A exploração turística da zona já era uma ambição antiga da autarquia e, considerando que nesta fase estão a ser ultimados os últimos alojamentos da aldeia, apronta-se também o edifício que concentrará todos os serviços de apoio aos diferentes hóspedes, inclusive a sala comum de pequenos-almoços e outras refeições.
"Ainda não temos uma designação definida para a casa de apoio, que está instalada numa habitação que a Câmara adquiriu e recuperou", revelou hoje à Lusa José Pinheiro, presidente da autarquia liderada pelo CDS-PP.
"Mas a ideia é que, em vez de cada operador turístico ter que assegurar individualmente as refeições dos seus hóspedes e outros serviços necessários, tudo funcione num espaço comum, com condições mais modernas e maior economia de meios", realça.
Para o presidente da câmara, não faz sentido, aliás, a replicação de serviços num local cuja autenticidade resulta de um "ambiente rural de espírito modesto". "Desta forma, o acompanhamento aos turistas será assegurado com mais sucesso e todos os operadores terão maior rentabilidade", acrescenta o autarca.
No centro de acolhimento ainda estão a decorrer as últimas obras, que, comparticipadas por fundos comunitários em 50%, terão um custo total de 100 mil euros, ao que há ainda que somar os 40 mil euros que a autarquia investiu na aquisição do imóvel. "Com a dimensão que a casa tem, foi um negócio interessante", defende José Pinheiro.
Entretanto, a câmara está a estudar também a possibilidade de o centro de acolhimento garantir alguma programação cultural regular, "porque a aldeia tem vida e precisa oferecer algo que chame as pessoas ao local".
Nesse contexto, José Pinheiro admite que está em análise a eventual reactivação do Festival do Trebilhadouro, evento com periodicidade anual que teve oito edições antes da sua suspensão em 2011 devido ao que o então executivo camarário (PSD) definiu como "indisponibilidade financeira" para a sua realização.
"A concretizar-se a nossa intenção, precisamos de encontrar um novo local para os espectáculos, porque, se eles continuassem a realizar-se no centro da aldeia, isso ia perturbar a harmonia do local e a tranquilidade dos hóspedes", explica o autarca.
Em 2015 já não há hipótese de o festival ser retomado, mas José Pinheiro anuncia que, "com sorte, no ano seguinte talvez isso já se consiga".