"Discover the old world made new again" (Descubra o velho mundo tornado novo novamente) é o título de capa da edição de Agosto/Setembro da National Geographic Traveler. Uma imagem de Lisboa ilustra o mote da publicação de viagens da mais influente sociedade geográfica do mundo.
O artigo, que se insere na secção Explorers Club, acompanha uma "aventura" em registo "road trip" pela "interminável costa portuguesa" (no caso, um passeio por Lisboa e arredores e pela costa até Sagres). A inspiração são os "pioneiros marinheiros" portugueses – as primeiras grandes imagens, aliás, logo a abrir tanto a revista como o artigo, são, respectivamente, da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos.
Assinada por Janelle Nanos (uma viajante que já foi editora na Traveler e que actualmente é editora da Boston Magazine), a reportagem começa logo por avisar: "Portugal é feito para viajantes".
Lisboa deixa a jornalista "entusiasmada e impressionada". E, para tal, bastou logo e apenas a vista desde o castelo São Jorge, com "Lisboa em cascata colinas abaixo em todas as direcções". A viagem – escrita num registo pessoal onde o marido da jornalista também é chamado ao trabalho –, segue pelos eléctricos e Alfama, por ruelas e calçadas, pela Sé e pelas ruas animadas da noite do Bairro Alto, sem deixar de recordar os Descobrimentos e descobrir Belém (não faltam os pastéis, claro).
Mas a jornalista não se fica por Lisboa. Por Setúbal, vai em busca de "avistamentos dos golfinhos e de peixe e marisco frescos" e do Portinho da Arrábida. Segue pelo "enclave turístico" de Tróia e e pela Comporta e, depois de uma passagem pela "terra natal de Vasco da Gama", Sines, é tempo da "verdadeiramente selvagem costa do Alentejo".
A Rota Vicentina, por trilhos alentejanos e algarvios, chama logo a atenção da viajante, com os seus quase 300km de caminhos para calcorrear. Pelo meio, passagens por Milfontes, Herdade da Matinha, Zambujeira do Mar ou Vila do Bispo. A meta já estava delineada há muito: Sagres, entre as memórias dos Descobrimentos portugueses e pescadores no "fim do mundo".
A revista, que está a celebrar 30 anos, é referenciada como "a mais globalmente lida revista de viagens do mundo".