GUIA PRÁTICO
Como ir
Não existem voos directos entre Portugal e a Letónia, mas a Lufthansa e a TAP praticam os melhores preços (no Verão, rondam os 300 euros, ida e volta), com escala em Frankfurt ou Estocolmo.
Quando ir
Embora as quatro estações tenham os seus encantos particulares, se pretende visitar Riga enquanto Capital Europeia da Cultura, a melhor altura é o Verão. Os meses de Junho e Julho proporcionam os dias mais longos, com 15 a 17 horas de luz.
Onde ficar
O comboio leva cerca de 20 minutos a chegar a Jurmala (rota Riga-Tukums), lugar onde se situam as praias mais longas do Norte da Europa. Preferida das figuras proeminentes da Rússia, dos estados bálticos e da Escandinávia, a estância balnear é pontilhada por casas de madeira voltadas para o golfo de Riga. Muitas delas, estão disponíveis para aluguer nos websites www.rent-holiday-homes.com ou www.stes.lv. Uma vez em Jurmala, aconselha-se uma viagem de ferry pelo rio Lielupe e uma caminhada na floresta.
Onde comer
Pusdienotava Telpa
Matisa Iela, 8, Riga
A casa que se orgulha de exibir o nome do chef Rihards Fridenbergs Kalninš é um dos poucos restaurantes em Riga a adoptar — e bem — a cultura do brunch. Biológico, ecológico e hedonista, o restaurante Telpa fica numa antiga fábrica com um belo terraço no segundo andar. Ir ao Telpa é também uma boa oportunidade para apreciar a arquitectura da rua Matisa, onde se erguem o mercado Vidzeme e a antiga loja de vinhos e charutos cubanos esculpida por August Foltz.
Konditoreja Vecriga
Aspazijas bulvaris, 24, Riga (entrada pela Valnu Iela)
O Vecriga (Riga Antiga, em português) é um dos cafés mais populares entre os habitantes da cidade, sobretudo porque faz as delícias dos mais gulosos com os seus bolos artesanais. Cumprindo o rigor de receitas dos finais do século XX, é especialmente procurado pela tradicional queijada e pelo kremšnite, um bolo tipicamente letão.
Agenda
De 3 de Julho a 6 de Agosto, a Biblioteca Nacional da Letónia — um dos mais importantes atractivos arquitectónicos do país — acolhe a exposiçãoEstruturas visionárias. De Johansons a Johansons onde a arte avant-garde de Karlis Johansons, Gustavs Klucis, Valdis Celms, Janis Krievs, Arturs Rinkis, Gints Gabrans, Voldemars Johansons abre porta à discussão sobre o experimentalismo e a utopia.
Outro acontecimento a ter em agenda é o Festival Positivus, que todos os anos atrai milhares de pessoas da Letónia e países vizinhos para celebrar a música indie internacional. Este ano, de 18 a 20 de Julho, o Positivus acolhe artistas como Tricky, Elbow, Anna Calvi, Chet Faker e Daughter, entre outros. Embora um pouco mais fresco, Setembro é também um mês a ter em conta. A sexta edição do festival Survival Kit, uma resposta da comunidade artística ao cenário de crise económica, contará com diversas exposições, concertos, performances e debates sobre alternativas ao sistema actual, tendo como tema central “A cidade utópica”. O festival realiza-se de 4 a 21 de Setembro e é organizado pelo Centro de Arte Contemporânea da Letónia.
O que visitar
Para além do óbvio e obrigatório centro histórico, há uma série de áreas criativas a irromper pela cidade.
Spikeri – um conjunto de armazéns abandonados junto ao rio Daugava deu forma a Spikeri, um bairro bon vivant que aliou a energia criativa de várias frentes para se erguer em forma de cafés, galerias de arte e espaços destinados ao espectáculo.
Totaldobže – funciona sobretudo durante o Verão e é uma plataforma dirigida por artistas independentes onde se organizam discussões,performances, concertos, sessões de poesia, workshops, entre outro tipo de eventos. Apesar de não ter cumprido os requisitos para integrar Riga 2014, terá as portas abertas nos próximos meses.
Miera Iela – o bairro das artes e do design surgiu há três anos como um movimento espontâneo da comunidade local. Transformada numa organização, a República de Miera Iela é hoje responsável pela organização do Festival de Verão na rua Miera, a 24 de Maio. Nos meses seguintes, o bairro torna-se um núcleo de actividades ao ar livre.
Kanepes Kulturas Centrs – o edifício construído em 1895 já foi morada de aristocratas, local de debate artístico e palco da vida estudantil das Belas Artes. Hoje, este centro cultural vive de bicicletas, festas ao ar livre, mercados, bares, uma sala de cinema e espectáculos regulares.
Esplanade – conhecida como a casa de Verão de Riga 2014, a Esplanade oferece uma programação cultural diária e é um óptimo lugar para beber um café ou uma cerveja. As noites de quarta-feira estão reservadas a DJ sets e as manhãs de fim-de-semana são dedicadas às crianças.
Informações
Dada a adesão da Letónia ao euro, já não precisa de trocar as suas moedas e notas por lats.
Sendo Riga a cidade europeia da Art Nouveau, vale a pena seguir um roteiro através da arquitectura de que tanto se orgulham os letões. Na página www.art-nouveau.riga.lv, estão descritos mapas, curiosidades, eventos e pontos-chave que perfazem um bom guia turístico.
A viagem a Riga será sempre incompleta sem uma ida à tradicional sauna letã. Na rua Tallinas, Balta Pirts (sauna branca) é um bom lugar para fazer as honras aos elementos da água, ar e fogo. Neste edifício construído em 1908 acredita-se que o mel de camomila pode curar as feridas do coração. Para saber mais, consulte www.baltapirts.lv.