António é o "Crocodilo Dundee", apresenta a guia Edi. Basta uma pequena travessia pelo rio Negro a bordo da canoa Pirarucú - nome de um peixe típico, apelidado até de bacalhau da Amazónia - para perceber a origem de tão afamado apelido. A bordo, António avista gaviões onde mais ninguém vê, curva-se na proa para as águas escuras e recolhe um pequeno jacaré; na selva, desbrava caminho de catana em riste, descobre, no fruto do inajá, nutritivos tapurus (larvas) com sabor a coco para o turista provar, assusta as tucandeiras, formigas com a fama, e provavelmente o proveito, de terem a picada mais dolorosa do mundo.
Deixa-se estar à conversa por breves momentos, enquanto corta pedaços de coração de boi para a pesca da piranha, mais uma das típicas actividades dos hotéis de selva de que o turista pode desfrutar. A gordura da carne vai para fora, a piranha não gosta. Depois há que seguir viagem. Quilómetros e quilómetros, a pé, no "grande laboratório que é a Amazónia", sempre sem mapas ou bússolas. Temos Edi, temos António. E se nos perdêssemos? "Fazia como o macaco." Como assim? "Tudo o que macaco comer, você pode comer. Se o macaco não comer nada... come o macaco." Sabedoria da selva ou chalaça? Não há tempo para experimentar.
Voltar para a canoa, navegar, ver à superfície apenas as copas das titânicas árvores que as cheias quase submergiram, virar à esquerda num corredor fluvial, ter a destreza de evitar galhos em cima, ao lado, em todo o lado. Seguimos o ziguezague topográfico que está na cabeça de António. "A gente sabe, né? Reconhece tudo", diz. Mesmo que tudo (nos) pareça igual. "Não carece aí desse negócio de GPS, não carece não." Nem de relógio, por exemplo. Para saber as horas, o pai de António, o senhor Petrónio, ouve a selva. É caboclo, claro, tal como o filho, descendente de índios e de brancos, habitantes originais da Amazónia, região que, depois de décadas de volubilidade, começa a olhar para o turismo como um importante motor económico.
Com 37 anos, o trigueiro António é a personificação desta evolução. Vindo de uma família de canoeiros, cedo aprendeu a fazer barcos, ainda hoje uma das suas maiores paixões. Ao fim de 12 dias de trabalho no Ariaú Amazon Towers, hotel de selva localizado a 60 quilómetros de Manaus, regressa sempre à sua comunidade, onde tem um pequeno estaleiro. É lá, a 40 minutos de barco, que estão a esposa e os dois filhos estudantes. E lá, à boa maneira amazónica, as casas são em madeira, palafitas ou flutuantes, e recebem, como podem e como tão bem sabem, o rio Negro. Agora recuperam, certamente, da maior cheia do século, que afectou, até há escassas semanas, milhares de famílias ribeirinhas no estado do Amazonas.
Não é à toa que são o "povo das águas". Há duas Amazónias, incomparáveis entre si - a das cheias e a da seca, a mais temida pelos habitantes, a que não tem auto-estradas fluviais com canoas como jactos. "A água faz parte da nossa vida. Tal como os rios da Amazónia que, no seu curso, têm de contornar muita coisa, assim são os caboclos [do] Amazonas: nós contornamos e seguimos o curso como os rios." Resume Edi, também ela cabocla, também ela natural de uma comunidade, também ela dependente do "cheiro da selva", para onde regressou, para ser guia turística, depois de 23 anos como enfermeira. Já podia estar aposentada, mas não consegue fugir do nascer e do pôr do sol neste céu magistral, tão maior do que o nosso, onde parece ter nascido o mundo.
Recuando. António trabalha no hotel há 18 anos, com um interregno de quatro, quando voltou para os seus barcos. Matéria-prima não lhe faltava - ia buscar a madeira à selva. "Só que o IBAMA deu em cima de mim", recorda o amazonense, que acabou autuado. Um possível resultado prático da Eco-92, conferência que estabeleceu o conceito de desenvolvimento sustentável, numa altura em que a desflorestação da Amazónia estava aceleradíssima (continua, em alguns estados, principalmente para cultivo de gado).
Na altura, o IBAMA, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, começou a apertar o cerco aos madeireiros ilegais, que mais não eram do que habitantes locais, sob o jugo de empresários estrangeiros, que tinham bocas para alimentar. "Conheci muita gente que o fazia, que cortava madeira para vender", confessa António. Hoje, muitos estão como ele, a trabalhar em hotéis que preferem contratar os locais. Conduzem canoas, atraem os botos cor-de-rosa, guiam grupos pela selva, farejam cobras pelos trilhos (sim, elas têm cheiro, dizem-nos). São autênticos G.I. Joes de carne e osso.
Este ano, planeia António, será o último em que trabalha no hotel. Quer abrir uma "pousadinha" com umas "cabaninhas" na sua comunidade, e não será o primeiro a fazê-lo. Conta com a ajuda da esposa e da filha, de 15 anos, que quer ser jornalista. Também do filho, de 13, quem sabe um futuro médico. "Hoje em dia o pessoal trabalha mais com o turismo", diz, falando dos colegas que também já abriram os seus alojamentos. "O turista chega a Manaus, eu vou buscá-lo no barco, e assim vem directo para a minha pousada. Faço o trabalho todinho."
A "bola da vez"
De 1879 a meados do século XX, a região amazónica, com centro em Manaus, vivia o seu primeiro ciclo de desenvolvimento graças ao comércio da borracha, contexto em que foi erigido o requintado Teatro Amazonas. Seguiu-se a Zona Franca de Manaus, criada nos anos 1960, que ainda hoje aloja as indústrias de grandes marcas como a Nokia e a Honda, sendo a actual responsável pelo grande crescimento da capital do estado do Amazonas. Agora acredita-se que o terceiro motor de progresso económico será o turismo, em particular o ecoturismo, mas também o contemplativo, o cultural e o mercado da pesca desportiva, muito atraente para os EUA e o Japão.
"É a nossa expectativa", começa Oreni Braga, presidente da Amazonastur, a empresa pública de turismo do estado. "Temos um património genético muito grande e não se vê outra alternativa económica para a Amazónia que assegure sustentabilidade." Para o ecoturismo, não é preciso "derrubar árvores, contaminar o rio, poluir o espaço": é uma solução "verde" que não é "predatória", nem para a natureza, nem para os habitantes. "É uma nova opção para os quatro milhões de brasileiros que vivem no Amazonas, que precisam de se vestir, de cuidados de saúde e de educação, de viver." O estado, diz a responsável, tem apostado, por isso, no turismo de base comunitária, dentro do qual o plano de António é um exemplo paradigmático. "Estamos trabalhando bastante as comunidades caboclas para que elas possam estar preparadas: dotando-as de pequenas pousadas, trilhas, alternativas, actividades."
Para isso conta também a qualificação e a consciência, cada vez mais alargada, da importância da educação. Dorian, tal como o retratado por Oscar Wilde, parece não envelhecer. De calções azuis e chinelo de dedo, saltita pela roça de mandioca, a base da alimentação amazónica, com aquela que é a melhor amiga na selva: a catana. Uma das suas filhas foi pela primeira vez à cidade e chega agora com os olhos a brilhar. No jardim, numa gigantesca chapa, Neide prepara tapioca para os turistas, que são também convidados a espreitar uma sala onde se vende artesanato local. Presa num poste, uma caixinha de madeira com duas simples palavras: "Tips/Propinas." São auto-suficientes, vivem do que a terra dá, e têm um acordo com o hotel - só há visitas de turistas se as crianças não saírem da escola.
"Para a floresta estar de pé esses homem têm de ser ajudados. Têm de ter a qualificação e as ferramentas necessárias para realizar o sonho dos turistas", resume Oreni. Até 2014, ano da Copa do Mundo, o objectivo está traçado: "Um milhão de turistas". O ano passado foram 755 mil e em 2010 ficaram-se pelos 680 mil. O Amazonas é a "‘bola da vez'", isto é, "entre os principais destinos turísticos, está na marca do golo". Para trás ficam os tempos em que o governo brasileiro se preocupava em "promover bumbum de mulata, futebol e Carnaval". "Hoje enxerga de outra forma. Vende o país como uma colcha de retalho, sim, mas é um Brasil ecléctico, com a Amazónia como o seu grande trunfo para as próximas décadas."
Há quem se apaixone por menos, como no caso de um realizador polaco de filmes eróticos (Zygmunt Sulistrowski), que se tomou de amores por um casarão na margem do rio Negro, cenário de eleição para alguns dos seus trabalhos, acabando por se destacar na preservação da floresta. Ou do japonês que há quase meio século fugiu de uma guerra e vive, até hoje, numa comunidade cabocla. São histórias de amor que dão para compreender o alcance de uma frase que Edi não se cansa de repetir: "A verdadeira selva é lá fora, a cidade. Aqui há solidariedade."
O antes e depois de Armando, o português
Em Manaus, ainda se devem contabilizar os dias desde que ele desapareceu. Em Maio, havia uma contagem espontânea, partilhada por meio mundo. De voz embargada, enumeravam: "Armando morreu há 47 dias"; "Foi há 50 dias"; "Já passaram oito semanas". Agora, já dirão "há mais de dois meses". Há mais de dois meses que Armando já não está no Bar do Armando, localizado bem no centro de Manaus, no Largo de São Sebastião. O português mais brasileiro da cidade faleceu a 10 de Abril por falência múltipla dos órgãos e deixou órfãos praticamente dois milhões de manauenses. Não é exagero compreender a população inteira - há um antes e depois de Armando. E não é por causa da "tasca", da entroncada sandes de pernil ou do saboroso bolinho de bacalhau.
Pode ser uma aventura chegar a esta praça, onde Manaus mais parece Lisboa, mas vale bem a pena. Saímos da praia da Ponta Negra, com as características torres de hotéis e condomínios fechados, passámos pelas obras de revitalização da orla (não esquecer que vem aí o Campeonato do Mundo) e aventurámo-nos no irrequieto Mercado Municipal Adolpho Lisboa (será o Les Halles?), ainda a ser requalificado. Para trás fica a Ponte Rio Negro, que, inaugurada o ano passado, é a primeira ligação terrestre ao município de Iranduba, uma das maiores do mundo sob uma via fluvial; e, claro, o namoro dos rios Negro e do barrento Solimões, que andam de mãos dadas, sem se misturarem, por mais seis quilómetros, num célebre espectáculo visual chamado Encontro das Águas. Embrenhámo-nos na cidade. Camelôs, pequenas barraquinhas de toldo vermelho por todo o lado, um chinfrim de sons e de cheiros, da fruta à lingerie, das bancas de comida rápida aos óculos de sol. De microfone em punho, alguém anuncia as promoções do restaurante mais próximo. Marketing bem personalizado. Continuar no passeio e tentar escapar dos carros, das pessoas, de tudo. Ufa.
De repente, uma estranha calma, um sossego inesperado atravessa-se no caminho. Vemos Djavan, nome de cantor, voz de músico, numa praça de calçada portuguesa. As pedras pretas são o Negro, as brancas o Solimões, explica. Vieram como lastro nos navios que transportavam os materiais para o arrebatador Teatro Amazonas, de cúpula multicor, inaugurado em 1896. Caboclo, Djavan diz ter um "trabalho privilegiado" - de domingo a domingo não arreda pé do Largo de São Sebastião, onde vende mapas há já 12 anos. Passa os dias num frente-a-frente com a sala de espectáculos, berço do Amazonas Film Festival ("Pessoas famosas? Aqui? O vendedor de picolé. Esses é que são as estrelas"), e ainda tem vista para a Igreja de São Sebastião e para o Bar do Armando.
Com 40 anos, Ana Cláudia passou "a vida inteira convivendo no bar". É filha de Armando Soares, português, natural de Arganil, distrito de Coimbra, que chegou a Manaus trazido por um tio em 1953, com cerca de 17 anos. Foi na cidade que conheceu Maria de Lourdes, também portuguesa,(de Tabuaço, Viseu), também trazida por um tio. Casaram. Depois de ter trabalhado em bares e até no mercado, a morte do irmão de Lourdes ditou uma mudança de rumo. Assumiu a mercearia do cunhado, mas quando viu que começava a perder clientes para os supermercados, Armando não esteve com meias medidas. Como, paralelamente, já vendia cervejas, assumiu o outro lado do negócio e depressa transformou a mercearia num bar.
"Na década de 1970", conta Ana Cláudia, "tudo girava em torno do centro de Manaus", onde se situavam as principais faculdades e o tribunal. Conclusão: "Às 9h o bar já estava cheio de gente." Era frequentado por advogados, juízes, jornalistas, médicos, artistas, mas também por "bêbedos e vagabundos". Todos encontravam ali um "espaço de liberdade" em tempos de ditadura. "No Bar do Armando falavam do que quisessem, era um espaço democrático", narra a filha, dando como exemplo os manifestantes que, durante uma manifestação, escaparam à polícia ao entrarem no bar. Não pediram asilo, mas certo é que a autoridade ficou do lado de fora.
A BICA
No Carnaval deste ano, a BICA não saiu para as ruas. O patrono estava internado desde Dezembro, não havia razões para comemorações. Não se repetiu o cenário de 2011, quando 40 mil pessoas se juntaram às comemoração da Banda Independente da Confraria do Armando, e Manaus ficou mais triste.
Foi o ambiente de liberdade que se vivia no bar que concebeu uma das bandas de Carnaval mais tradicionais de Manaus, especialmente dedicada ao samba-enredo.
Nos anos 1980 germinava a oposição política e, "por brincadeira", os frequentadores do bar, intelectuais da cidade, decidiram criar uma banda com músicas que satirizassem os factos políticos do ano. Em 1987, a banda saía para a rua pela primeira vez. "Todo o mundo achava muita graça, mas todo o mundo tinha medo de virar tema da ‘banda da BICA'", enfatiza Ana Cláudia. Senadores, deputados federais, governadores, juízes - quem não andasse na linha poderia inspirar quadras demolidoras, sempre assinadas por frequentadores do bar já falecidos para evitar repercussões. Uma vez, um desembargador bem que tentou parar a BICA. Sem sucesso: "Aquilo só fez com que a banda ficasse mais popular." Há livros sobre o fenómeno, CD com as "marchinhas". "Ganhou uma proporção que ninguém imaginava que iria tomar. Hoje fala-se que a banda deveria ser ‘tombada' pelo município", afiança, do outro lado do balcão, Roberto Carvalho, companheiro de Ana Cláudia. Isto é, reconhecida como património da cidade.
Mesmo sem Armando, a BICA é para continuar, tal como o bar, por muito difícil que seja. "Relacionam muito o bar ao meu pai porque ele estava cá todos os dias", diz Ana Cláudia, que tem ainda uma irmã a viver em Almada. Há algumas diferenças. As sanduíches de pernil já não saem das mãos do proprietário, mas sim de um cozinheiro contratado. "Já não se bebe dentro do bar", galhofa Roberto. Oi? "Muitas pessoas entravam no bar e serviam-se. Quase todas eram de bem, mas...". Continuam a sair duzentos bolinhos de bacalhau portugueses por noite, para gáudio dos muitos turistas, e qualquer pessoa pode chegar à aparelhagem e escolher uma música, embora agora seja mais difícil, uma vez que quase todas as noites, de segunda a sábado, há música ao vivo.
Manaus recompõe-se, pouco a pouco, do desaparecimento do português mais brasileiro da cidade, que até inspirou, em 1999, o enredo de uma das escolas de samba mais típicas da cidade. Armando Brasileiro foi o tema. Não é difícil adivinhar quem terá vencido o Carnaval nesse ano.
Guia prático
COMO IR
Não há voos directos de Portugal para Manaus, por isso o melhor será voar na TAP até Fortaleza. Preço aproximado, em época baixa: 930€, ida e volta. São Paulo e Brasília são outras opções. Já no Brasil, seguir viagem num voo interno pelas companhias TAM (http://backlazer.publico.pt/wizards/fugas/(http://www.tam.com.br/),), TRIP (www.voetrip.com.br/) ou GOL (http://www.voegol.com.br/).). Os hotéis de selva geralmente asseguram o transporte a partir de Manaus.
QUANDO IR
Qualquer altura é boa, até porque a paisagem muda consideravelmente entre a época das chuvas (de Dezembro a Maio) e a estação seca. Caso escolha a primeira opção, convém ir preparado para violentos períodos de pluviosidade. Em finais de Junho, chega um dos momentos do ano mais aguardados pelos habitantes da região do Amazonas: o Boi-Bumbá, em Parintins. É difícil de explicar, em poucas palavras, as emoções que esta festa popular provoca. Neste festival folclórico, que decorre, não no sambódromo, mas no Bumbódromo, com capacidade para 35 mil espectadores, competem entre si duas agremiações: o Boi Caprichoso, cujo símbolo é a estrela azul, contra o Boi Garantido, o do coração vermelho. Cada Boi, isto é, cada equipa apresenta-se durante três dias com danças e músicas sobre as raízes amazónicas, num desfile recheado de simbolismo. Lição de civismo: quando um lado actua, o outro fica em total silêncio, inclusive a claque. No final, é eleito o vencedor. www.parintins.com.br/
ONDE FICAR
Ariaú Amazon Towers
Localizado a 60 quilómetros de Manaus, a duas horas de barco, é um dos mais antigos hotéis de selva da região e até tem um português-engenheiro-poeta como gerente operacional. Construído na margem direita do rio Negro sobre palafitas ao nível das copas das árvores, partiu de uma ideia do Jacques Cousteau. No passado, recebeu as equipas do concurso Survivor e do filme Anaconda. Proporciona as típicas actividades turísticas (focagem de jacaré, interacção com botos, pesca da piranha, caminhada na selva), mas também recupera animais e, no futuro, vai alojar um laboratório de pesquisas da fundação do oceanógrafo francês.
Amazon Ecopark Jungle Lodge
Em actividade como hotel de selva desde 1995, fica muito perto de Manaus, a cerca de cinco quilómetros, nas margens do rio Tarumã, um afluente do rio Negro. Esta proximidade da cidade não significa que não explore o ecoturismo a preceito. Com 64 apartamentos, distribuídos por 21 bungalows, proporciona os serviços turísticos regulares, e não só. O hóspede tem a oportunidade de conhecer a "Floresta dos Macacos", onde são recuperados estes animais, em parceria com a Fundação Floresta Viva, mantida pelo hotel. Os mais destemidos podem ainda aventurar-se num percurso por pontes suspensas.
Tropical Hotel Manaus
É tão grande que até tem um pequeno jardim zoológico lá dentro. Situado em Manaus, a 16 quilómetros do centro, é um complexo turístico de luxo gigantesco, com 556 quartos, duas piscinas, ginásio, salão de jogos, vários restaurantes e todos os dias há actividades para os hóspedes. Não esquecer o mapa.
O QUE LEVAR
É indispensável o uso de chapéu de abas largas, óculos escuros, protector solar, repelente contra insectos, calçado apropriado para grandes caminhadas e um impermeável, em particular durante a estação das chuvas. E, claro, ter as vacinas em dia, nomeadamente a que previne a febre amarela.
O QUE COMER
A mandioca é a base da alimentação amazónica, mas não é tudo. O peixe é uma das mais prezadas iguarias e ganha pela variedade: pirarucu, tucunaré, surubim e até mesmo a piranha, envolvida num reconfortante caldo, podem ser boas surpresas. Depois há, claro, um sem-número de frutos, também convertidos em "suco", impossíveis de resistir, como açaí, cupuaçu, buriti e ingá. Não esquecer a fabulosa castanha-do-pará.
O QUE COMPRAR
Não se pode sair da região sem um muiraquitã ao peito. Expliquemos. Normalmente em forma de uma rã, é um pequeno objecto talhado em pedra ou madeira pelos índios. Dizem que possui poderes mágicos, daí ser usado como amuleto. O artesanato local, com as engenhosas alianças indígenas feitas em palha, os colares de sementes ou as cerâmicas, é sempre uma boa lembrança. Não esquecer de passar no mercado e bisbilhotar todos os medicamentos naturais que a selva dá. Há soluções para todos os males: do mulateiro, que rejuvenesce, à sucuuba, que faz bem a tudo.
A Fugas viajou a convite da agência Abreu