No documento, o Governo identifica vários aspectos a melhorar: a “permanência das assimetrias regionais”, as baixas taxas de ocupação, a sazonalidade acentuada ou a “persistência de baixos rendimentos dos trabalhadores do turismo”. Para resolver os problemas identificados, o executivo de António Costa delineou um pacote de medidas que incluem, por exemplo, uma campanha de dinamização do turismo interno para impulsionar “o aumento de dormidas em Portugal do mercado nacional”. Outra das intenções é ter “projectos âncora” para valorizar o interior (como é o caso da Coudelaria de Alter). Na calha está também um programa para reposicionar o Algarve e travar a sazonalidade elevada, com captação de mais eventos fora da época alta.
No capítulo da inovação e empreendedorismo, será promovido um concurso no âmbito dos fundos de capital de risco participados pelo Turismo de Portugal para apoiar a criação de empresas no sector. Outras medidas, já conhecidas, passam por ter wi fi nos centros históricos do país ou criar um portal de reserva de espaços públicos que podem ser alugados para congressos e eventos.
Depois de ter lançado uma linha para financiar a requalificação da oferta turística, de 60 milhões de euros, o Governo vai agora lançar outra dedicada a apoiar “actividades de inovação, capitalização e empreendedorismo”, no valor de 50 milhões de euros. O documento entregue aos parceiros indica ainda que desde Dezembro do ano passado e no âmbito do Portugal 2020 (fundos comunitários) foram aprovados 49 projectos que envolvem um investimento de 93 milhões de euros.
No final do mês, será apresentada a Estratégia Nacional do Turismo que pretende, entre outros aspectos, promover a articulação entre todos os operadores do sector e “dar sentido estratégico às opções de investimento”.