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Os cadernos artesanais que querem viajar mais

Por Mariana Correia Pinto

'O Viajante' é uma linha de cadernos artesanais portugueses criada por três designers. Até 22 de Junho, há uma campanha de “crowdfunding” para apoiar o projecto.

São da geração "hi-tech" e sabem que o avanço imparável da tecnologia pode ser um dos principais inimigos do negócio que querem criar. Mas Lisandra Gabriel, Maria Soares Oliveira e Patrícia Melo têm outra convicção em contra-corrente com o cenário actual: a geração delas mantém “uma forte ligação ao artefacto analógico” e por muita tecnologia que a rodeie “o papel nunca desaparecerá”. “É como os livros: nunca ninguém vai deixar de ler um livro mesmo que ele exista também no meio digital”, disse ao Público Lisandra, uma das três designers criadoras d’ “O Viajante”, uma marca de cadernos artesanais que lançou recentemente uma campanha de “crowdfunding” para iniciar a conquista do mercado. 

Tudo começou como um projecto de faculdade. As três alunos da Universidade de Aveiro (na altura com mais dois colegas, que entretanto abandonaram o projecto) tinham como missão de uma cadeira do curso de Design criar um produto que pudesse ser comercializado. “Não nos identificávamos com a maioria dos cadernos que existem e decidimos fazer uma coisa diferente”, recorda Lisandra, 22 anos. “O Viajante” não é um produto novo, mas procurou uma nova abordagem, argumentam: “Há nos nossos cadernos uma valorização da produção artesanal e do que é português. 

A portugalidade será uma forte aposta deste trio, que pretende “explorar graficamente” esse sentimento e, com ele, apostar fortemente no turismo como modelo de negócio. “Essa será a aposta principal, mas vamos também falar com empresas, na lógica do “merchandising”, e apostar em nichos de mercado", revelam.

Três linhas criadas

Estes cadernos — que tanto funcionam como companheiro de aventuras diárias como são um bom parceiro de viagens — são produzidos de forma artesanal e podem ser personalizáveis. “Se fossem industriais teriam sempre uma certa frieza associada que não queríamos carregar. Este modelo mostra mais cuidado.”

Para já, há três linhas criadas: a "standard" (sem ilustrações), a personalizável (onde o comprador pode definir o que quer que apareça na capa e contra-capa, o tipo de papel e a cor do elástico) e as edições especiais (limitadas e possivelmente produzidas em parcerias com outros artistas ou designers). Os cadernos “O Viajante” “não são A6, A4 ou A5 perfeitos” — “foram adaptados para terem mais portabilidade” — e têm picotado em todas as folhas, também ele feito manualmente.

Para que o projecto seja comercialmente viável, Lisandra, Maria e Patrícia lançaram recentemente uma campanha de “crowdufunding”. Precisam de cinco mil euros para adquirir máquinas de corte, de picotar e de costura, novos materiais, com mais qualidade, e conseguir um espaço que funcione como oficina e local de venda. Para já, é possível comprar os cadernos a preços de lançamento que arrancam nos 3,99 euros e em "packs" exclusivos para apoiantes da campanha, que está online até ao dia 22 de Junho.

O Viajante: Facebook

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