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    Em Tulum DR/Wendy la Fey
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    Em Tulum DR/Hugo Branco
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    Em Tulum DR/Hugo Branco
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    Em Tulum DR/Hugo Branco
  • Hugo Branco vai captando os sons mais característicos dos locais por onde passa
    Hugo Branco vai captando os sons mais característicos dos locais por onde passa DR/Antigoni Geronta
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    Em Tulum DR/Wendy la Fey
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    O estúdio em viagem DR/Hugo Branco
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    Na Reserva de Sian Ka'an, em Tulum DR/Hugo Branco
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    Na Reserva de Sian Ka'an, em Tulum DR/Hugo Branco
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    Na Reserva de Sian Ka'an, em Tulum DR/Hugo Branco
  • Na estrada, México afora
    Na estrada, México afora DR/Angela Duran
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    Na estrada, México afora DR/Hugo Branco
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    Em Bacalar DR/Angela Duran
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  • Em San Cristobal de las Casas
    Em San Cristobal de las Casas DR/Hugo Branco

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Ele viaja na banda sonora das cidades

A esta componente mais artística chama-lhe Sound Escapism, “uma continuidade em acção deste projecto”, numa actuação que mistura os registos sonoros que vai captando com vídeos e imagens gravados por artistas locais e outros viajantes com quem colabora. A ideia é fazer uma apresentação ao vivo desta peça sonora em cada destino (a primeira decorreu em Tulum, no início de Junho), criando uma composição artística da viagem e, por isso, em constante mutação. “Parte de um registo minimal e vazio, porque agora tenho poucos sons, mas à medida que vou andando e juntando mais registos vai-se transformando em algo progressivamente mais complexo e denso”, descrevia.

Unir três paixões pelo mundo, sem itinerário fixo

Na cronologia da vida, vieram primeiro as viagens e a escrita, depois o som. Esta foi a forma que encontrou de juntar as três. “Nunca consegui pensar na minha vida sem ser a viajar e sempre tentei caminhar numa direcção a nível pessoal e profissional que me permitisse fazê-lo.” Nos últimos dez anos viveu em sete lugares diferentes da Península Ibérica, de Barcelona a Granada, de Lisboa a Usseira (no concelho de Óbidos). Foi no Sul de Espanha que começou a experimentar a vida de DJ - “uma das coisas que me atraiu em pôr música foi a possibilidade de viajar através disto” -; em 2013 lançou o primeiro EP a solo, “uma espécie de tributo a Jack Kerouac”, famoso escritor de viagens. “É o meu autor preferido e há muita coisa com a qual me identifico”, conta. Uma união simbólica de três paixões, que se materializa agora no terreno.

“Desde miúdo que sempre quis escrever sobre viagens e entretanto cheguei a um casamento perfeito: estar em viagem e falar sobre o som, que é efectivamente uma coisa que me fascina muito”, conta. “A forma como o ambiente sonoro muda de sítio para sítio, às vezes sem ser preciso andar muito, a maneira como cada silêncio é diferente: do deserto, de uma floresta, de uma grande cidade ou em alto mar, nunca é igual”, deambula.

Em cada partitura viajante haverá, por isso, silêncios, mas também sons urbanos, naturais, verbais e musicais. Quais é que está mais difícil de escolher, o itinerário perdido no som da viagem. Há “uma ruína maia que li que tinha uma reverberação brutal, depois a língua nativa interessa-me muito, as próprias canções e cerimónias, a música, que tem uma tradição fortíssima na maioria da América Latina”. Os países e cidades que gostava de conhecer são um rol infinito, tão grande que mal chegou a sair do ponto de partida. “Acabei por passar estes meses todos no México e ainda penso voltar a viajar uns tantos mais por lá antes de começar efectivamente a descer”, confessa.

“Aprendi a fazer menos planos e a confiar mais na vida, já que todos os dias surgem novas oportunidades interessantes”, conta. Durante a viagem fez trabalhos como DJ, voluntariado, intercâmbios e o planeamento de comunicação para uma agência de ecoturismo em Tulum, onde trabalhou durante dois meses. “Apercebi-me de que este projecto se irá estender mais do que imaginava e de que não irei seguir um percurso pré-concebido e linear, já que a vida na estrada não o é de modo algum.”

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