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Bruno Lisita

Uber viaja até ao Algarve no Verão

Por João Pedro Pereira e Mara Gonçalves

Empresa estreia-se esta terça-feira em Faro, Vilamoura e Albufeira. Na bagagem das férias, uma novidade XL: além do serviço normal, há também uma modalidade de automóvel para seis pessoas.

Durante os meses estivais, as praias quentes do Algarve transformam-se no principal destino de férias de portugueses e turistas estrangeiros. A Uber não quer perder a onda e estreia-se a Sul.

Até ao final do Verão, a empresa, cuja aplicação móvel permite chamar um carro com motorista em Lisboa e no Porto, vai funcionar também entre Faro, Vilamoura e Albufeira, localidades que define como “as zonas mais procuradas” da região.

Além do uberX, a modalidade base e mais barata do serviço, os utilizadores no Algarve podem ainda chamar um uberXL, com capacidade para seis passageiros. Esta é uma novidade da empresa em Portugal, já que este serviço com carros de maior dimensão não existe em Lisboa e no Porto.

No primeiro caso, a tarifa base é de 1€, à qual acresce “0,10€ por minuto e 0,80€ por quilómetro”; enquanto a nova modalidade XL tem uma tarifa base de 1,50€, subindo “0,15€ por minuto e 1,20€ por quilómetro”.

Para celebrar o lançamento do serviço no Algarve, durante esta tarde a Uber vai levar bolas de Berlim aos utilizadores de Lisboa, Porto e Algarve que solicitarem o serviço, numa parceria com a empresa Bolas da Praia.

Entre as 15h e as 18h, ou “até que seja esgotado o stock existente”, os utilizadores poderão “solicitar duas bolas de Berlim on-demand através da aplicação por 1€” e esperar que cheguem “de carro ou de mota em poucos minutos”. Esta iniciativa está disponível apenas “em zonas pré-definidas de Lisboa, Porto e Algarve”.

A empresa, que tipicamente trabalha com outras empresas de aluguer de carros e transporte de turistas, tem estado na base de vários protestos de taxistas, que a acusam de concorrência desleal e de não cumprir a lei para o transporte de passageiros.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes, que regula o sector, entregou em Março um parecer ao Governo em que considera que a Uber actua ilegalmente. A conclusão tem por base uma sentença judicial que impôs no ano passado uma providência cautelar para suspender os serviços da empresa. A providência, no entanto, não teve efeitos práticos, por visar a Uber americana, à qual a subsidiária portuguesa não responde directamente.

Os protestos e constrangimentos legais não impediram que uma concorrente directa decidisse abrir portas em Lisboa. A espanhola Cabify começou a disponibilizar a sua aplicação em Maio.

Na semana passada, a Comissão Europeia disse que os Estados-membros não devem banir este tipo de serviços

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