A American Airlines inaugura a nova rota hoje, 28 de Novembro, a partir de Miami, mas nos próximos dias serão outras as companhias dos EUA a começar a voar para Havana.
Isto sucede depois de, no final de Agosto, o Departamento de Transportes (DT) norte-americano ter aprovado as novas rotas para Havana, curiosamente no mesmo dia em que saiu o primeiro voo regular entre os EUA e Cuba em mais de 50 anos: o voo que ligou Fort Lauderdale a Santa Clara, operado pela JetBlue.
O DT, na sequência do restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países e do acordo comum no início do ano para o estabelecimento de voos regulares, deu luz verde a ligações para outras cidades cubanas (nove) antes do livre-trânsito para Havana, uma vez que o interesse das companhias aéreas nesta rota excedia largamente os 20 voos diários (ida e volta) permitidos. Destes 20 voos diários, a maioria (14) sairá de aeroportos da Florida, sobretudo do eixo Miami-Fort Lauderdale (seis voos diários em cada), zona de concentração de uma grande população cubana, e serão operados por oito companhias.
Entretanto, a Delta Airlines, que no dia 1 de Dezembro (re)começa os voos regulares para a capital cubana (suspensos em 1961, ainda que em anos recentes tenha operado voos charter que terminaram em 2012 por falta de procura), já vende bilhetes a partir do seu balcão aberto em Novembro em La Rampa, no bairro habanero do Vedado, e, de acordo com o seu porta-voz, citado pelo Miami Herald, “as vendas estão a correr bem”.
As compras podem ser feitas em pesos cubanos convertíveis mas em breve a opção de pagamento com cartões de crédito também deverá estar disponível. Esta loja oferecerá acesso wi-fi gratuito para permitir a pesquisa das opções no site da companhia enquanto os clientes aguardam para comprar os bilhetes. A Delta Airlines foi a primeira, mas outras companhias aéreas já revelaram intenção de abrir balcões em Havana.
Apesar de esta corrida a Havana – e Cuba, em geral: já há voos para Cienfuegos, Holguín, Santiago, Varadero, Camagüey, Cayo Coco, Santa Clara e, a partir de Dezembro, Cayo Largo del Sur e Manzanillo –, mantêm-se as restrições para os cidadãos norte-americanos que pretendam viajar para a ilha: têm de provar ser elegíveis em uma das 12 categorias autorizadas pelo Departamento de Estado.