Fugas - Viagens

No Reichstag

No Reichstag

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Um top 10 para dar a volta a Berlim


5. Café
Há uma instituição da Berlim-activista: o pequeno-almoço, tipicamente ao domingo mas agora também à sexta ou sábado, do Café Morgenrot. Este é especial não só porque o pequeno-almoço, vegetariano e vegan, é mesmo bom, mas pelo seu conceito: o buffet custaria normalmente cerca de 7 euros, mas pode-se pagar entre 5 e 9, conforme a situação financeira. A ideia é que quem ganhe mais pague mais, para quem ganhe menos possa pagar menos. No prato cabe muita coisa, especialmente de pôr no pão: pastas com queijo e tudo e mais alguma coisa (wasabi, tomate seco), humus, tzat­ziki, etc. O Morgenrot é um café com causas, cheio de slogans contra a extrema-direita ou o capitalismo, e com tertúlias periódicas sobre estes temas.
Alternativas: o mais hipster café Oberholz, na Rosenthaler platz, óptima opção para quem precisa de WiFi e de ligar o portátil à corrente, ou Mein Haus am See, do outro lado da mesma praça, em que estamos numa sala dos anos 1970 que aterrou num espaço industrial mais cru.
Cafe Mor­gen­rot, Kas­ta­ni­e­nal­lee, 85 metro U2 Eberswal­der Strasse


6. Mercado de rua
O Flohmarkt ao domingo é uma instituição berlinense, e toda a gente tem o seu preferido. Há tanta escolha que é difícil dizer que um é melhor do que o outro, mas talvez se possa escolher o mercado do Mauerpark porque embora gigante e muito concorrido, tem coisas para todos os gostos, e tem ainda um extra: o karaoke. Começa às 15h e pode estender-se até depois das 18h. Começa-se a ouvir centenas de pessoas, talvez cheguem às duas mil, anunciadas por um barulho de ovações tipo estádio. E como no estádio, há convívio, cerveja, e um espectáculo. Uma rapariga envergonhada canta, quase inaudível de tímida apesar do microfone, I Will Survive. A multidão nunca vaia, antes encoraja. Um casal canta I love rock and roll, agitando braços e cintos numa performance ousada que leva à histeria geral. É um cenário incrível, e muito divertido, mesmo que não seja por muito tempo.
Alternativa: Flohmarkt na Revaler Strasse, um mercado bem mais pequeno e alternativo, com pequenos concertos - Mauerpark:Tram (eléc­trico) M10, metro Eberswal­der Strasse


7. Passeio: De bicicleta pelo muro

Há várias empresas que promovem passeios de bicicleta pelo antigo trajecto do muro. Fazer o trajecto com guia assegura que não nos passam despercebidos locais interessantes, sejam as cerejeiras que marcam um pequeno troço, seja um parque com antigos Trabis (Trabant, o carro tipo da antiga RDA), ou um antigo cemitério prussiano cortado a meio pelo muro. É possível fazer percursos parecidos sem guia – o caminho está indicado através de placas cinzentas com a exacta altura do muro. Mas cuidado: paragens para verificar mapas no meio da ciclovia vão perturbar o trânsito, incomodar os outros ciclistas, e não serão muito seguras.
Alternativa: cruzeiro de barco no Spree (saídas de Friedrischstrasse)


8. Esplanada
As esplanadas no final da rua Schlesischer perto de Treptower Park são óptimas para um chá, ou um doce, ou uma cerveja, à beira de um dos canais que vai dar ao Spree. O pequeno-almoço é uma instituição em Berlim e também pode ser uma boa ideia ir tomá-lo ao buffet do Freischwimmer, uma destas esplanadas em casas de madeira mesmo em cima da água. Para quem queria fazer exercício, passa-se um portão e há aluguer de canoas.
Alternativa: mercado turco. Não é uma esplanada, mas é um óptimo sítio para ir comprar pão e pastas para acompanhar, sumo de laranja ou romã, e ir fazer um piquenique na outra margem do canal.


9. Clube: Maria
Berlim é a cidade do tecno e para quem não é fã do género é difícil apontar um clube. Mas o Maria, na margem do rio, tem várias características muito atractivas. Começa pelo ambiente, despido e negro, com a iluminação a sair de longos tubos tipo aspirador, em formas parecidas com polvos a cair do tecto. Para quem fica farto de dançar, há um espaço com bastantes sofás. E depois há a parte ao ar livre, um dos pontos positivos. Para quem não quer arriscar uma noite tecto, por vezes também há concertos no Maria.
Alternativa: Icon. É clube de drum’n’bass mas tem várias noites temáticas de outros géneros


10. Concertos íntimos
: Festsaal Kreuzberg
Claro que os grandes nomes vão ao Astra ou Lido. Mas a sala do Festsaal Kreuzberg, de dimensão pequena/média, com madeiras e veludos vermelhos e, note-se, sem uma selecção excepcional de bebidas, compensa com bons cartazes. Além dos concertos, tem ainda noites temáticas como a de soul, que vale a pena experimentar, e a de poesia, embora esta seja em alemão.
Alternativa: O restaurante-sala de concerto-loja de tatuagens (e mais uma ou outra coisa) White Trash Fast Food


Extra top: o clássico que vale sempre a pena fazer

Reichstag:
Vale mesmo a pena entrar para ver não só a história condensada do local como para andar na cúpula de Norman Foster. Por um lado, quando se sobe ao cimo do edi­fí­cio, tem-se algum espaço para andar, enquanto se vê Ber­lim, de cima, em 360 graus, em volta da cúpula. Por outro, vale também pela expe­ri­ên­cia de estar den­tro da pró­pria cúpula, a apre­ciar a estru­tura inte­rior feita de espe­lhos e a subir em espi­ral para ver a cidade, em pers­pec­ti­vas que vão mudando à medida que vamos ficando cada vez mais perto do topo. Para visitar, pode reservar-se online aqui
Reichstag: via metro U-bahn Bundestag (e U ou S-bahn Brandenburger) ou autocarro 100 (na Alexander Platz)
Alternativa: Concerto na fabulosa sala da Philarmonie

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