolvido a partir da reconversão de uma base aérea numa obra do grupo brasileiro Odebrecht. Como assinala O País, é o primeiro aeroporto construído de raiz desde a independência de Moçambique, permitindo poupar aos habitantes de Nacala que precisavam de realizar viagens de avião uma viagem de cerca de 200km até Nampula.
O Brasil é um dos parceiros económicos do projecto, estimado em mais de 160 milhões de euros (que atrasou um ano em relação ao previsto), tendo destinado uma tranche de empréstimo (cerca de 65 milhões de euros) além do próprio Governo de Moçambique e da empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM), segundo noticiava a Rádio de Moçambique.
É também brasileira a autoria do projecto arquitectónico. O aeroporto é assinado pelo atelier Fernandes Arquitectos, que recentemente foi responsável por grandes obras, caso de dois estádios para o Mundial 2014 no Brasil (o colosso do novo Maracanã no Rio e a Arena de Pernambuco).
Em Nacala, o aeroporto, que ocupa uma área de dois mil hectares, adianta o jornal moçambicano Notícias, conta com quatro placas de estacionamento, duas para aviões de médio porte e duas para aparelhos de grande porte (como o Boeing 747-400). Com capacidade para 500 mil passageiros por ano, aguarda agora a certificação final para acolher voos internacionais.