É o regresso ao continente asiático, mais de 15 anos depois. A Iberia vai voltar a voar para o Japão, agora com ligação directa entre o Aeroporto Adolfo Suárez, em Madrid-Barajas, e o Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio. A nova rota começa a operar a 18 de Outubro, com três ligações semanais e preços “desde 612 euros, ida e volta”.
Outra das novidades da Iberia para este ano é a estreia em Xangai, na China, para onde deverá começar a voar na temporada de Inverno 2016/2017. A nova rota será igualmente sem escalas entre Madrid e a maior e mais populosa cidade chinesa, com três voos por semana, estando a data de arranque ainda dependente de permissões e negociações com o governo chinês.
Além da aposta no mercado asiático, a companhia aérea espanhola já tinha anunciado que este ano iria retomar os voos para San Juan, capital de Porto Rico, a partir de 15 de Maio, e para Joanesburgo, na África do Sul, com voos directos a partir de Agosto.
“Esperamos receber muitos portugueses nos voos para estes novos destinos, através da conexão em Madrid”, afirmou Carolina Martinoli, directora de clientes da Iberia, num encontro com jornalistas portugueses em Madrid. “Depois de Espanha, Portugal é o país com mais acesso às ligações da rede Iberia, [com conexão a] 120 dos 126 destinos da companhia. É um caso único na Europa”, acrescentou Consuelo Arias Hernández, directora de comunicação da empresa.
No entanto, – e apesar da procura por parte dos portugueses ter “aumentado 13,7%” no ano passado relativamente a 2014 (a companhia não revela, contudo, o número de passageiros em questão) – a estratégia da Iberia para Portugal passa por manter os mesmos voos diários já oferecidos: cinco entre Lisboa e Madrid e três entre o Porto e a capital espanhola. De Julho a Setembro, regressa, contudo, a ligação entre o Funchal (na ilha da Madeira) e Madrid. E, durante os mesmos meses de Verão, haverá ainda um reforço dos voos Madrid-Luanda, com três viagens por semana.
As novas rotas fazem parte da “reestruturação completa da empresa”, que tem sido levada a cabo nos últimos quatro anos e que passou não só pela “redução da base de custo” como pela “mudança do produto”, recorda Carolina Martinoli. “No processo de transformação, uma coisa fundamental era ter uma oferta competitiva e com qualidade.” Um objectivo que levou a companhia a reformular o cardápio de destinos, mas também a renovar a frota de aviões, quer reformando as aeronaves existentes para os voos de longo curso (novas cabines, ligação wi-fi mais rápida e aposta no entretenimento a bordo), quer adquirindo novos aviões.
O primeiro a chegar foi um Airbus A330-200, na mais recente versão daquele avião bimotor, com 288 lugares (19 em executiva e 269 em classe turística), uma capacidade máxima de descolagem de 242 toneladas e um alcance até 11500 quilómetros. Até ao final do ano, deverão chegar outros nove, contabilizando 13 até 2018. Já a partir daquele ano, deverão “começar a chegar os 16 novos A350-900” encomendados pela Iberia, anunciaram as responsáveis.