A TAP Express não é, na verdade, uma nova companhia aérea. Nem a PGA, como empresa, termina, continuando como operadora. É apenas, como sublinha TAP em comunicado, “uma marca”.
Mas, claro, é uma alteração comercial com óbvio impacto: deixaremos de ver a PGA — que voou pela primeira vez em 1990 estreando-se com um Lisboa-Porto e em 2007 foi integrada no grupo TAP — e passaremos a ver voar a Express.
O novo serviço da TAP incorpora não só a frota da PGA (nove Embraer190), como faz uso de quatro novos aparelhos (que chegam através de aluguer pela brasileira Azul) e quatro com menos de um ano operados pela White Airways (companhia charter que pertenceu à TAP e foi vendida em 2006 ao grupo privado Omni, que usará os seus ATR72). No total, a operação regional assegurada pela TAP Express terá, para começar, 17 aviões ao serviço.
A chegada da TAP Express marca também a inauguração da nova “ponte” portuguesa, uma ponte aérea que garante 18 frequências diárias entre Lisboa e Porto. Entre alguns polémicos cancelamentos e alterações de rotas no Porto, a companhia aérea inicia assim um “serviço expresso” que garante voos entre as 5h30 e as 22h25, permitindo, especialmente — é esse o grande objectivo —, uma mais fácil conexão com voos de médio e longo curso. Os voos repetem-se em geral sempre às meias-horas, com reforços em algumas alturas.
O serviço é assegurado por aparelhos ATR72 com capacidade para 70 lugares, embora em alguns horários “com maior procura”, informa a TAP, possam ser utilizados Airbus da família A320 ou até novos Embraer190.
O preço promocional anunciado é de 39 euros por trajecto, numa rota de alta concorrência — tanto por ar, com a Ryanair, por exemplo, que chega a vender bilhetes a 9,99 euros; como sobre carris, com a CP a acabar de anunciar valores mínimos de 9,5 euros por viagem; como de autocarro, que custa cerca de 20 euros por percurso.
O início da ponte aérea dá-se quase em simultâneo com o final de algumas rotas directas da Invicta, que foram alvo de muitas críticas por autoridades do Norte, particularmente da autarquia do Porto: terminam directos para Barcelona, Milão, Bruxelas e Roma. Em Lisboa, confirmaram-se o fim de voos para Bogotá/Panamá, Gotemburgo, Hanôver, Zagreb, Budapeste e Bucareste.