O navio Myklebust navegava os mares a Oeste da Noruega durante o início da Idade do Ferro até se transformar em sepultura do rei Audbjørn dos Fiordes, cujo funeral decorreu por volta do ano 870. “Naquela altura, os barcos eram utilizados para sepultar os proprietários”, conta Solveig Midtbø, responsável da fundação Sagastad, ao turismo norueguês.
“Vários túmulos funerários foram descobertos em Nordfjordeid e foi num deles que o navio foi encontrado.” As escavações arqueológicas decorreram em 1874 e o Myklebust – com cerca de 30 metros de comprimento e 6,50 metros de largura – é, desde então, o “maior barco viking” cujos vestígios foram alguma vez descobertos.
Agora, a fundação Sagastad está a reconstruí-lo para ser atracção principal do novo núcleo dedicado à civilização viking que está a construir em Nordfjordeid, uma vila com menos de 3000 habitantes localizada a cerca de 300 quilómetros de Oslo. O centro tem abertura prevista para 2019.
“O nosso objectivo é permitir que os visitantes subam a bordo do navio, que deve ser igualmente capaz de navegar no fiorde”, revela o responsável. Até lá, é possível visitar o local onde a réplica do Myklebust está a ser construída e ver de perto todo o processo (custa 100 coroas norueguesas, aproximadamente 11€).
Embora o navio tenha sido incendiado durante o funeral, há mais de mil anos, o tamanho da sepultura e os 44 escudos encontrados permitiram aos investigadores calcular as dimensões da embarcação. E, "com base nos achados feitos no túmulo, aprendemos como é que ele era”, indica Solveig Midtbø.