Depois de dois anos a escrutinar as mais de 3.000 candidaturas que chegaram para o anunciado “melhor emprego do mundo”, e que culminou com a entrada de quatro novos líderes profissionais de viagens, a Nomad procura agora alguém que gira todo o universo de viajantes que aqui se cruza, da equipa aos clientes e parceiros.
“Acompanhar a preparação de viajantes para os quatro cantos do mundo”. “Receber e-mails com assuntos como «Visto para o Irão» ou «Lista de equipamento para os Himalaias»”. Dar “informação detalhada sobre viagens e destinos”, fazer o “tratamento interno de reservas” ou tratar da “articulação com parceiros externos (seguros, voos, vistos, etc)”. Estas serão algumas das funções do novo “Gestor de Viajantes”, que integrará a equipa de atendimento da agência de viagens no Porto, num “escritório com varanda para a baixa”, “um Bike Park” e “entrega de legumes orgânicos”.
É um trabalho a tempo inteiro, com entrada imediata, e para alguém não menos apaixonado e conhecedor de viagens que o resto da equipa. Interesse que é analisado ao longo das 36 perguntas do formulário de candidatura, logo a começar pelas duas questões iniciais: “Para onde viajou nos últimos dois anos?” e “Qual foi, até agora, a viagem que mais o marcou?”. Além das muitas perguntas que tentam analisar se o candidato se enquadra na filosofia da Nomad, há também desafios específicos que poderia encontrar num futuro dia normal de trabalho, como responder a estes emails: “Nunca viajei para fora de Portugal, mas gostava muito de ir ao Irão. O que me pode dizer para me convencer a ir?” ou “Sou mulher e gostava de viajar para Marrocos. É seguro?”.
Tal como na oferta de emprego anterior, será a própria equipa a seleccionar directamente os candidatos, sem recorrer a uma empresa de Recursos Humanos. “Queremos pessoas apaixonadas e acreditamos que somos capazes de as reconhecer”, justificam no final do formulário. Apenas os candidatos que passarem à segunda fase serão contactados, indicam ainda. Não existe prazo limite para o envio da candidatura, sendo que “a vaga será preenchida assim que encontrarmos o candidato certo”, informam no Facebook.
Em 2012, a agência portuguesa abriu candidaturas para o que anunciava ser "o melhor trabalho do mundo", recordando o famoso slogan da campanha que o Turismo da Austrália promove desde 2009. O "desafio de fazer das viagens uma profissão" converteu-se em "mais de 3.000 candidaturas" e num processo que "demorou dois anos". Só em Fevereiro deste ano foram anunciados os quatro "novos líderes de viagem de aventura": Rita Andrade, Filipa Chatillon, Bernardo Conde e Gonçalo Luz.
