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Palácio de Sintra recuperou os azulejos da cozinha

Por Liliana Borges

As obras de restauro começaram em Fevereiro deste ano para responder ao estado de degradação dos azulejos, que datam do reinado de D. Maria I.

Três meses e 35 mil euros depois, a cozinha do Palácio Nacional de Sintra já está recuperada. A intervenção minimizou as “anomalias específicas do revestimento de azulejo do século XIX”, descreve a Parques de Sintra, a empresa responsável pela gestão do espaço, em comunicado. Os azulejos, que cobrem “paredes, vãos, fogões e fornos, rebocos e outros elementos” estavam em risco de conservação.

A construção da cozinha data do reinado de D. João I, entre 1385 e 1433, resultado dos alargamentos que foram feitos no palácio nessa altura. As suas duplas chaminés, de 33 metros e que constituem o ponto mais alto do Palácio, são a marca do edifício. Pensada para grandes banquetes de caça, tem no seu interior “diversas fornalhas e dois grandes fornos, para além de uma estufa e um trem de cozinha em cobre estanhado, constituído por marmitas, peixeiras, panelas, tachos, caçarolas e frigideiras”, acrescenta o comunicado.

Os azulejos vieram mais tarde, em 1889, através de D. Maria Pia, a última monarca a habitar no Palácio, e revestem de branco praticamente toda a cozinha.

Durante o período de intervenção, os visitantes do Palácio Nacional de Sintra puderam acompanhar os trabalhos de salvaguarda e valorização, dividida em duas fases, de forma a “reduzir ao máximo o impacto no percurso dos visitantes”, dado que recorrem mais obras de restauro.

Além dos azulejos, a intervenção na cozinha medieval incluiu também o tratamento de outros materiais em contacto directo com os azulejos e que podiam por isso colocar em causa a sua conservação. É o caso dos materiais cerâmicos não vidrados, pedra e elementos metálicos e rebocos caiados.

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