O turismo mundial registou um recorde de 1.184 milhões de viajantes internacionais no ano passado, num aumento de 4,4% relativamente a 2014, indicou a Organização Mundial do Turismo (OMT).
Este é o sexto ano consecutivo de crescimento superior à média, com as chegadas internacionais a registar todos os anos um aumento de 4% ou mais desde 2010, após a crise económica, afirmou o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, em conferência de imprensa.
O aumento em 5% das chegadas de turistas internacionais nos países desenvolvidos ultrapassou as nações emergentes (4%) deveu-se aos resultados da Europa.
Para estes números só contam as chegadas de turistas internacionais que realizam pelo menos uma pernoita. A Europa tem liderado este crescimento, subindo 5% em termos absolutos.
Em sentido inverso, só África desce, com menos 3% de turistas (até mesmo menos 8% no Norte de África).
E quem mais contribui para tanto turismo? China, EUA e Reino Unido lideram no envio de turistas para todo o mundo.
"O turismo internacional atingiu novos máximos em 2015. A performance robusta do sector está a contribuir para o crescimento económico e para a criação de emprego em muitas partes do mundo", comentou Taleb Rifai, reforçando que, "por isso", é "crucial que os países promovam políticas que apoiem o crescimento continuado do turismo, incluindo a facilitação das viagens, desenvolvimento dos recursos humanos e sustentabilidade".
Reconhecendo-se que os resultados de 2015 foram "influenciados pelas taxas de câmbio, preços do petróleo e crises criadas pelo Homem em muitas partes do mundo", a organização põe o foco nos temas de segurança e segurança. "Devemos todos não esquecer que o desenvolvimento do turismo depende enormemente da nossa capacidade coleciva para garantir uma viagem segura, tranquila e sem interrupções", é sublinhado, sugerindo-se que os governos "devem incluir as administrações turísticas nos seus panos nacionais de segurança, estruturas e procedimentos".
Para 2016, adianta do documento divulgado pela organização, espera-se um novo crescimento de 4% a nível mundial (Ásia e Pacífico devem liderar, a par das Américas, com a Europa a ficar-se entre 3,5 e 4,5%. África e Médio Oriente, embora com "maior grau de incerteza e volatibilidade" também devem crescer, ambos entre 2 e 5%.
A análise de 2015 pela OMT pode ser consultada detalhadamente aqui.