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Troço interdito dos passadiços do Paiva reabre na quinta-feira "rejuvenescido"

Por Lusa

Em Agosto de 2016, o troço de 700 metros foi destruído num incêndio florestal.

O troço de 700 metros dos Passadiços do Paiva que em Agosto de 2016 foi destruído num incêndio florestal reabre, totalmente reabilitado, na próxima quinta-feira ao público, anunciou esta sexta-feira a Câmara de Arouca.

"Ninguém se vai lembrar do incêndio", declarou esta sexta-feira à Lusa o presidente da autarquia, José Artur Neves. "A natureza é maravilhosa e o troço que ardeu está agora totalmente rejuvenescido, porque a paisagem em volta já recuperou e está a reflorescer", realçou.

O troço a reabrir é o que parte da praia do Areinho em direcção à do Vau e abrange a "escadaria monumental" que o autarca aponta como a zona de maior declive técnico em todo o percurso pedonal de oito quilómetros ao longo das escarpas do rio Paiva, em direcção ao lugar de Espiunca. Embora o incêndio tenha destruído apenas 700 metros dessa estrutura em madeira, a circulação ficou interdita num troço de quatro quilómetros por não haver outro ponto de entrada mais próximo na encosta do rio, que é íngreme e à qual praticamente só se pode aceder por escalada.

O custo da reposição do trajecto destruído pelas chamas foi suportado pela seguradora do passadiço, sendo que a autarquia financiou apenas a franquia estipulada na apólice, "na ordem dos 20.000 euros".

Desde agosto de 2016, a metade do passadiço disponível ao público vinha recebendo "500 a 600 visitantes por dia". A partir de quinta-feira, José Artur Neves espera que a afluência diária volte a ser mais próxima das 2000 pessoas, que é o limite permitido pelo sistema online de reserva e pagamento de entradas.

"Há sempre hipótese de se comprar bilhete mesmo em Arouca [na Loja Interactiva de Turismo ou no bar da Praia do Areinho], mas, uma vez atingido o limite das 2000 pessoas, só mesmo os operadores locais de hotelaria e restauração é que podem, eventualmente, conceder mais algum acesso ao passadiço", alertou o presidente da Câmara.

Quanto à nova ponte suspensa prometida para o passadiço, o autarca referiu que a sua construção foi adiada "mais para o final do ano", já que o processo foi atrasado devido às exigências técnicas da obra.

"Dada a complexidade da empreitada, decidimos fazer um concurso para qualificação prévia dos concorrentes", revelou José Artur Neves. "Para a short-list foram seleccionadas apenas duas empresas, ambas nacionais e muito qualificadas, e agora elas têm que apresentar o seu preço para o projecto, o que deve acontecer no final de Abril", concluiu o autarca.

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