Enormes esculturas, que reflectem o abuso do recurso das energias fosséis e as consequências nefastas desse comportamento para o ambiente, habitam, durante este mês e ao abrigo do festival Totally Thames, uma das margens do rio Tamisa, em Londres.
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Aproveitando o subir e o vazar da maré, o artista Jason deCaires Taylor, autor da maior colecção de arte subaquática, que pode ser visitada em Cancún, no México, mostra com a instalação The Rising Tide como as alterações climáticas podem resultar num futuro apocalíptico.
Para tal, deCaires Taylor reúne numa massa de cavaleiros homens adultos, bem vestidos, a representarem a atitude de indiferença de governantes, e jovens descontraídos nos quais ainda reside a esperança. Já os cavalos, refira-se, fazem lembrar os engenhos usados na extracção de petróleo.
Realizadas em aço inoxidável e cimento de alta densidade de pH neutro, as esculturas localizam-se junto ao edifício dos serviços de informações britânicos MI6, do lado oposto ao Tate Britain, durante este mês. A instalação, comissariada pelo festival Totally Thames que, até 30 de Setembro, celebra o rio que atravessa Londres, foi financiada pela Lumina Prime8 e Art-Biosphere.
Depois disso ainda é desconhecido o seu destino, sendo que o autor está a preparar algo bem maior: o Museo Atlantico, em Lanzarote, nas ilhas Canárias, que terá mais de 400 esculturas espalhadas por dez instalações de larga escala com uma mesma ideia por base: criar um jardim botânico debaixo de água.