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Nelson Garrido

Tira o pé do chão: Brasil junino chega a Lisboa

Por Fugas

De 7 a 16 de Abril, o Pavilhão de Portugal recebe as Festas Juninas que chegam pela primeira vez à Europa. Seguem-se réplicas em Madrid, Paris e Roma.

Os portugueses levaram a tradição dos santos populares. No Brasil esta recebeu influências indígenas e africanas. De França recebeu a dança que inspirou a quadrilha. O resultado são as Festas Juninas, Santo António, São Pedro e São João todos juntos, que entre Maio e Agosto animam o Brasil e que pela primeira vez chegam à Europa – porta de entrada: Lisboa.

Entre 7 e 16 de Abril, o Pavilhão de Portugal será tomado de assalto por esta festa popular brasileira que traz com ela as cores vivas, as danças e músicas que não conseguem deixar indiferentes os mais renitentes bailarinos, os cheiros e sabores e, sobretudo, a alegria contagiante do outro lado do Atlântico.

Durante 10 dias, portanto, haverá apresentações musicais, gastronomia e elementos típicos de cada região onde as Festas Juninas estão mais enraizadas. Porque se a temporada junina invade todo o Brasil é no Nordeste que tem maior expressão, aproveitando-se também para agradecer às divindades pelas colheitas do ano, numa óbvia alusão às raízes pagãs destas festividades na Europa.

Por isso, o destaque será para Aracaju (Sergipe), a primeira cidade planeada do Brasil, onde o Forró Caju, a Marinete do Forró, os Barcos de Fogo animam as festividades, ou Campina Grande (Paraíba) e Caruaru (Pernambuco), que disputam o título de maior e melhor São João do mundo e apresentam ícones da cultura local e grandes nomes da música nacional, mesclados com as tradições e as quadrilhas juninas. Sem esquecer Mossoró (Rio Grande do Norte), que tem no espectáculo Chuva de Bala do País de Mossoró o ponto alto em festividades que ainda revivem o Dia de Santo António e a história do cangaceiro Lampião, e contam com o maior bloco junino do Brasil, Pingo da Mei Dia, ou São Luís do Maranhão, com o batuque dos tambores e o Bumba Meu Boi, uma dança folclórica em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi que é Património Cultural do Brasil. De fora do Nordeste chega o São João da Bahia e o Maior São João do Cerrado, de Ceilândia (Distrito Federal), conhecido pelo circo, parque de diversões e as danças: forró, baião, xote, xaxado...

É de esperar um pouco deste espírito em Lisboa, combinado com os petiscos, ou melhor, os “quitutes” juninos e, claro, os espectáculos musicais. No dia da abertura, Lucy Alves dá início à programação musical, juntamente com Os Gonzagas e o grupo Pé Cerrado; a fechar, Elba Ramalho – sempre às 20h. Depois de Lisboa, o Brasil Junino passará por Madrid, Paris e Roma.

Pavilhão de Portugal
Horário: 10h-20h
Entrada gratuita

 

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