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Lisboa estava “de joelhos”. Hoje bate Berlim, Barcelona e Londres

Por Fugas

Domingo foi a vez do The Guardian tecer loas à capital portuguesa. O que é que, segundo o diário britânico, faz de Lisboa a "nova capital do cool"?

O norte-americano Patrick Tigue, da empresa Downtown Ecommerce, tinha a sua base na Costa Rica mas, quando a empresa começou a crescer, achou que tinha que mudar para outro país. Precisava de ter “acesso a pessoas que falassem inglês, um custo de vida baixo, ordenados baixos e um fuso horário conveniente”. Conta que abriu um mapa e escreveu o nome de várias cidades. No final, escolheu Lisboa. Berlim e Barcelona estiveram na lista, mas foi o estilo de vida na capital portuguesa que o convenceu.

Patrick é uma das várias pessoas que Rowan Moore, jornalista do diário britânico The Guardian, ouviu durante uma recente passagem por Lisboa e que cita num artigo sobre como uma cidade que ele tinha visto “de joelhos” em 2013 – quando veio para a Trienal de Arquitectura – se tornou “a nova capital do cool”. Opinião partilhada recentemente, aliás, pela norte-americana CNN.

“Em Lisboa, as pessoas dizem-me que é o surf”, escreve, sublinhando que “as praias estão a 20 minutos de distância do belo, histórico e animado centro de Lisboa”. A cidade está a tornar-se “um extraordinário exemplo daquilo a que podemos chamar o urbanismo Monocle”, escreve, numa referência à revista sobre estilo de vida urbano que “ainda recentemente dedicou muitas páginas à capital portuguesa”.

Voltando aos elogios de Patrick Tigue: “Em Lisboa as pessoas são incríveis. Há sempre algum tipo de música ou de manifestação artística a acontecer. A comida é incrível, a arquitectura… É uma grande pequena cidade. […] Gostava de ficar por aqui muito tempo, de ter filhos aqui. Estou totalmente convencido”.

O texto refere, contudo, as preocupações que acompanham este crescimento. “Estará o governo socialista, na sua pressa de revitalização, a deixar para trás os pobres de Lisboa?”, pergunta o jornalista britânico. Ana Jara e Lucinda Correia, do atelier de arquitectura Arteria, que tem uma série de projectos “low-cost”, entre os quais “chamar a atenção para lojas históricas ou criar uma estratégia para um melhor aproveitamento dos telhados dos edifícios”, exprimem o receio de que a subida dos preços do imobiliário esteja a afastar tanto moradores como negócios mais antigos. “As pessoas estão a jogar ao Monopólio”, dizem. “Compram-se casas e constroem-se hotéis”.

As arquitectas criticam também a política de vistos dourados, que, dizem, “causa exclusão social”. No entanto, Lisboa “ainda é barata”, garante Charlie Orford, fundador do site para reserva de voos Low Cost Hero, que, depois de uma rápida análise, colocou a hipótese de Londres de lado. O espaço que alugou em Lisboa custa 12 vezes menos que um equivalente na capital britânica. Por isso, escreve Moore, “juntamente com o Brexit, Lisboa tornou-se particularmente atractiva para jovens criativos da capital britânica”.

O jornalista do Guardian termina o texto com o aviso de que uma cidade “rica em coisas subtis, graciosas e bem feitas, da comida, aos objectos e aos edifícios” não pode deixar-se inundar por produtos indiferenciados, de marcas que existem por todo o lado. É preciso evitar o que aconteceu com outras cidades, diz, e conseguir ter esta vitalidade “mantendo as coisas que a tornaram tão atractiva”.

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