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Pedro Cunha

E se existisse um Festival da Caminhada? Está aí o Portugal Walking Festival

Por Cláudia Carvalho Silva

“Portugal é um paraíso para percursos pedestres”, afirma o director do Portugal Walking Festival. Por Marvão e Castelo de Vide, de 16 a 18 de Outubro.

Pensado especialmente para pessoas que gostam de andar a pé e com o objectivo de promover territórios com percursos pedestres instalados, a quarta edição do Portugal Walking Festival quer mostrar que as vilas de Marvão e Castelo de Vide “são mais do que o pouco território que as pessoas costumam visitar”, diz o director do festival, José Pedro Calheiros. O festival decorre de 16 a 18 de Outubro e explorará o património histórico e natural das duas vilas alentejanas.

“Esta é uma actividade para toda a gente: não há competição, não há tempos, não há folclores desportivos como em grande parte dos outros desportos”, refere José Pedro Calheiros, salientando que existem percursos com diferentes níveis de dificuldade mas que tudo é feito “ao ritmo dos caminheiros”. Existem várias caminhadas temáticas, com percursos que vão dos 7 aos 21 quilómetros ,mas este festival vai para além dos trilhos. Também vai haver uma observação astronómica, uma farolada para observação de mamíferos terrestres, uma visita a uma chocolataria, assim como jantares e animaçã “que permitem dar o conceito de festival e promover o convívio”, diz José Pedro Calheiros.

A iniciativa parte da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo e a organização técnica está a cargo da SAL (Sistemas de Ar Livre), uma empresa de animação turística, em parceria com os municípios de Marvão e de Castelo de Vide. Este festival permite “não só caminhar com os pés mas com a mente e com a alma”, refere José Pedro Calheiros, também responsável pela SAL, já que durante as caminhadas, se faz “observação de natureza geológica, geomorfológica, biológica, agronómica, de fauna e flora, ou seja, do património, tanto material como imaterial”.

Até ao momento, a organização conta com 85 inscrições, não só portuguesas mas também de participantes espanhóis, finlandeses, belgas, alemães e brasileiros. O director do festival admite que esta não é uma actividade de massas e que o que verdadeiramente interessa é que as pessoas possam “aproveitar o passeio em toda a sua plenitude”. De qualquer forma, assume que têm tido “uma visibilidade cada vez maior, num processo que se faz a pouco e pouco já que se trata de um mercado diferente dos festivais de música e de arte”.

Este festival também se torna importante no desenvolvimento económico da região, nomeadamente na escolha disponibilizada para o alojamento, porque se tentou criar, refere José Pedro Calheiros, “uma combinação de soluções territoriais, uma conciliação com o mercado internacional e ainda uma associação com a gastronomia regional”.

Em destaque nesta edição está a apresentação oficial da rede de percursos pedestres da Alentejo Feel Nature e “as paisagens fabulosas a nível das cores, devido ao Outono, às folhas caídas e aos castanheiros”, afirma José Pedro Calheiros. As inscrições são obrigatórias e devem ser feitas antecipadamente no website oficial do evento ou no local. O bilhete bestival, com o custo de 30 euros, dá acesso a todas as actividades, assim como ao jantar de sábado, a um certificado de participação e a um produto regional. Como alternativa, há o bilhete passeio pedestre, com o custo de 5€. As actividades estão cobertas com seguro de responsabilidade civil e seguro de acidentes pessoais.

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