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Aos 68 anos, Hotel Turismo da Guarda segue para venda em hasta pública

Por Lusa

Direcção-Geral do Tesouro e Finanças anuncia venda do antigo edifício do hotel, inaugurado em 1947, que deve manter uso turístico. Base: 1,7 milhões de euros.

Segundo o anúncio publicado na página da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) na Internet, a venda da propriedade em hasta pública será realizada a 30 de Abril nas suas instalações, em Lisboa, a partir das 10h. Os interessados podem apresentar propostas até às 16h do dia útil anterior ao da praça, é também indicado na mensagem. 

A venda do imóvel, que pertence ao Turismo de Portugal, fica sujeita às condições de manutenção do seu uso turístico, através da instalação de um empreendimento turístico hoteleiro, pelo prazo de 30 anos, e à conclusão das obras de recuperação do edifício e início da sua exploração turística no prazo máximo de quatro anos, "sob pena de o contrato ser resolvido".

O edifício do Hotel Turismo da Guarda -  localizado junto do atual edifício da Câmara Municipal e que foi a primeira unidade hoteleira da cidade - foi vendido em 2010, pela autarquia, então liderada pelo autarca socialista Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal, por 3,5 milhões de euros, para ser recuperado e transformado em hotel de charme com escola de hotelaria, mas o projecto não saiu do papel e o imóvel está de portas fechadas e a degradar-se. 

O presidente da câmara da Guarda, Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), disse à Lusa que o anúncio da venda do imóvel em hasta pública é um passo "muito importante" para o futuro daquele edifício, que definiu como "uma pérola da hotelaria nacional". 

"É muito importante, eu diria até determinante, para a solução que todos queremos: devolver o Hotel de Turismo à Guarda, à região e ao país", afirmou.  O autarca referiu ainda que o processo chegou a um ponto em que "é o mercado que vai ditar as suas regras".

"E espero, [que o mercado] perceba que estamos perante um hotel que é conhecido do país inteiro e é uma pérola da Guarda. E, também espero, que as pérolas tenham o seu valor e que o mercado perceba isso e que amanhã possamos ter de volta o Hotel [de Turismo] à Guarda, à região e ao país", declarou. Para Álvaro Amaro, a reabertura daquela unidade hoteleira "constituirá o fim de um ponto muito negro da história da economia da Guarda".

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