Fugas - Viagens

Monumento aos “Encierros”, em Pamplona, da autoria do escultor basco Rafael Huerta Celaya

Monumento aos “Encierros”, em Pamplona, da autoria do escultor basco Rafael Huerta Celaya Adriano Miranda

Navarra: Touros e peregrinos

Por Sérgio C. Andrade

Aportámos no aeroporto de Pamplona e fomos levados a conhecer "um continente em miniatura": da floresta de faias nos Pirinéus ao deserto das Bardenas, dos Caminhos de Santiago ao património religioso e civil que eles deixaram no seu rasto. Mas Pamplona (e Navarra) é, primeiro que tudo, a terra da "Fiesta" de San Fermin imortalizada por Hemingway.

Fotogaleria: Festival San Fermin em Pamplona (2011) 

Vista à distância, e deste lado ocidental da Península, Pamplona (a)parece-nos (como) um enclave recôndito e mesmo difícil de situar no mapa. Fica fora da rota de acesso a França pela fronteira norte junto ao litoral, entre San Sebastian e Bayonne; e fica mais distante ainda do caminho por sudeste, via Catalunha ou Andorra. Não fora Ernest Hemingway (1899-1961) e o seu romance "Fiesta" (a primeira edição, em 1926, teve por título "The Sun Also Rises" e mais tarde deu um filme), e esta terra dificilmente ganharia o mediatismo que actualmente lhe reconhecemos. Principalmente no mês de Julho, com as "Sanfermines", as festas em honra do patrono da terra, que todos os anos, entre os dias 6 e 14, transformam esta cidade calma e repousada na encosta sul dos Pirinéus num território em estado de festa e loucura permanente.

Por esta altura, as imagens chegam-nos pela televisão, com a multidão de habitantes e visitantes vestidos de branco e vermelho irmanada numa mesma vivência timorata do perigo, correndo rua fora em pleno centro histórico à frente de touros largados em correria desenfreada até atingirem a arena, poucas centenas de metros à frente chamam-lhe os "encierros".

Hemingway, que visitou Pamplona pela primeira vez em 1923, quando trabalhava em Paris como jornalista correspondente, descreve assim esta tradição que o deixou impressionado pela sua intensidade e sentido de desafio dos limites (e que o levaria a regressar vários anos sucessivos à capital de Navarra, até 1959): "As festas duravam dia e noite, por sete dias. A dança durava, o beber durava, o barulho continuava. As coisas que aconteceram só podiam ter acontecido durante uma 'fiesta'. Tudo se tornou inteiramente irreal; e parecia que nada podia ter consequências" (in "Fiesta").

Reconhecidos ao contributo do escritor norte-americano (Nobel da Literatura em 1954) para a divulgação mundial da cidade, os responsáveis públicos de Pamplona imortalizaram o seu nome numa rua e dedicaram-lhe um busto à entrada da praça de touros (a terceira maior do mundo, dizem, e que nos anos 60 foi ampliada sob um projecto do arquitecto Rafael Moneo, um filho de Navarra). Um pouco por todo o centro histórico da cidade, principalmente no hotel Perla e no café Iruña, há referências ao autor de "Fiesta" (que o realizador Henry King adaptou ao cinema, em 1957, com Tyrone Power, Ava Gardner, Mel Ferrer, Errol Flynn e Eddie Albert).

Ritual de iniciação

As "Sanfermines" são, pois, anualmente, o principal motivo de atracção do turismo internacional de Pamplona. Mas estas festas em volta dos touros são, primeiro que tudo uma celebração espanhola, para os espanhóis em geral e para os habitantes de Navarra em primeiro lugar.

Numa visita promovida pelo Turismo local para um grupo de jornalistas portugueses, o guia Francisco Glaría punha a tónica neste carácter nacional e regional dos "encierros" de San Fermin: "É uma experiência de vida pela qual todos nós passamos, e queremos passar". A "Fiesta" é um ritual de iniciação "o jovem que queira arranjar uma namorada tem de passar por essa prova", acrescentava Glaría, enquanto nos conduzia pelo percurso de escassos 850 metros, que todos os dias, logo pela manhã nessa semana de Julho, leva os touros (e uma multidão de mais de 10 mil pessoas à frente deles nesse estreito caminho que tem epicentro na Plaza Consistorial) dos currais até à arena, onde depois serão lidados e mortos. Às vezes, na sua passagem, os touros deixam também um rasto de sangue e morte, numa espécie de vingança por antecipação da sua própria sorte diz-se que a primeira vítima mortal da "corrida" foi a do jovem de 22 anos que Hemingway descreve no seu livro.

Actualmente, pelo meio dos "aficionados" locais, intrometem-se numa partilha universal da "Fiesta" turistas de todo o mundo, que, depois da experiência das corridas e das touradas, passam as restantes horas desses oito dias a dançar, cantar, comer e beber, beber, beber... como o testemunhou (e o experimentou) Hemingway.

Quatro caminhos

Na semana em que decorrem as "Sanfermines", por Pamplona já passou a maior parte dos peregrinos europeus que todos os anos demandam os Caminhos de Santiago com o objectivo de chegar a Compostela a tempo da festa anual de 25 de Julho. É que o caminho a pé, a partir da capital de Navarra até à Galiza, demora um mês. Mas isso não significa que o cordão humano que nas últimas décadas tem vindo a reforçar uma tradição que mobilizou a Europa cristã durante séculos não se mantenha praticamente durante todo o ano, e em especial nos meses da Primavera e do Verão.

Os Caminhos de Santiago são outro importante motivo de atracção para Pamplona e para a província de Navarra, onde confluem as quatro principais rotas vindas de França e da Europa. Para o caminho que atravessa os Pirinéus a norte, vindo da localidade francesa St. Jean-Piedde-Port, há um local histórico de chegada (e também de reunião e partida para quem quer fazer o caminho histórico de travessia da Espanha) Roncesvalles. Não chega a ser bem uma povoação, é mais um porto de abrigo para os peregrinos, ultrapassada a prova da montanha.

Numa hora de percurso desse caminho (num veículo todo-o-terreno visivelmente deslocado nesse cenário temos de confessá-lo), no final de Maio, pudemos passar por várias dezenas de peregrinos, de idades e origens diversas, rostos serenos e queimados pelo sol, mas que denotavam a energia que só o pedestrianismo e a fé concedem. Um código de comunicação onde a concha de vieira amarela sobre fundo azul é um sinal universal de orientação encaminha os peregrinos por entre trilhos de cabras e de gado, animais que pontuam a paisagem inóspita mas verdejante dos Pirinéus setentrionais.

Nos antípodas da "Fiesta", esta é também para quem a vive, claro uma experiência de grande intensidade de vida e de comunhão com a natureza. E continua a sê-lo, mais à frente, quando o Caminho atravessa os núcleos urbanos, por entre um cenário já marcado pela história e pelo património a que ele próprio deu origem.

A partir de Roncesvalles, os Caminhos de Santiago em Navarra atravessam Pamplona (onde desagua a rota de Baztan, vinda do País Basco), Puente la Reina (onde chega o caminho francês de Aragão), Estela e Viana. Mais à frente, em Logroño junta-se-lhes o Caminho do Ebro, vindo do Mediterrâneo, seguindo depois a rota via Burgos-León-Astorga-Ponferrada-Compostela.

Memórias de Carlos Magno

Neste roteiro jacobeu, e em cada uma das cidades de Navarra referidas, o turista-caminhante deve parar, descansar e admirar alguns dos monumentos religiosos que ficaram a marcar não só os Caminhos como a História que lhes é anterior e consequência. É o caso de Roncesvalles, lugar da mítica batalha (ano 778) em que os montanheses bascos chacinaram o exército de Carlos Magno e mataram o seu sobrinho Rolando (personagem da depois mítica "Canção de Rolando").

A Real Colegiata de Santa Maria, com uma catedral gótica e um museu que guarda um tesouro, e nele um delicado xadrez-relicário com a representação do Juízo Final, constitui o núcleo desta povoação. A cem metros, fica a igreja de Santiago (século XII-XIV), um monumento de arte pobre, e, ao lado, a capela românica do Espírito Santo, também conhecida como silo de Carlos Magno, já que a lenda diz que foi erigida no local onde Rolando perdeu a sua espada e foi derrotado.

Também dedicada a Santa Maria é a catedral de Pamplona, uma jóia da arquitectura gótica de influência francesa, mas com fachada neoclássica espanhola do século XVIII. Outra paragem obrigatória para os peregrinos na capital de Navarra é a pequeníssima capela de estilo barroco-rocócó de Santo Inácio de Loyola, que está aberta as 24 horas do dia e tem sempre alguém a rezar.

Seguindo em direcção a oeste, a caminho de Puente la Reina, fica a ermida de Santa Maria de Eunate, da ordem dos Templários, um curioso edifício octogonal rodeado por uma dupla arcada. É, como a capela do Espírito Santo de Roncesvalles, uma igreja-farol no Caminho, que serviu aos peregrinos como local de descanso e adoração mas também como hospital e até cemitério.

Em Puente la Reina, como, mais à frente, em Estela, é possível observar como, do ponto de vista arquitectónico e urbanístico, as povoações que nasceram dos Caminhos se estruturaram longitudinalmente numa Rua Mayor diferentemente daquelas com origem mais coeva, cujo núcleo urbano circundava os edifícios do poder civil ou religioso.

Em Estela (a "Toledo do Norte"), justifica-se visitar as igrejas do Santo Sepulcro, com a sua fachada gótica representando os 12 apóstolos, e a de S. Pedro de la Rua, estilo cisterciense do século XIII, com o seu claustro românico.

Mais para oeste, prossegue o Caminho de Santiago...

A gastronomia
Legumes, carnes e vinhos

Que a ementa de toda uma região possa assentar sobretudo nos produtos da horta que possuem inclusive a classificação DOC (Denominação de Origem Controlada), é algo que não lembrará a quem não pratica regularmente a "religião" vegetariana. Mas isso acontece com Navarra, terra sobretudo conhecida pelos seus legumes, com os espargos (principalmente os de Mendavia), as alcachofras e os pimentos "piquillo" (pequenos como os de Padrón, mas vermelhos) em primeiro lugar. E há também as alfaces, os tomates, o feijão verde. Produtos que fazem as entradas de qualquer refeição, e podem mesmo fazer as delícias de um jantar de degustação, associadas a queijos, patés e cogumelos. No resto, as espetadas ("pinchos") e as carnes de novilho, veado e cordeiro (os habitantes "naturais" dos Pirinéus), mas também o bacalhau (fresco) e os mariscos constituem os ingredientes mais usuais da gastronomia da terra.

Nos doces, há as tartes de queijo e de amêndoa amarga e os bolinhos de chocolate com trufas e massa folhada (em Pamplona, a velha pastelaria Beatriz, na Rua da Estafeta, tem sempre filas à porta).

E há os vinhos, principalmente os rosés de La Ribera, a sul, e os tintos no enclave a oeste, quase a entrar na La Rioja. Mas as apostas mais recentes da região são mesmo os rosés, e também os Chardonnay, por via da proximidade com Bordéus. Em Olite, capital da principal região vitivinícola, cada bilhete de entrada no castelo vale um euro de desconto na visita ao Museu do Vinho, mesmo ao lado, e, aqui, cada duas entradas são brindadas com uma garrafa de vinho uma matemática que dá bem a expressão da aposta que a região vem fazendo nos seus vinhos.

Património e natureza
Duas terras com castelo...

O "slogan" publicitário do Turismo de Navarra é "Terra da diversidade/ Um continente em miniatura". Trata-se, normalmente, de um adjectivo aplicável a muitas paragens. Mas não é habitual, numa região com uma área tão restrita pouco mais de 10 mil kms2, para uma população de 600 mil habitantes, haver tanta diversidade como aquela que se pode encontrar nesta província e comunidade autonómica espanhola.

Há a História e a tradição dos touros, de que atrás já falámos. Mas, para completar este roteiro histórico-patrimonial seguindo o percurso que o Turismo nos proporcionou, há dois outros lugares de visita obrigatória. Ambos têm castelo. A bem dizer, o primeiro deles, Javier, é mesmo apenas um castelo. Mas não é um castelo qualquer: fundado no século X como torre de vigia, a edificação haveria de transformar-se em verdadeiro castelo no século XIV, mas foi só no início do século XVI que se tornou palco de uma circunstância que haveria de o colocar na História: foi o lugar de nascimento de S. Francisco de Jaso y Azpilicueta (1506-1552, que depois ficou conhecido como S. Francisco de Javier/Xavier). Junto a ele existe a Igreja de Santa Maria, que conserva ainda a pia de pedra em que Francisco foi baptizado.

A entrada neste castelo vale, sobretudo, pela visita guiada, em várias "estações" representadas ao jeito de uma cascata, à vida deste aventureiro que se tornou cofundador, com Inácio de Loyolla, da Companhia de Jesus, e cuja vida se cruzou também com a História de Portugal, no reinado de D. João III, por via da sua viagem de missionação do Oriente, onde viria a morrer antes de chegar à China.

A outra terra com castelo é Olite, uma cidade a sul de Pamplona, e que chegou a ser a capital histórica e sede dos reis de Navarra. Destes, foi Carlos III, o Nobre (1361-1425), o que mais ficou na História, e foi no tempo dele que o castelo atingiu a sua maior projecção, tornando-se num dos mais faustosos da Europa, à época entre as múltiplas inovações nas suas infra-estruturas contam-se, por exemplo, um pioneiro sistema de água canalizada e um frigorífico exterior, que aproveitava o gelo dos Pirinéus. A silhueta e a mistura de estilos medieval e gótico deste palácio poderia muito bem ter inspirado Walt Disney para a criação do castelo d'"A Bela Adormecida", se o animador americano não tivesse visitado, primeiro, o palácio de Neuschwanstein de Luís da Baviera. É uma visita curiosa a que se pode fazer àquele castelo que Carlos III dedicou à sua rainha Leonor de Castela, e para a qual mandou construir um jardim suspenso e diz a lenda plantar uma amoreira que ainda aí existe e está mesmo classificada como património.

Junto ao castelo existe ainda o primeiro palácio de Olite, hoje transformado em parador nacional, e também a igreja de Santa Maria, cuja frontaria renascentista está decorada com motivos vegetais de videiras, a marcar a importância da terra como capital vitivinícola.

... e o verde e o seco

"Terra de diversidade", dizem os responsáveis de Navarra. Eis dois exemplos claros desse ecletismo (agora) paisagístico: a selva de faias de Irati e o deserto das Bardenas. A primeira fica em plenos Pirinéis, no vale de Aezkoa, a poucos quilómetros a leste de Roncesvalles. "É a maior floresta de faias na Europa", diz o guia Francisco Glaría, e o passeio pelo seu interior é uma experiência única. É verde sobre o verde, numa sucessão de montes e vales cobertos com uma vegetação intrincada, praticamente selvagem, apenas pontuada por uma ou outra pequena aldeia, por uma barragem e pelas ruínas de uma velha fábrica de armamento, que funcionou nos tempos da Guerra Peninsular contra o exército de Napoleão. Desta selva, podem seguir-se os trilhos dos Pirinéus e desembocar nos Caminhos de Santiago que atravessam a fronteira (contactos para a viagem: Excursiones Auñak Ángel M. Loperena; telm: +34 609 411 449; excursiones@aunak.es).

Nos antípodas paisagísticos desta floresta luxuriante, e a apenas uma centena de quilómetros para sul, ficam as Bardenas Reais (um sítio declarado Reserva da Biosfera em 2000), um deserto argiloso e ocre que já foi cenário para fitas de "cowboys" ("spaghetti", claro) e do "007", e serve ainda de campo de tiro para a força aérea espanhola. Trata-se de um vale de 42 mil hectares escavado entre os rios Ebro e Aragon, que apresenta duas faces: as Bardenas Negras, com uma rala vegetação mediterrânica, a sul, e as Bardenas Brancas, a norte, paisagem lunar que inclusivamente salvaguardadas as devidas diferenças ostenta recortes de um Monument Valley e de um Grand Canyon!...

Há estradas e trilhos que permitem atravessar de carro, de bicicleta e a pé esta paisagem inesperada. Mas é conveniente que o visitante se muna dos devidos mapas geográficos.

Onde comer

Pamplona
Restaurante Enekorri
Calle Tudela, 14
Telf: +34 948 237 348
info@enekorri.com
É um lugar sofisticado: na decoração pós-moderna, na "nouvelle cuisine" e na garrafeira. Na ementa de degustação, podem-se experimentar caras ("kokotxas") de bacalhau com caules de uma planta silvestre ("borraja"), ou cama de alcachofras com lavagante, ou carnes grelhadas de veado, porco ou novilho, sempre com legumes.

Roncesvalles
Casa de Beneficiados
Telf: +34 948 760 105
info@casadebeneficiados.com
É principalmente um lugar de descanso e de acolhimento dos peregrinos e outros viajantes. Serve refeições em mesas corridas, sem qualquer pretensiosismo, mas com sabores genuínos. Aí podemos ser surpreendidos com o paladar fresco de uma tortilha de peixe e legumes ou com o sabor simples mas bom de um "solomillo" com batatas fritas.

Estela
Restaurante do Hotel Tximista
Zaldu, 15
Telf: +34 948 555 870
Info@hoteltximista.com
Bacalhau com cogumelos ou recheado com marisco; robalo no forno com pimentos "piquillos" e calamares ("rabas") são algumas das sugestões. Servidas num restaurante junto ao rio, no edifício que foi uma fábrica de farinhas.

Tudela
Restaurante L & ele
Calle Carnicerías, 11
Telf: +34 948 410 328
Vale a pena ir a Tudela, no sul, para visitar a catedral românico-gótico-barroca e o palácio do Marquês de San Adrien. Mas principalmente para almoçar neste restaurante novo e simpático, L (de Lola) & ele, gerido por uma cozinheira que casa a gastronomia de Navarra com a andaluza, por razões familiares. Podemos comer uma entrada de alcachofras e "foie gras" fritos seguida de um rabo de boi; ou uma salada de espargos com "carpaccio" de boi ou costeletas de cordeiro.

Olite
Restaurante Príncipe de Viana Parador Nacional
Plaza Teobaldos, 2
Telf: +34 948 740 000
olite@paradores.es
Aqui começamos a comer com os olhos um cenário histórico com uma decoração que lhe é fi el. Na ementa, há espargos frescos com azeite ou salteados com fungos; mas pode-se optar por uma "parrillada" de verduras com Romescu e "chipirones". Nos pratos principais, bacalhau com legumes ("ajoarriero de bacalao"), perna de cordeiro "al Chilindrón", guisado com cebola e pimentos verdes e, para a sobremesa, um arroz doce com gelado de fi gos.

Onde ficar

Pamplona
Gran Hotel La Perla
Plaza del Castillo, 1
Telf: +34 948 223 000
informacion@granhotellaperla.com
Fundado em 1881, é o hotel que acolheu Hemingway durante anos seguidos, que fi cava sempre no Quarto 217 (é ainda, sem surpresa, dos mais procurados). Tem a melhor localização possível, na "plaza mayor" da cidade e paredes meias com o café Iruña, em cuja esplanada o escritor e os seus amigos passavam as horas entre os "encierros". A corrida dos touros, os clientes podem vê-la, descansadamente, enquanto tomam o pequeno-almoço na sala de jantar de largas janelas no mesmo piso da Rua da Estafeta.

Estela
Hotel Tximista
Zaldu, 15
Telf: +34 948 555 870
Info@hoteltximista.com
Uma velha fábrica de farinhas, junto ao rio, recentemente transformada num hotel de visual pós-industrial, à saída da cidade. Os quartos ficam nos antigos silos, o hall e recepção estão no que era o armazém, e o restaurante e bar, na antiga sala das máquinas

Olite
Hospederia La Joyosa Guarda
Rua de Médios, 23
Telf: +34 948 741 303
hotel@lajoyosaguarda.com
Fica mesmo no centro histórico, e toma o nome da janela rendilhada da torre de vigia do castelo. Tem as características de um parador nacional, mesmo se não tem a história daquele que está instalado no castelo primitivo, o Parador de Olite, já aqui referido.

Como ir

A TAP voa diariamente (excepto ao sábado) de Lisboa para Pamplona/ Noáin, com partida às 14h20 e regresso às 17h55 (hora local), num pequeno Beechcraft a hélice de 19 lugares. Preço da viagem no início de Julho: 324 €. Há também voos da Ibéria (cerca de 300 € no mesmo período).

A Fugas viajou a convite da TAP e do Turismo de Navarra

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