A vila que foi tomada aos mouros em 1148, Óbidos, no distrito de Leiria, foi seleccionada para constar na lista dos melhores destinos medievais da Europa. Em 1527, viviam 161 habitantes na vila. Hoje vivem 11.772 pessoas. Uma população que cresceu e soube manter o encanto histórico do seu património medieval.
O país que mais vezes aparece na lista do European Best Destinations (EBD) é França, com as aldeias Rocamadou, Carcassonne, Colmar, Saint Emilion e Sully-sur-Loire. A Alemanha conta com três aldeias na lista — Cochem, Rothenburg-ob-du-Tauber e Bamberg — e na Croácia foram distinguidas Drubrovnik e Motovun.
Espanha vê duas aldeias distinguidas: Ávila e Besalú. San Gimignano representa Itália e Rhodes a Grécia. San Marino, na República de San Marino, é uma das eleitas e também Bruges na Bélgica.
A Estónia vê a sua capital, Talin, distinguida com o prémio de melhor "aldeia" medieval. E, por sua vez, a cidade histórica de York, no Reino Unido, também consta na selecção feita pelo site.
"Óbidos fica a uma hora de Lisboa de carro. E é um excelente destino para os que gostam de cidades medievais, classificada como uma das mais bonitas cidades fortificadas da Europa, Óbidos parece estar congelada no tempo”, pode ler-se no site oficial do European Best Destinations (EBD).
Visitar Óbidos é quase obrigatório
Na direcção Lisboa-Leiria, apanhe a A8 e deixe a auto-estrada na saída 15. O tempo de viagem demora cerca de 40 a 50 minutos. Para quem vem do Porto, apanhe a A1 até Leiria. Aí, siga pela A8. E chegou ao seu destino: uma das aldeias medievais mais bonitas da Europa.
O Castelo de Óbidos é a cereja no topo do bolo desta equação. Tem origem romana e, depois de ter sido conquistado pelos cristãos (1148), foi várias vezes reparado e ampliado. No século XX estava em total ruína tendo sido recuperado para instalar a primeira pousada do Estado em edifícios históricos.
Reserve tempo para um passeio pela Rua Direita, com esta designação desde o séc. XIV, e depois espreite a Igreja de São João Baptista. A sua origem remonta a 1309 quando a rainha Santa Isabel construiu neste lugar uma leprosaria (local para onde se enviavam doentes) com uma capela dedicada a São Vicente.
A Porta da Vila é outro monumento com marcas de história. Foi mandada construir pelo Rei D. João IV, em agradecimento pela protecção de Nossa Senhora aquando da Restauração da Independência em 1640. Há ainda para visitar a Judiaria e os diversos pontos da "vila literária".
