Fugas - Viagens

  • Chapéus-de sol em croché na rua Fernandes Tomás
    Chapéus-de sol em croché na rua Fernandes Tomás Dato Daraselia
  • As voltas de Coimbra
    As voltas de Coimbra Dato Daraselia
  • 11h30, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
    11h30, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha Dato Daraselia
  • 11h30, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
    11h30, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha Dato Daraselia
  • 13h, visita e almoço na mercearia-bar Fangas
    13h, visita e almoço na mercearia-bar Fangas Dato Daraselia
  • 13h, visita e almoço na mercearia-bar Fangas
    13h, visita e almoço na mercearia-bar Fangas Dato Daraselia
  • 15h30, Arte à Parte, associação cultural
    15h30, Arte à Parte, associação cultural Dato Daraselia
  • 16h, preparar a subida para o Quebra Costas
    16h, preparar a subida para o Quebra Costas Dato Daraselia
  • Pela rua do Quebra Costas, há lojas a descobrir
    Pela rua do Quebra Costas, há lojas a descobrir Dato Daraselia
  • Coimbra, sinais da música
    Coimbra, sinais da música Dato Daraselia
  • 18h, Fado ao Centro
    18h, Fado ao Centro Dato Daraselia
  • 18h, Fado ao Centro
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  • 18h, Fado ao Centro
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  • 20h30, jantar no Zé Manel dos Ossos
    20h30, jantar no Zé Manel dos Ossos Dato Daraselia
  • 20h30, jantar no Zé Manel dos Ossos
    20h30, jantar no Zé Manel dos Ossos Dato Daraselia
  • 21h30, À Capella
    21h30, À Capella Dato Daraselia
  • 23h, Praça da República
    23h, Praça da República Dato Daraselia
  • 24h, Aqui Base Tango
    24h, Aqui Base Tango Dato Daraselia
  • 24h, Aqui Base Tango
    24h, Aqui Base Tango Dato Daraselia
  • 24h, Aqui Base Tango
    24h, Aqui Base Tango Dato Daraselia
  • 20h, a conhecer o Serenata hostel
    20h, a conhecer o Serenata hostel Dato Daraselia
  • 20h, a conhecer o Serenata hostel
    20h, a conhecer o Serenata hostel Dato Daraselia
  • 20h, a conhecer o Serenata hostel
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  • 11h, visita à Universidade de Coimbra
    11h, visita à Universidade de Coimbra Dato Daraselia
  • 11h, visita à Universidade de Coimbra
    11h, visita à Universidade de Coimbra Dato Daraselia
  • 14h, Museu Nacional Machado de Castro
    14h, Museu Nacional Machado de Castro Dato Daraselia
  • 14h, Museu Nacional Machado de Castro
    14h, Museu Nacional Machado de Castro Dato Daraselia
  • 14h, Museu Nacional Machado de Castro
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  • 14h, Museu Nacional Machado de Castro
    14h, Museu Nacional Machado de Castro Dato Daraselia
  • 16h, Igreja de Santa Cruz
    16h, Igreja de Santa Cruz Dato Daraselia
  • A canção de Coimbra nunca se cala
    A canção de Coimbra nunca se cala Dato Daraselia
  • Coimbra entre a tradição e a juventude
    Coimbra entre a tradição e a juventude Dato Daraselia
  • Souvenirs de Coimbra
    Souvenirs de Coimbra Dato Daraselia

Coimbra em 48 horas

Por Alexandra Prado Coelho

Passámos dois dias em Coimbra para descobrir a cidade para lá do património. Visitámos os museus e os espaços que são Património da Humanidade, mas pedimos ajuda a quem a conhece bem e fomos também à procura dos bares, das lojas, dos restaurantes, da noite.

Sabíamos que Coimbra estava a meio-gás depois de as aulas terem terminado e muitos dos alunos terem partido. Mas, apesar disso - e de todas as queixas que ouvimos aos que nela vivem sobre o quanto se poderia ainda fazer para atrair novos visitantes - encontrámos uma cidade onde há muito para ver e para fazer. Durante dois dias não parámos.


11h30

Marcamos encontro no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, para ir visitar o museu. Durante 300 anos, o mosteiro foi uma ruína semi-alagada. Entrava-se por uma janela directamente para a parte superior e ficava-se a ver o espelho de água que reivindicara o seu lugar na parte de baixo da igreja. Hoje, depois de longas e complexas obras de recuperação, que incluíram a construção de uma parede impermeável para impedir que o Mondego continue a alagar Santa Clara, podemos conhecer melhor a história deste mosteiro, fundado originalmente em 1283, e que até ao final do século XVII, quando a água as expulsou de vez, recebia as senhoras da nobreza e da alta burguesia. Quando, derrotadas pelo Mondego, saíram dali, as freiras mudaram-se para Santa Clara-a-Nova, mais acima, onde hoje se encontram, num túmulo de prata e cristal, os restos mortais da Rainha Santa Isabel.
O museu conta o que era a vida das freiras clarissas, ali instaladas pela Rainha Santa Isabel, que também recolheu ao mosteiro após a morte do rei D. Dinis - foram encontradas desde solas de sapatos a cordões dos hábitos, objectos pessoais que mostram a riqueza do mosteiro, onde se comiam ostras, peru, mexilhões e bolo de chocolate, e onde as freiras tinham criadas e até escravas. Dentro da igreja foram desenterrados 70 esqueletos e no museu vê-se um crânio com dois dentes ligados, que mostra o que era, naqueles tempos, o trabalho de dentista. No exterior foi recriada a horta monástica, e dentro da igreja reapareceram, do meio das águas, os antigos túmulos. Aberto ao público desde 2009, este é um espaço a não perder.


13h

Atravessamos o Mondego à procura do Fangas, uma mercearia-bar sobre o qual tínhamos ouvido várias referências e onde queríamos almoçar. O espaço, um projecto de Luísa Lucas que abriu há cerca de quatro anos, é muito bonito, embora pequeno, mas temos sorte porque conseguimos a última mesa livre. Muitos dos clientes são estrangeiros e a lista é de petiscos, bons para partilhar, e vinhos. Cátia, que trabalha no Fangas, dá-nos várias dicas preciosas sobre onde ir à noite em Coimbra. Lá iremos, mais tarde. Para já almoçamos calmamente, enquanto aprendemos que nos tempos medievais esta Rua Fernandes Tomás era a Rua das Fangas, mesmo junto à muralha da cidade, e que a palavra fangas tem a ver com o comércio de farinha que aqui se realizava.
Saímos para o exterior e distraímo-nos a fotografar os coloridos chapéus-de-sol feitos de croché, pendurados sobre a rua - uma iniciativa que se espalha por outras zonas da cidade, o 1.º Festival do Croché Social, do InProject.


15h30

Duas portas abaixo do Fangas fica o Arte à Parte, associação cultural, galeria de exposições, sala de concertos, cafetaria. Abriu há cerca de três anos. "Esta rua já teve muita vida, já foi uma das principais artérias da cidade", conta-nos João Moura, sócio, que está a abrir as portas. O Arte à Parte é um dos projectos que procura dinamizar esta zona de Coimbra - uma das iniciativas é o Mercado Quebra-Costas, que se realiza no segundo sábado de cada mês.
"Coimbra tinha uma boa oferta cultural até meados dos anos 1990", explica João. Depois as coisas pararam um bocado. "O renascimento começou por volta de 2005, mas entretanto foi apanhado pela crise." Apesar disso, o Arte à Parte mantém uma programação cultural e várias actividades, entre as quais o Quizz, que é um sucesso entre os clientes, que não são tanto estudantes universitários, mas "pessoas que já terminaram o curso e estão no primeiro emprego".
"Não deixem de ir ao Fado ao Centro", avisa-nos João na despedida. "Eles estão a fazer um óptimo trabalho."


16h

É impossível subir a Rua do Quebra Costas e não reparar no Fado ao Centro. Ana Vinagre, de vestido vermelho e uma pequena viola na lapela, dá-nos um folheto e convida-nos a conhecer o espaço aberto desde 2011 por iniciativa de antigos alunos da Universidade que quiseram divulgar o fado de Coimbra. O jornal britânico The Guardian considerou este lugar um dos 15 a visitar obrigatoriamente em Portugal. Não podíamos, por isso, recusar assistir ao concerto que diariamente se realiza às 18h. Luís Barroso, um dos músicos e fundadores, conta-nos que esta "vertente mais turística" das apresentações públicas não estava prevista no projecto inicial, mas "estando nesta rua era impossível não a assumir".
Assim, para além dos concertos diários nos quais se dá (em português e inglês) uma pequena introdução à história da canção de Coimbra, se explica o que é uma serenata, e se convida toda a gente a cantar, há sempre três músicos disponíveis no Fado ao Centro para um concerto privado a qualquer momento. A única condição é que quem aqui toque seja ou tenha sido estudante da Universidade de Coimbra. E, para garantir que não faltam músicos, abrirá em breve uma escola. Despedimo-nos, mas prometemos voltar às 18h, para o concerto.


17h

Continuamos a subir a Rua do Quebra Costas e a descobrir as lojas que por ali têm aberto. A Mau Feitio, de roupa, já existe há algum tempo. Mais recente, praticamente acabada de estrear, é a Trouxa Mocha, onde malas de tecido feitas à mão se misturam com livros do antigo alfarrabista que aqui funcionou.


17h15

"Não podem deixar de conhecer o Miguel Lima, dono do Quebra. É uma pessoa fundamental na dinamização desta zona", disse-nos Miguel Pinheiro, que trabalha na área do turismo, é apaixonado pela cidade e se ofereceu para ser nosso guia na noite de Coimbra. Por isso aqui estamos no famoso Quebra, a falar com o Miguel Lima que, entusiasmado, nos mostra no seu telemóvel fotografias do Jazz@Quebra, os concertos de jazz que tem organizado nas escadinhas que descem (e sobem) à frente do seu bar. "Os músicos dizem que esta zona tem uma acústica fantástica", conta, orgulhoso, enquanto passa as imagens.
O bar é antigo, abriu em 1984, mas Miguel só tomou conta dele a partir de 91. Depois, a partir de 2006, ele e outros comerciantes da zona começaram a sentir necessidade de fazer mais alguma coisa para que a noite na zona da Sé Velha voltasse a animar. Em Coimbra os estudantes vão sobretudo para a zona da Praça da República e a Baixa esvaziava-se de forma preocupante. "Tentámos criar alguma dinâmica, começámos a organizar o Mercado Quebra Costas e conseguimos trazer Coimbra para este recanto."
Agora está muito feliz com a animação que o festival de jazz - com nomes como o Quinteto Nuno Costa, Trio Bruno Santos, Trio Jeffery Davis, ou os quartetos de André Fernandes, João Firmino ou Paulo Bandeira - tem trazido ao Quebra Costas, apesar de cada concerto ser uma aventura logística, com instrumentos pesadíssimos a serem transportados escadas acima e escadas abaixo.
À volta as coisas também têm mudado. "Havia aqui um comércio completamente diferente, lojas de móveis, imaginem lojas de móveis numas escadinhas como estas, muitos alfarrabistas, lojas de artesanato." As escadas estão diferentes em algumas coisas. Só não mudam numa: de vez em quando alguém escorrega e acaba de rabo sentado no chão. Diz-se que, se for estudante, a queda significa que nunca acabará o curso. Mas não está provado que assim seja.


18h

Luís Barroso e Ana Vinagre agitam os braços, lá do fundo das escadas, a dizer-nos que é hora do concerto. A sala do Fado ao Centro está cheia de turistas mas também de portugueses. Os músicos tomam os seus lugares nas cadeiras pretas debruadas a dourado e o espectáculo começa. Acabamos todos a trautear "Coimbra tem mais encanto..."


20h

É já (quase) noite quando, depois de nos despedirmos dos amigos do Fado ao Centro, conseguimos finalmente chegar ao nosso hostel, o Serenata, antiga Maternidade Bissaya Barreto, mesmo ao lado da Sé Velha, onde as paredes mantêm os grandes painéis com desenhos de mulheres segurando bebés ao colo e elogios ao papel da mãe. Passamos por lá só para avisar que voltaremos mais tarde.

20h30
Vamos jantar à Baixa. Não podíamos passar dois dias em Coimbra sem ir comer a uma instituição da cidade: o Zé Manel dos Ossos. Comemos ossos, claro, que começaram a ser servidos há décadas, quando o dono, o senhor Zé Manel, se lembrou de aproveitar os ossos que via serem desperdiçados na praça, passando a servi-los como petisco para acompanhar um copito de vinho.
Com o tempo, conta-nos o senhor Mário - que aqui trabalha desde sempre e que, agora que o patrão já não aparece tanto, é a alma da sala, disparando piadas e encantando os estrangeiros - os ossos ganharam honras de prato principal e até de nome da casa. Estão muito bons, mas não ficamos por aí e pedimos também uma feijoada de javali.

21h30
Miguel Pinheiro vem buscar-nos para irmos conhecer o À Capella. Este é também um espaço onde se canta, todas as noites, fado de Coimbra. Quando chegamos está quase a começar o espectáculo na Capela de Nossa Senhora da Victória, há muito desactivada, e durante muito tempo abandonada e transformada em armazém. A história deste espaço, que nasceu há dez anos, é-nos contada por Nuno Silva, um dos sócios.
"Esta é uma cidade com uma população estudantil que o que quer é o fino barato e conflui para a Praça da República. Depois, a malta mais velha que sai durante a semana procura sítios com um pouco mais de requinte", explica, para descrever a noite de Coimbra. Aqui há locais, mas também alguns estrangeiros que vêm conhecer o fado - embora haja por vezes jazz ou rock. Como o À Capella faz dez anos, a partir de Setembro vai ter programação especial, conta-nos Nuno, antes de se levantar para se juntar aos dois amigos que tocam no palco. Quando saímos, o fado, ampliado pela excelente acústica da capela, ecoa pela rua.

23h
É tempo de chegar à Praça da República. Já não estamos em período de aulas, por isso a praça "está um deserto", brinca Nuno Sequeira, um amigo de Miguel Pinheiro que nos espera na esquina do Tropical, um dos cafés históricos de Coimbra. Mesmo com a praça transformada num "deserto", está o que nos parece ser muita gente na esquina do Tropical.
"Estes cafés, o Tropical, o Cartola, são locais de passagem e de encontro. Toda a gente passa por aqui, embora menos, actualmente, porque a Universidade também se descentralizou", diz Nuno. Há gente sentada na esplanada, e outros que, como nós, ficam a beber as cervejas ou os cafés em pé, encostados às mesas altas. Fica-se a conversar e a noite prolonga-se nos cafés. Os bares são deixados para mais tarde, às vezes para perto da madrugada. O que é bom em Coimbra é que não é preciso usar o telemóvel para saber que todos vão acabar por se encontrar aqui, na esquina do Tropical.

24h
Subimos a rua para ir até um espaço que abriu há cerca de um ano, na antiga sede da PSP, o Aqui Base Tango - nome que nasceu por ser esse o código usado pela polícia para se referir ao local. A moradia estava vazia e André e Susana, um casal de arquitectos à procura de um projecto, decidiram que era o espaço certo. Criaram salas diferentes, com uma decoração vintage, recantos mais calmos, outros para dançar ou jogar matraquilhos ou pingue-pongue. Há até uma sala com uma árvore no meio.
Às vezes vêm aqui os antigos polícias, ver como ficou o espaço - e até já apareceu quem quisesse pagar uma multa antiga e insistisse que era ali. Aqui Base Tango seria bom para ficarmos pela madrugada dentro. Mas amanhã temos marcada a visita à Universidade, e, entre uma coisa e outra, vai ser preciso dormir.

2h
Regresso ao hostel Serenata. Há gente espalhada por todo o lado na zona da Sé Velha. Portugueses e estrangeiros bebem copos sentados em tudo o que é degrau disponível. O nosso quarto no Serenata fica no "andar académico" e as paredes são pintadas com as fitas das cores dos diferentes cursos. Quando adormecemos ainda se ouve ao longe o som animado das conversas na rua.

10h
Pequeno-almoço, com pão quente e muitos turistas, no Serenata.

11h
Encontro marcado para a visita guiada à Universidade (siga aqui para a visita)

13h
Almoço no Loggia, o restaurante do recém-renovado Museu Nacional Machado de Castro (projecto do arquitecto Gonçalo Byrne, inaugurou no final de 2012 depois de três anos de obras), explorado pela Quinta das Lágrimas. Servimo-nos no buffet e levamos os tabuleiros para a esplanada exterior, com uma vista fantástica sobre a parte velha de Coimbra e a Universidade que acabámos de visitar.

14h
Ainda há tempo (embora não tanto quanto desejaríamos) para visitarmos o Museu Machado de Castro. Começamos a visita pelo criptopórtico romano, a enorme galeria subterrânea, berço do que foi Coimbra antes de ser Coimbra, a Aeminium dos romanos. Quando voltamos a subir vemos, num ecrã, a reconstituição do antigo fórum romano que existiu precisamente no local onde no início do século XX foi construído o museu.
Percorremos as várias galerias, a enorme colecção de escultura em pedra (incluindo a impressionante Capela do Tesoureiro, trazida para aqui pedra a pedra na década de 60 do século XX, e que, depois de anos no exterior, está agora integrada no interior do museu), a escultura em madeira, em terracota (as enormes figuras de uma Última Ceia feita para o Mosteiro de Santa Cruz), a ourivesaria, a joalharia, os têxteis, o mobiliário. O tempo foi curto, prometemos a nós próprios voltar.

16h
Descemos até à Baixa, tomamos uma água no Café Santa Cruz, antiga igreja ao lado da Igreja de Santa Cruz, onde à noite também se canta o fado, e entramos no mosteiro para, antes de deixarmos Coimbra, visitarmos os túmulos dos dois primeiros reis de Portugal: os restos mortais de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I foram trasladados dos seus túmulos primitivos para aqui por ordem de D. Manuel I, no início do século XVI.

17h
É altura de partir. Na Rua Ferreira Borges, um grupo de estudantes canta o fado. Os turistas fotografam. Temos o carro estacionado em frente ao Hotel Astória, inaugurado em 1926, junto à margem do Mondego. Espreitamos ainda o hall, onde nada parece ter mudado desde os anos 20. Depois dos romanos, de D. Afonso Henriques, das freiras a fugir das águas num mosteiro inundado, é assim que nos despedimos de Coimbra - a recordar os chás dançantes, para a sociedade elegante de Coimbra, no velhinho Hostel Astória.
 

O que não visitámos (mas temos pena)
Coimbra tem mais para ver. No nosso caso, teve que ficar para uma próxima visita. Mas se em vez de dois tiver três dias, não perca:

Jardim Botânico
Pertence à Universidade de Coimbra e foi instalado em 1772 no centro da cidade por iniciativa do Marquês de Pombal. Estende-se por 13 hectares de terrenos doados pelos frades beneditinos. Tem estufas, um recanto tropical, um bambuzal, um pomar, uma mata.
Calçada Martim de Freitas, Coimbra. Horário de Verão: 1 de Abril a 30 de Setembro, das 9h às 17h30h, de segunda a sexta-feira; das 14h às 20h aos sábados, domingos e feriados. Acesso gratuito

Museu da Ciência
Foi instalado no belíssimo edifício do antigo Laboratório Chimico, totalmente recuperado, e inaugurou em 2006. Em frente fica o edifício do antigo Colégio de Jesus, que alberga o Gabinete de Física (a visita é marcada através do Museu da Ciência), onde se podem ver instrumentos de investigação vindos do Real Colégio dos Nobres, em Lisboa. Existem ainda as Galerias de Zoologia, Botânica, Mineralogia e Geologia, que parecem ter parado no tempo e que merecem, sem dúvida, uma visita (a marcar também através do Museu).
Laboratorio Chimico. Largo Marquês de Pombal. Tel.: 239 85 43 50; fax: 239 85 43 59. De terça a domingo, das 10h às 18h

Pátio da Inquisição
Funcionou aqui, desde 1566 até à sua extinção em 1821, o Tribunal do Santo Ofício. Hoje é aqui que se encontra o Teatro da Cerca de São Bernardo e o Centro de Artes Visuais (CAV), inaugurado em 2003, e que organiza os Encontros de Fotografia.
CAV, Pátio da Inquisição, 10. De terça a domingo, das 14h às 19h. Tel.: 239 836 930 www.cav.net4b.pt

Jardins da Quinta das Lágrimas
Cenário da paixão de D. Pedro e D. Inês de Castro, é o local das famosas Fonte dos Amores e Fonte das Lágrimas. Em 1995 foi aqui inaugurado o Hotel Quinta das Lágrimas.
Horário de Verão: de 16 de Março a 15 de Outubro, de terça a domingo, das 10h às 19h

Salão Brazil
Bar e sala de espectáculos, instalado num antigo salão de bilhares, é um farol à noite na Baixa de Coimbra.
Largo do Poço, 3, 1.º andar. Tel.: 239 837 078/ 912 955 435. Ver programação em salãobrazil.blogspot.pt ou na página de Facebook

_____________
GUIA PRÁTICO

O que ver

Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Rua das Parreiras. Tel.: 239 801 160
Horário: de Maio a Setembro, das 10h à 19h
Preço: 5 euros

Igreja de Santa Cruz - Panteão Nacional
Praça 8 de Maio. Tel.: 239 822 941
Horário: de segunda a sexta, das 9h às 17h; sábado das 9h às 12h e das 14h às 17h30; domingo entre as 16h e as 17h30


Onde ir

Arte à Parte
Rua Fernandes Tomás 29. Tel.: 936 065 686
Horário: Das 16h às 20h e das 22h às 2h

Fado ao Centro
Rua Quebra Costas nº7
Tel.: 913 236 725/918 651 595/239 837 060Espectáculo ao vivo todos os dias às 18h

Quebra
Rua de Quebra Costas, 45
Tel.: 239 841 174
www.quebra.eu (ver programação do festival Jazz@Quebra, até Setembro)
Horário: de segunda a sexta das 12h às 4h (sábado das 14h à 4h)

À Capella
Rua Corpo de Deus
Largo da Victória
Capela de Nossa Senhora da Victória
Tel.: 239 833 985/918 113 307
www.acapella.com.pt
Fado ao vivo todos os dias das 21h à 2h

Aqui Base Tango
Rua Venâncio Rodrigues nº 8
Horário de Verão: todos os dias das 21h às 4h


Onde comer

Fangas Mercearia Bar
Rua Fernandes Tomás, 45 a 49
Horário: terças a domingos, das 12h às 16h e das 19h à 1h
Tel.: 934093636
Preço médio: 15 euros

Zé Manel dos Ossos
Beco do Forno, 2
Tel.: 239 823 790
Horário: das 12h às 15h e das 19h30 às 22h (encerra aos domingos)
Preço médio: 12 euros

Loggia
Museu Nacional Machado de Castro
Largo Dr. José Rodrigues
Horário: de terça a sábado das 10h às 18h
www.loggia.pt
Preço médio: 8/10 euros


Onde dormir

Serenata
Largo da Sé Velha, 21/23
Tel.: 239 853 130
www.serenatahostel.com
Preços (há quartos individuais, duplos, e com camaratas): preços indicativos entre cerca de 15 a 55 euros conforme opção

Hotel Astoria
Av. Emílio Navarro, 91
Tel.: 239 853 020
www.themahotels.pt
Preços: promoções online a partir de cerca de 40€ o quarto clássico até cerca de 160€ a suíte

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