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Viajar de forma mais sustentável

Por Mara Gonçalves

Algumas aplicações, plataformas e sites que nos ensinam a viajar contribuindo para manter o que de melhor o mundo tem para oferecer.

As Nações Unidas declararam 2017 como o Ano Internacional para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável. O objectivo é consciencializar governos, empresas e turistas para a necessidade de acompanhar o crescimento do sector com práticas que promovam a protecção do meio ambiente, a inclusão social, a diversidade cultural e a equidade económica. Mas para quem dá agora os primeiros passos no planeamento de uma viagem mais “responsável”, nem sempre é fácil perceber por onde começar. Como se distingue o trigo do joio? Como é que se sabe que destinos, alojamentos, restaurantes, guias de viagem ou empresas de animação turística têm em conta estas preocupações?

A verdade é que ainda não existe uma plataforma que inclua todas as empresas para todos os destinos, mas existem vários sites e aplicações dedicadas ao turismo sustentável. A Adventure Junky — uma start up australiana fundada em 2012, que conta com mais de 79 mil seguidores no Facebook — lançou no início do ano uma nova aplicação móvel que procura reunir “aventuras que sejam experiências ‘fortes’ com impacto reduzido”. Chama-se Earth’s Adventure Travel Game e funciona como um jogo, pensado sobretudo para os jovens millennial: a cada nova actividade realizada coleccionam-se pontos, para competir entre amigos ou contra todos os utilizadores da app. 

Além da agenda de actividades e de informação sobre a temática, o site criado pela ONU para este ano internacional — www.tourism4development2017.org — integra também uma página para a “partilha de soluções”, que inclui várias plataformas internacionais especializadas em turismo sustentável. Entre elas, está, por exemplo, o novo projecto da Sustainable Travel International. Desde 2002 que a organização não-governamental faz consultoria para melhorar práticas de destinos e empresas. Agora, com o clube Travel Better, quer chegar ao terceiro actor do triângulo turístico: os viajantes. Os “associados” têm acesso a descontos em empresas turísticas parceiras do projecto e a um curso online de 30 minutos sobre a temática, entre outros recursos e dicas para “continuar a viajar melhor”.

Já o Visit.org procura reunir “experiências viajantes com impacto social [positivo]”, trabalhando directamente com associações e organizações não-governamentais que promovam causas como a sustentabilidade, a emancipação das mulheres, os direitos humanos, a protecção dos animais ou a conservação da natureza. De acordo com a plataforma, “100% das receitas dos anfitriões é investido nas comunidades locais”. Existem “500 actividades listadas, disponíveis em 64 países”.

Se viajar para a Mongólia, ou para países da Ásia Central, o Indy Guide é um dos melhores sítios onde encontrar empresas locais que proporcionam “experiências autênticas”. Mas se preferir ficar por Portugal, saiba que o ImpacTrip organiza viagens “com um impacto social e ambiental positivo”. Desde fazer voluntariado, saborear uma refeição cozinhada por pessoas com deficiência ou fazer mergulho e aproveitar para limpar o oceano, há várias actividades por onde escolher. Para viajar, cá dentro ou lá fora, contribuindo para manter o que de melhor o mundo tem para oferecer.

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