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DR/Instituto Cultural de Macau

Siza Vieira reconverte antigo hotel Estoril em Macau

Por Fugas com Lusa

O arquitecto português vai ser o responsável pelo projecto de reconversão do edifício da década de 1960, que será transformado num centro de actividades criativas e artísticas.

A confirmação surgiu esta semana por Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, que segundo a Lusa confirmou aos jornalistas que Siza Vieira terá aceitado o convite que lhe foi endereçado e que deverá deslocar-se à região em Outubro.

O edifício – que foi base dos casinos da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, de Stanley Ho, e que está em sem utilização desde os anos de 1990 – vai ser transformado num centro de actividades criativas e artísticas para jovens, como parte de um plano de requalificação para a Praça do Tap Seac, onde está localizado.

Siza Vieira é favorável à demolição do edifício inaugurado na década de 1960, incluindo a fachada, que contém um painel de azulejos. Segundo um anterior comunicado de Alexis Tam, o arquitecto português “considera que esta não integra o importante património cultural de Macau e, caso a fachada seja preservada, será necessário uma obra maior com um período de construção mais longo”. Uma opinião que tem gerado alguma polémica, sendo contestada por vários arquitectos locais (apesar de partilhada por Souto de Moura).

“Em termos do que representou na história de Macau, tem um valor óbvio. Foi o primeiro casino de estilo ocidental construído de propósito para esse fim. Era um sítio de cerimónias, bailes e banquetes, com pompa”, afirmou Rui Leão, vice-presidente da Associação dos Arquitectos de Macau, em declarações à Lusa no final de Julho, admitindo, contudo, “não ser uma obra excepcional”. “É bem desenhado, com uma fachada agradável. Enquanto obra não é um exercício muito erudito, mas tem qualidades.”

Segundo o responsável do governo macaense, ainda não existirá uma decisão final sobre o assunto, indicando que a posição do executivo “é aberta” e que, qualquer que seja a decisão, esta “não será consensual”, cita a Lusa.

Ao longo dos anos, vários projectos foram pensados para aquele espaço, um exemplo de arquitectura modernista no território, incluindo o acolhimento da Escola Portuguesa, mas nenhum chegou a sair do papel.

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