Fugas - Viagens

  • "Estou mais na caravana do que em casa. Ando sempre por aí" DR (imagem captada do vídeo)
  • "Sempre gostei muito de viajar" DR (imagem captada do vídeo)
  • "É uma opção de vida. Escolhi que enquanto tivesse saúde e noção do que faço, continuaria a fazer aquilo que gosto": viajar DR (imagem captada do vídeo)
  • "Se ficasse em casa a lamentar-me não conseguiria depois regressar àquilo que gostava tanto" DR (imagem captada do vídeo)
  • "Vou quando quero e me apetece, não tenho problema nenhum" DR (imagem captada do vídeo)
  • Se o filme ajudar agora
    Se o filme ajudar agora "alguém a perder o medo de viajar e a conhecer outros países, acho que já valeu a pena" DR (imagem captada do vídeo)
  • "Já não é propriamente turismo, é viver naquele ambiente uns meses" DR (imagem captada do vídeo)
  • "Enquanto não tiver medo, vou andando" DR (imagem captada do vídeo)
  • A viajante, abraçada ao neto, Luís Cardoso, autor do vídeo, e a equipa de apoio
    A viajante, abraçada ao neto, Luís Cardoso, autor do vídeo, e a equipa de apoio DR/Pedro Pereira
  • "A van da minha avó", uma viagem de carinho DR (imagem captada do vídeo)

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A avó das viagens

Já atravessou Portugal "por todos os lados", foi várias vezes à Alemanha ainda com o marido, fez excursões a Espanha e, há cerca de cinco anos, pegou na autocaravana e em duas netas, de 15 e 20 anos, e foram as três pela Europa até à Polónia e regressaram. Mas onde realmente gosta de "estar quieta, a viver, é em Marrocos", onde se sente "ainda mais confiante que em Portugal". "Ando à vontade, saio quando tiver de sair, não tenho medo de parar em qualquer sítio dentro da cidade" ou "de sair e ser atacada", explica. Por isso passa lá todo o Inverno, inclusive o Natal.

Depois de ter perdido o marido, ainda tentou passar a época natalícia com os seis filhos e onze netos, como habitualmente, mas "custou-lhe muito", eram um casal "muito unido". Desde então, optou por natais marroquinos, mas não falha as tradições: "Levo sempre o bacalhauzinho, faço umas fatias, umas rabanadas, uma amiga marroquina leva-me sempre um bolo e [os amigos] enchem-me sempre a caravana de rosas porque sabem que eu gosto muito", conta. Durante a noite fala com a família no Skype e aguenta assim a separação. "É um dia como outro qualquer, encaro isso como a vida que escolhi".


"A van da minha avó", o filme

"Decidi fazer este tributo à minha avó porque acredito que existem super-heróis que nos rodeiam e muitas vezes são da nossa família ou amigos próximos", explica Luís Cardoso, neto de Maria Amélia Fernandes e autor do vídeo "A van da minha avó". Além disso, acrescenta, "ela é um exemplo de que devemos encontrar sempre algo que nos faça felizes". E, como fazer vídeos o deixa feliz, foi "juntar o útil ao agradável".

No início de Março foi ter com a avó a Marraquexe, na companhia de dois amigos, e começou as filmagens pelo souk da cidade. "Estivemos dois dias em Marraquexe, foi comigo até Agadir e depois voltei a levá-lo ao aeroporto", conta Maria Amélia Fernandes. Estiveram uma semana juntos em Marrocos. "Meteorologicamente falando, foi a pior semana do ano, choveu quase todos os dias. Mas visitámos sítios interessantes, conversámos muito e acima de tudo matei saudades de estar com a minha avó", conta Luís Cardoso, recordando que até aos 14 anos passava as férias de Verão com os avós no Algarve.

"Era brincar de sol a sol, muitos pães com manteiga, centenas de mergulhos, baldes cheios de conchas, muitas lições de vida pelo meio e histórias para recordar", conta. Agora o vídeo de homenagem à avó é também um sucesso que acabou por aproximá-los "ainda mais". "Ele realmente tinha-me dito que queria ir lá fazer um vídeo comigo", mas "nunca me passou pela cabeça", revela Maria Amélia Fernandes. "Gostei muito que ele fosse lá ter", confessa. E se o filme ajudar agora "alguém a perder o medo de viajar e a conhecer outros países, acho que já valeu a pena". Palavra de uma avó que, no vídeo que a está a celebrizar, garante: "Enquanto não tiver medo, vou andando. Em Marrocos ou em Portugal, enquanto eu puder sentar-me ao volante e sentir-me segura, não paro. Mesmo que caia para o lado e acabe assim mesmo ao volante. Não tenho problema nenhum".

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