A 14 de Abril de 1912, pouco antes da meia-noite, o RMS Titanic embateu num icebergue no Atlântico Norte. Fazia a sua viagem inaugural, ligando Southampton, no Reino Unido, a Nova Iorque. Duas horas depois do embate, que fez cerca de 1500 mortos, o navio estava já a repousar no fundo do oceano. E lá ficou até hoje, mais de um século depois. Explorar o Titanic tem sido uma experiência só acessível a muito poucos. E continuará a ser, mas há uma empresa que se prepara para organizar visitas guiadas ao esqueleto do navio.
Em Maio de 2018, a agência londrina Blue Marble Private irá juntar um grupo de nove pessoas, desafiando-as para um mergulho a quatro mil metros de profundidade, a bordo de um submersível em titânio e fibra de carbono que foi especialmente concebido para esta “experiência épica”, como descreve a agência.
A viagem parte de Newfoundland, no Canadá, até ao ponto onde o Titanic repousa. Segundo o jornal Telegraph, os clientes serão transportados de helicóptero ou hidroavião para um iate de apoio que estará perto do local dos destroços, onde passarão oito dias. Ali terão tempo para se adaptar ao ambiente, com aulas sobre a forma de funcionamento de um navio dadas pela tripulação e também por cientistas e exploradores que se juntarão à equipa. Entre o terceiro e sexto dia, adianta o jornal, três passageiros de cada vez poderão então entrar no submersível e visitar os destroços do Titanic, acompanhados por um piloto e por um oceanógrafo.
O site do Blue Marble Private adianta que até agora houve menos pessoas a visitar o Titanic do que os que subiram ao cume do monte Evereste ou que foram ao espaço. Mas será ainda um luxo só acessível a muito poucos: a exploração custa mais de 99 mil euros.