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Enric Vives-Rubio

Das pontes de Paris, com amor para os refugiados

Por Fugas

Os cadeados que selam histórias de amor vão ser vendidos com receitas a reverter para grupos de auxílio a refugiados.

Se há local emblemático para selar um amor é a Pont Neuf: um cadeado preso e ali se eterniza o amor. Não que a moda dos cadeados, sobretudo entre turistas, fique por esta ponte – alastra-se a outras em Paris e um pouco por todo o mundo, aliás.

No entanto, a sobrecarga nas pontes parisienses levou a autarquia a empenhar-se na proibição da colocação dos cadeados nas pontes da cidade como símbolo de amor (ou de qualquer outra coisa, na verdade). Posteriormente, há ano e meio, começou a retirá-los e até agora já foram eliminados um milhão, ou seja, 65 toneladas de metal velho.

Com tanto ferro velho entre mãos, as autoridades de Paris decidiram vender 10 toneladas de cadeados a quem quiser possuir um pouco da história da cidade e dar os proveitos a grupos de auxílio a refugiados da capital francesa. Os cadeados vão ser vendidos em conjuntos de cinco, 10 ou até grupos deles “a um preço acessível”, diz um responsável local. A venda terá lugar em 2017 e espera-se angaria cerca de 100 mil euros com a iniciativa.

As restantes 55 toneladas deverão ser derretidas e vendidas como sucata. Estão a chegar ao fim as imagens de pontes carregadas, literalmente, de cadeados – mas isso não tornará, com certeza, Paris menos romântica. E, muito menos, será o fim do amor.

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