Fugas - Viagens

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Pelo mundo fora, até onde o óleo vegetal os levar

Angariar óleo durante o caminho poderá ser precisamente um dos desafios da viagem, prevê o casal, a par dos vistos de entrada em alguns países e dos problemas mecânicos. “Vamos ter de falar com as pessoas por um litro, por meio litro de óleo, ir a restaurantes pedir”.

Como o objectivo é reciclar o óleo depois de utilizado para cozinhar alimentos, todo o líquido que forem conseguindo tem de passar por um complicado processo de filtragem móvel, que segue na carrinha. “Filtramos primeiro com um passador, para tirar as partículas de comida, depois deixamos assentar durante cerca de uma ou duas semanas. O óleo bom fica todo a flutuar em cima e a água e o resto das partículas no fundo. O óleo passa depois por um sistema de filtragem com dois copos e sai limpo”, explica Rita.


Wwoofing pela sustentabilidade

No total pretendem atravessar quase 50 países e fazer voluntariado em cerca de 15 quintas orgânicas WWOOF. “Nós queríamos trabalhar em agricultura biológica e a maneira que encontrámos para contribuir foi trabalhar nessas quintas e ajudá-los a desenvolverem-se e difundir a palavra da agricultura biológica e da urgência em ser-se sustentável”.

A viagem, esperam, será “um curso intensivo de agricultura biológica e de sustentabilidade ambiental”, para que no final possam aplicar tudo o que aprenderam numa quinta própria, “pequena e auto-sustentável”, em Portugal ou “nalgum lugar do mundo”. “Vamos lá, aprendemos e ao mesmo tempo voltamos e passamos a palavra”. Não só da agricultura biológica como da sustentabilidade. “Se nós conseguimos fazer este extremo de viajar durante tantos anos com uma carrinha a óleo vegetal e a trabalhar como voluntários em agricultura biológica, então se calhar as pessoas podem fazer um bocadinho menos”, defendem.

Durante o caminho, o casal espera adquirir “muita aprendizagem, absorver cultura, conhecer pessoas diferentes, comer coisas diferentes”. No mínimo a viagem durará dois anos, mas o fim do projecto não está definido. “Temos muito para ver ainda e nunca se vê tudo numa vida só”.

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