Até agora, e apesar de alguns anos menos bons – como os que se seguiram ao da abertura do Centro Comercial Colombo, em 1997, e mais recentemente o ano de 2012, em que a crise económica se reflectiu nas vendas -, a estratégia parece estar a compensar. “Ao nível das vendas estamos a crescer 11%”, nota o director. A taxa de ocupação das lojas (220 no total) é de 100%, com destaque para espaços dirigidos ao público de classe mais alta, para o qual a Mundicenter (proprietária do Amoreiras) apontou baterias para enfrentar a concorrência. Actualmente há lojas de luxo que, em Portugal, só se encontram ali, ou então em zonas como a Avenida da Liberdade ou o Bairro Alto.
Construído numa antiga área de estacionamento dos autocarros da Carris, perto do Marquês de Pombal, o Amoreiras beneficia da localização numa zona da cidade onde os residentes e trabalhadores têm, de um modo geral, maior poder de compra. "Conhecemos bem os nossos clientes: são mais exigentes, o que nos obriga a ter uma oferta mais qualificada", afirma Nelson Leite.
Algumas datas marcantes:
1978: Aprovado um estudo que define a estrutura do complexo das Amoreiras. Tomás Taveira fica com o projecto dois anos depois e a construção arranca em 1981.
1985: Inauguração, a 27 de Setembro. Abriu ao público no dia seguinte.
1993: Recebe o Prémio Valmor de Arquitectura, com elogios ao "uso inovador da cor" e ao facto de "conferir uma nova singularidade à cidade".
1997: Inauguração do Colombo, primeiro grande concorrente do Amoreiras. Um ano depois, a Mundicenter admitia uma quebra no número de visitantes.
1999: Católicos manifestam-se contra a publicidade de Natal do Amoreiras – uma alface no colo de Maria e de José. A administração acaba depois por substituir a alface pelo menino Jesus.
2003 a 2007: Obras do túnel do Marquês provocam o caos no trânsito da zona e diminuem o fluxo de clientes no Amoreiras.