Não deixar morrer a tradição é o principal propósito das festas de São João de Braga, de 11 a 24 de Junho. Ao todo, são 14 dias de festa. Qualquer coisa como 241 horas, preenchidas por mais de 190 iniciativas. Entre elas contam-se nove desfiles, 11 exposições e mais de duas dezenas de espectáculos.
Este ano celebra-se também o quarto centenário da capela de São João da Ponte, edificada “no preciso local onde decorria o epicentro das celebrações ao longo dos séculos XVI e XVII”. À data, era a corrida do porco preto que atraía as atenções populares e à volta da qual se centravam todos os festejos. Este ano, como nos anteriores, a corrida repete-se, a par do cortejo medieval, mas desta vez é "Toninho", e não "Libónio", a ser o centro das atenções. Toninho, explica a organização, é natural de Valpaços, conquistou os populares e escapou ao "ao cruel destino de todos os membros da sua espécie" - que o transformava em presunto -, e garantiu o seu (vivo) regresso às festas.
Além disso, à tradição, junta-se uma nova ideia: o "beer mile". Nesta prova, os participantes bebem uma cerveja a cada 1/4 de milha, até completar uma milha, qualquer coisa como 1,6 quilómetros. A organização propõe que os participantes entrem na corrida com um porco preto de cerâmica na mão.
Com cantares a desafio, cortejos de cabeçudos e muita música tradicional, as actividades multiplicam-se para além das tradicionais romarias. Há andebol, karaté, exposição de automóveis antigos e clássicos, o 1.º Torneio de Futsal, aulas de dança, um concurso de montras, um passeio nocturno em BTT, aulas de percussão e até uma visita guiada ao São João de Braga para mobilidade reduzida.
O destaque vai, naturalmente, para a quinta-feira, 23 de Junho, com um espectáculo de fogo-de-artifício e a noite a encerrar com o concerto de Expensive Soul.
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