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Ricard Camarena, um dos chefs estrangeiros convidados este ano

Ricard Camarena, um dos chefs estrangeiros convidados este ano DR

Peixe em Lisboa arranca esta tarde em casa nova - e traz muitas novidades

Por Alexandra Prado Coelho

O festival dos produtos do mar português está de regresso, entre 30 de Março e 9 de Abril. O renovado Pavilhão Carlos Lopes é o anfitrião.

Com a tinta fresca e a cheirar a novo, o Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, está pronto para receber o seu primeiro evento desde as obras de reabilitação: a 10.ª edição do Peixe em Lisboa, que arranca esta quinta-feira e decorre até 9 de Abril.

O décimo aniversário do festival dedicado aos produtos do mar português traz várias novidades. A primeira é mesmo o espaço onde decorrer, que permite agora receber perto de 500 pessoas numa zona que junta dez restaurantes e 40 expositores do mercado gourmet.

Outra sala do pavilhão funcionará como auditório para as apresentações, entre as quais as dos chefs internacionais convidados: Ricard Camarena (3 de Abril), que vem de Valência.

De Londres virá Alyn Williams (7 de Abril), que trabalhou com Gordon Ramsay. E de Manaus, no Brasil, chega Felipe Schaedler (6 de Abril), que traz vários peixes do Amazonas para mostrar como os trabalha. O grupo de chefs estrangeiros completa-se com o “cada vez mais português” Sergi Arola, catalão com dois restaurantes em Portugal, que se apresentará com o seu “número dois”, Milton Anes.

Este ano há duas estreias entre os restaurantes presentes no Peixe em Lisboa: o Alma, de Henrique Sá Pessoa (uma estrela Michelin) e o Boi-Cavalo, de Hugo Brigo, um restaurante de Alfama que se tem distinguido pela criatividade do seu chef. E há um regresso: o do reputado sushiman Paulo Morais, actualmente à frente do restaurante Rabo d’Pêxe, em Lisboa. 

Os restantes restaurantes são todos repetentes, desde o “veterano” Ribamar, de Helder Chagas, vindo de Sesimbra, aos que se estrearam no ano passado como o Chapitô à Mesa, de Bertílio Gomes, e o Ritz Four Seasons, de Pascal Meynard, passando pelo Arola do Penha Longa, com Milton Anes (uma estrela Michelin), o Ibo, com a sua cozinha de influência moçambicana, Kiko Martins (em representação do seu universo cada vez maior de restaurantes, o Talho, a Cevicheria e O Asiático) e a Taberna da Rua das Flores, de André Magalhães.

Outra das novidades do festival: um concurso, coordenado por Virgílio Gomes, para escolher o restaurante lisboeta com as melhores pataniscas (será no dia 3 de Abril). Este ano, os participantes – entre os quais O Poleiro, o Nobre, Laurentina, Casa do Bacalhau, Flores do Bairro Alto Hotel, o Varanda do Hotel Mundial e a Taberna da Rua das Flores – foram convidados por um júri. O objectivo é que no próximo ano haja inscrições, tal como acontece com o (cada vez mais) concorrido concurso do Melhor Pastel de Nata, que se realiza a 5 de Abril. A prova ADN Pasteleiro, que estreou no ano passado, regressa também, a 31 de Março.

O auditório receberá, além dos chefs estrangeiros, vários portugueses: Rodrigo Castelo (Taberna Ó Balcão), Pedro Pena Bastos (Esporão), Justa Nobre, Vítor Sobral e Mário Rolando (que irão trabalhar polvo, carapau e cavala, três espécies cujo consumo é incentivado), uma sessão dedicada às Estrelas do Norte, com Ricardo Costa (The Yeatman), Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova) e Vítor Matos (Antiqvvm), Miguel Laffan (L’And Vineyards), uma sessão dedicada à cozinha ibero-americana nas mesas de Lisboa, com Kiko Martins e, no último dia, José Avillez, do Belcanto, que, depois de ter estado alguns anos sem fazer apresentações no festival, achou que era o momento de regressar.

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