"O turismo na cidade teve um comportamento extraordinário, comparativamente com o resto da região e o país", disse em conferência de imprensa Pedro Machado, presidente da TCP.
Os dados apresentados, calculados com base nos atendimentos nos postos de turismo e nas dormidas vendidas, "reflectem a tendência de crescimento evidenciada desde Janeiro de 2015", com mais 40% de atendimentos efectuados até final do mês de Agosto, nos postos de turismo regionais.
De Junho a Agosto 2015, o posto de turismo de Aveiro registou mais 43,64% turistas espanhóis, 74,5% turistas franceses e 38,31% turistas nacionais, entre mercados em crescimento.
Através da recolha de dados elaborada pelo Observatório da TCP, e relacionada com as dormidas durante os meses de Verão, os estabelecimentos hoteleiros de Aveiro tiveram um crescimento de 11,29% nas dormidas em relação ao período homólogo de 2014, o que corresponde a um aumento de 7.155 dormidas, com o total de 70.556 camas vendidas.
"Há sub-regiões que têm menos camas vendidas do que só o crescimento de dormidas de Aveiro", disse.
Apesar disso, Pedro Machado conclui que "2015 é um ano de ouro para a Região Centro, já que também as outras sub-regiões tiveram algum crescimento e a própria entidade que dirige foi distinguida com o selo de "Melhor stand" na Bolsa de Turismo de Lisboa e recebeu o "globo de Ouro" da revista Publituris.
"Ainda estamos a tratar os dados de Setembro, mas vamos suplantar os melhores números, mesmo antes da crise", vaticinou o presidente da região de turismo.
Pedro Machado adiantou ainda que em 2016 deverá ser feito um esforço de internacionalização da marca Turismo Centro Portugal junto dos mercados emissores. Para o efeito foi entregue quarta-feira à Turismo de Portugal uma candidatura conjunta com as regiões Porto Norte e Alentejo, visando um investimento de dois milhões de euros na divulgação externa.
O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, igualmente presente, disse-se entusiasmado com os resultados "excepcionais" da cidade, no cômputo do movimento turístico, que atribuiu à "abertura de um novo ciclo que soma capacidades de realizar e tem nos operadores privados os principais motores do processo".
O autarca lembrou ter "arrumado" a polémica taxa turística, pela qual Aveiro "foi notícia, até 2013, pela negativa, devido à litigância (do anterior executivo municipal) com os hoteleiros e os operadores marítimo-turísticos".
