A Fim de Século obteve a melhor pontuação nas diversas categorias existentes na competição que reuniu 12 pastelarias finalistas, esta quarta-feira, dia 13, no festival Peixe em Lisboa.
Passava um pouco das 15 horas desta quarta-feira quando o júri revelou o grande vencedor do concurso, que assim, na sua 8ª edição, sagra campeã esta pastelaria, candidata pela segunda vez, localizada em Benfica, Lisboa, onde tem duas casas.
“À segunda foi de vez” ouve-se. E qual é o segredo? “São um conjunto de factores. O toque especial é o amor e a dedicação ao fazer as coisas. É também a qualidade dos alimentos, como a farinha por exemplo. O ano passado tínhamos noção que correu um pouco mal porque não era a melhor época do trigo. Este ano, assim que apanhámos uma boa altura, guardámos a farinha durante dois meses e conseguimos fazê-lo da melhor forma. O resultado é este” conta Carlos Oliveira, o pasteleiro vencedor e representante da Fim de Século.
As expectativas eram algumas, revela. “Eu confio no meu trabalho e todos os dias trabalhamos – lá na pastelaria – para sermos melhores e para que o nosso trabalho seja reconhecido”. Para quem quiser provar “o melhor pastel de nata”, a pastelaria vencedora está na rua João Frederico Ludovice, 28A, e na Estrada de Benfica, 550.
A “prata” e o “bronze” foram para a pastelaria Patyanne de Castanheira do Ribatejo e para a pastelaria Batalha da Venda do Pinheiro, Mafra.
A eleição decorreu no Terreiro do Paço, em Lisboa, no âmbito do festival Peixe em Lisboa. Depois do almoço foram muitos os gulosos que se dirigiram a esta grande final do concurso onde chegaram 12 candidatos – incluindo-se os três primeiros do ano passado, que conquistam o direito a competir no ano seguinte –, já previamente seleccionados de duas dezenas de propostas.
O júri foi presidido pelo gastrónomo Virgílio Gomes e constituído pelo enólogo Domingos Soares Franco, pelo chefe pasteleiro António Marques, pela jornalista (do Público) Alexandra Prado Coelho e pelo chefe de cozinha Pedro Sommer Ribeiro.
“Posso constatar que, este ano, há uma melhoria muito significativa na qualidade da massa folhada. Este ano, também denotei menos desigualdade nos cremes”, comentou Virgílio Gomes, organizador principal do evento.
Quanto à avaliação dada aos concorrentes, Virgílio Gomes diz que “todos os membros do júri estão preocupados em não prejudicar as pessoas que têm um estabelecimento comercial e um nome a manter. Por isso é que a escolha dos vencedores é tão cuidadosa e lenta”, explica.
As outras nove pastelarias finalistas são a pastelaria Biarritz (Lisboa), O Pãozinho das Marias (Ericeira), a Pão de Mel (Forte da Casa), a Polo Norte (Mafra), a Tulipa Dourada (Mem Martins), a Zarzuela (Lisboa), a Aloma (1º prémio 2015), a Hotel Real Parque (2º prémio 2015) e a Balcão do Marquês (3º prémio 2015).
“O objectivo é que se aperfeiçoe, de ano para ano, a produção do pastel de nata porque é uma marca de Portugal e de Lisboa e temos de mostrar o que há de melhor cá” explica o organizador que espera que o próximo ano seja ainda melhor.