Um “ferry” a remos britânico, uma longa passadeira rolante em Hong Kong ou um sistema de elevação de ciclistas na Noruega. São algumas das sete formas de transporte e deslocação escolhidas pelo portal de viagens da CNN. Entre elas, um sistema muito português de descer rapidamente uma ladeira: em carros de cestos, no Funchal.
O sui generis transporte, célebre desde o século XIX quando servia para ligar rapidamente o quase topo do frondoso Monte à cidade, é hoje em dia, como também realça o portal, mais uma atracção turística do que um transporte utilizado pela população (até pelo turístico preço de cada viagem...).
Mesmo assim, referem, "os visitantes da Madeira ainda podem ver algum homem de negócios a ser levado colina abaixo para o trabalho". Talvez a autora do artigo tenha visitado o Funchal há muito, muito tempo...
De todo modo, o certo é que, graças uma vez mais aos carros de cestos, o Funchal volta a estar nas bocas do mundo num portal com abrangência mundial.
Hoje em dia, os típicos cestos são uma das imagens de marca turísticas da ilha. A diversão, que garante uma boa dose de adrenalina (pode atingir 48km/hora), vive-se numa viagem que dura uns 10 minutos ao longo de apenas 2km.
Produzidos artesanalmente, com vimes e madeira, resume o Turismo do arquipélago, cada carro de cesto é "conduzido e controlados por dois carreiros, trajados de branco e com chapéu de palha na cabeça". Os "carreiros", ladeira abaixo, vão utilizando as "próprias botas, com grossas solas de borracha, como travões".
O serviço dos Carreiros do Monte já foi reconhecido em 2006 com uma medalha de prata de mérito turístico pelo (então) Ministério do Turismo.
Segundo os Carreiros do Monte, os preços da experiência são de 25 euros para uma pessoa, 30 euros para duas e 45 para três.
