Fugas - Viagens

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Cáceres renascentista com renascença contemporânea

Por Andreia Marques Pereira

A cidade medieval e renascentista exemplar é também uma ilusão: parece imóvel na história mas deixou-se entranhar pela arte do tempo.

É um final de tarde ligeiramente diferente na Plaza Mayor de Cáceres. Na escadaria do Ayuntamiento, num dos topos desta praça inclinada, um grupo de mulheres pára em silêncio, segurando uma faixa roxa. Detemo-nos na imagem por acaso e parecemos ser os únicos. A vida corre normal por aqui: revoadas de pássaros negros sobrevoam a praça, as esplanadas começam a encher-se, há encontros e passeios (caninos, muitos), passam trotinetas e skates fazendo soar o empedrado, um casal ensaia os primeiros movimentos em segway sob os olhares atentos dos guias antes de desaparecerem todos rumo ao centro histórico, há quem descanse na longa escadaria que leva ao Arco de la Estrella e quando de repente do céu cinzento se escapam uns raios de sol muitas máquinas fotográficas se erguem, felizes, com a benesse inesperada que doura a pedra das muralhas e faz brilhar mais intensamente o branco da praça.

Entretanto, o grupo de mulheres deafaz-se, sob a indiferença geral. São membros da Plataforma de Mujeres por la Igualdade (PMPI) de Cáceres: de cada vez que uma mulher morre em Espanha vítima de violência de género reúnem-se às 20h, sempre neste local, para um minuto de silêncio. Este ano, é a décima vez que o fazem, costumam ser mais e usar uma faixa alusiva – “No más asesinatos machistas”.

Há algo de simbólico, imaginamos, nesta manifestação silenciosa de mulheres cacerenhas  em solidariedade com mulheres vítimas de violência, nesta cidade onde um punhado de mulheres deixou marcas. A algumas, o tempo já deu o carácter de indelével, outras ainda estão a passar o crivo dos anos – e aqui falamos de duas mecenas cuja acção está a ajudar a tornar Cáceres num centro artístico e, mais inesperadamente, numa meca da arte contemporânea. Inesperada porque há alguns anos ninguém pediria a Cáceres mais do que ser Cáceres. Uma cidade dentro de uma cidade: um reduto medieval e renascentista protegido por uma típica cidade de província; uma povoação extremeña que ora finge ser castelhana ora andaluza. Uma cidade que é Património Mundial da UNESCO e terceiro Conjunto Monumental da Europa.

Há mais de cinco séculos outra mulher se deteve na Plaza Mayor, um pouco mais adiante, defronte das Porta Nova da cidade – actualmente o Arco da Estrella. A rainha Isabel, a Católica, jurou defender os direitos e privilégios concedidos por Alfonso IX aquando da reconquista de Cáceres. Antes, como manifestação de força, havia ordenado que de todas as torres das casas da cidade fossem retiradas as ameias: retaliação pelo apoio à sua rival pelo trono de Castela durante a Guerra Civil e forma de controlar as contendas entre as poderosas famílias que aqui se estabeleceram depois da reconquista. Foram elas que desenharam o centro histórico de Cáceres, sobre a herança árabe, da mesma forma que estes o haviam feito sobre a herança romana. E, como nada se perde, tudo se transforma, Cáceres intramuralhas é um repositório de camadas de história que aqui estão como se numa cápsula do tempo, à espera de serem descobertas mesmo pelo mais incauto dos visitantes. É impossível passar ao lado desta viagem ao passado porque o passado é o presente de Cáceres - no seu duplo sentido.

Plateau de cinema

E porque queremos o eco mais profundo do passado, vamos subverter tudo, e imaginar que chegamos a Cáceres à noite e não durante uma tarde de Primavera. Buscamos o centro histórico escutando as indicações no sibilar doce extremeño, comendo letras às palavras, “sempe p’ alante”. Quando nos vemos entre a cidade de pedra, iluminada por clarões contidos de amarelo de outros tempos, os passos a ecoarem nas ruas quase desertas, parece que tudo está preparado para que passem as carruagens e os cavalos, para que damas e caballeros surjam passeando calmamente com o seu séquito de criados.

É fácil ver um filme, vários filmes, passarem diante dos nossos olhos – e na verdade, alguns passaram por aqui, como 1492, ou, mais recentemente, a série televisiva Isabel, sobre a monarca da unificação de Espanha e da conquista da América. Há algo de feérico no jogo de luzes e sombras que desenha as ruelas ladeadas por palácios e mansões à laia de minifortalezas, como se de obras pontilhistas se tratassem, algo que torna quase surreais as praças pétreas que surgem do nada em qualquer esquina para por vezes se sucederem quase sem limites claros. E nada melhor do que deixarmo-nos engolir pelo labirinto que sobe e desce em todas as direcções, em jogo incessante, guiando-nos por nada mais do que os nossos caprichos, sem temer o sortilégio que nos envolve.

É à noite, então, que o casco viejo de Cáceres mais parece saído de uma máquina do tempo, uma ilha encantada pousada nas planuras da Alta Extremadura, algures entre o Tejo e o Guadiana. Mas, na verdade, tivemos que esperar que ela chegasse porque chegámos durante a tarde a uma Espanha orgulhosamente tradicional, o que equivale a dizer, em período de siesta.

Passamos o Paseo de Canovas com as suas abóbadas de árvores, deixamos o Gran Teatro para trás e entramos em território pedonal. O comércio está quase todo encerrado nas ruas de San Pedro e dos Pintores, e a Plaza de San Juan, ao sol, tem as esplanadas quase vazias. O contrário da Plaza Mayor: aí, as esplanadas estão cheias, entre locais e turistas a almoçarem com vista para as muralhas almoádas que encerram um dos lados da praça, ampla, luminosa e algo irregular.

Esta é a ante-sala perfeita para a cidade antiga, um intervalo em que não estamos na Idade Média mas tão-pouco estamos totalmente no século XXI. Os edifícios brancos assentam numa série de galerias suportadas por arcos perfeitos onde restaurantes, cafés, gastropubs se alinham na típica armadilha turística – e por que não cair nela se oferece tal visão?

Conquistas e exílios

Depois da visão, a invasão. À sombra da tutelar Torre de Bujaco (construída no século XII sobre uma fortaleza romana) que se ergue sobre uma eremita e oferece uma visão panorâmica da cidade (não é a única, neste núcleo histórico povoado de torres), subimos a longa escadaria que nos deixa na antiga Porta Nova, actual Arco de la Estrella, ampliação barroca a definir-lhe o nome. Este é o principal acesso ao interior das muralhas – daqui até à Plaza de Santa Maria, centro religioso, com a concatedral e o palácio episcopal, que na Idade Média desempenhou o papel de plaza mayor, é o espaço de uma curta ruela marginada pela pedra que constrói as fachadas imponentes e severas dos palácios, em granito e alvenaria, rasgadas por portas imensas de madeira coroadas por brasões.

Esta é uma imagem que veremos repetir-se por quase todo o centro histórico, a das casas-fortalezas, fechadas para fora, vividas para dentro, em torno de pátios e jardins centrais, que são o protótipo do edifício medieval aqui, terra de fronteira entre os reinos cristãos e muçulmanos. Não fora o súbito influxo de riqueza que Cáceres recebeu e seriam ainda mais. Mas houve o ouro do Novo Mundo e dele nasceram palácios ao estilo renascentista da época com a devida apropriação local: as construções de granito prosseguiram, mas desta feita com intromissões de delicadas colunatas, umbrais, janelas e varandas a suavizarem a austeridade que se manteve, contudo, como traço dominante. Isto apesar de a arquitectura não ser estritamente catequista em Cáceres, permitindo algumas surpresas bem-humoradas e bem registadas em qualquer guia da cidade, como por exemplo o sol esculpido à maneira infantil, de sorriso largo e olhos, na Casa Solís, ou, outro exemplo, o macaco que emerge também da pedra na Casa do Mono.

É um exercício curioso ver um guia de Cáceres. A legenda é uma espécie de “quem é quem?” (ou “quem foi quem?”) na cidade: casas e palácios seguidos pelo nome das famílias que os construíram constituem a maioria do património desta Cáceres monumental. Quase podemos sentir os fantasmas que continuam a viver para lá dos grandes portões fechados, cada qual guardião de histórias de família que tantas vezes se misturam com a história de Espanha. Até com a história do mundo, ou não estivéssemos na Extremadura, berço de conquistadores. E terras de exílio.

É impossível deixar escapar o nome Toledo-Monctezuma de um dos palácios. E aqui descobrimos o rasto de Isabel, filha de Montezuma, o último imperador azteca, mãe da que dizem ser a primeira mestiça mexicana, Leonor – filha renegada, resultado da violação do conquistador do México, Hernán Cortez, nascido como Pizarro, que derrotou os incas, na vizinha Trujillo. Este palácio e esta família são também símbolo de mestiçagem, forçada, pelo casamento entre Isabel e o conquistador Juan Cano de Saavedra: é um descendente deles que o constrói.

Labirinto cultural

São ecos que nos chegam do passado, lidos nas placas que agora são apêndices das nobres residências, agora sem nobres – apenas os descendentes de uma família mantêm moradia aqui, dizem-nos no posto de turismo, no vizinho palácio Hernando Ovando. No posto de turismo estamos no palácio Carvajal e como este muitos dos outros palácios estão ocupados por organismos públicos. Também se encontram uns poucos restaurantes, bares e hotéis de luxo (como o parador da cidade e o Atrio que começou a partir do restaurante, o único da Extremadura com duas estrelas Michelin), museus e até um consulado português aparentemente abandonado.

Quase aceitaríamos a afirmação de que está desprovido de habitantes o centro histórico de Cáceres, como nos chegam dizer. É preciso chegar às suas franjas para perceber que não. Nos adarves da muralha podem encontrar-se casas modestas, algumas maltratadas, o que não é o caso da antiga judiaria, o Bairro de Santo António, perto da única porta romana sobrevivente (a Porta do Cristo), que é isso mesmo, um bairro entre monumentos.

Um bairro com vida de bairro, entre o casario branco e rústico – e estamos a fingir Andaluzia –, onde Consolación Solís vive há 33 anos, desde que lhe nasceu o primeiro neto, que também vive nesta vizinhança de roupa a secar em cordas colocadas na rua e plantas a encher vasos e a trepar paredes. “Que lo tienes currado, que geranios!”, diz-lhe uma vizinha que passa pelo seu terraço que é quase caminho de passagem – está delimitado apenas por vasos – mas nem isso a impede de andar de pijama nesta manhã de sol. A antiga sinagoga está quase colada à sua casa, agora é a Eremita de Santo António, uma dezena de pessoas dentro, o silêncio das preces quebrado com o tilintar das moedas a caírem nas caixas das esmolas. O sossego pode ser sol de pouca dura. “Às vezes vêm como um bando de pássaros.” Turistas e jovens em botellón, “mais ao fim-de-semana”.

Se há centros de interpretação das três culturas – arábe, cristã e judia – que enformaram a cidade, andar na rua é uma boa forma de tropeçar com sinais destas – para além das óbvias e profusas igrejas porque sabemos que a história é a dos vencedores. Um empedrado vai revelar uma estrela de David ainda na área da judiaria e pouco para além desta, uma casa árabe transporta-nos para outras paragens.

É o projecto de uma vida, ou melhor de duas vidas: do fundador, José de la Torre, e do filho, Ángel de La Torre, que agora lhe segue as pisadas ao manter aberto ao público aquilo que o  pai encontrou quando quis modernizar a casa de família. E o que encontrou foi uma casa árabe do século XII, com fundações romanas. A modernização passou a recuperação: 12 anos de trabalho, ao mesmo tempo que estudava a cultura e viajava muito. De cada viagem ia trazendo peças que agora são exibidas nesta Casa-Museu Yusuf Al Burch (o nome do fundador em árabe) que foi inaugurada há 40 anos na presença do embaixador iraquiano.

O filho é o anfitrião agora, por vezes o neto, abrindo as portas para uma casa árabe com os espaços bem definidos, desde a cozinha à sala de chá, passando pela sala de armas e a de dança (pelo meio um pátio, neste circuito circular), pelo harém, o quarto, a adega, uma cisterna e até um hammam. Não falta até o fantasma de uma mulher, diz-nos Pedro Fito Romero, 28 anos, com quem nos cruzamos, “uma moura de 40 anos, que já fez turistas fugirem espavoridos daqui”. Ángel encolhe os ombros, mas esse foi um dos motivos que trouxe Pedro ao museu, nesta sua terceira visita a Cáceres. A última vez foi há seis anos, conta, e recorda tudo muito igual.

Na verdade, atrevemo-nos a dizer que a estrutura de Cáceres se mantém igual desde o século XVI, ainda que os velhos palácios tenham tomado novas funções. Parece mas não. A Igreja de São Francisco Xavier e o colégio jesuíta adjacente (agora Escola Superior de Arte Dramática da Extremadura) são edifícios barrocos, do século XVIII, encravados bem no coração do casco viejo, e a praça a seus pés, San Jorge, é produto de um arranjo urbanístico do século XX, que abriu um plateau entre a Plaza de los Golfines e as praças de San Mateo e San Pablo, unidas pela íngreme Cuesta de la Compañia.

Podia não ser a rua principal da cidade velha, mas teria algo de simbólico para os Reis Católicos: no Palácio de los Golfines de Abajo ficaram alojados na suas estadias em Cáceres (por isso, o seu escudo preenche a fachada) e na Plaza de San Pablo situa-se o Palácio das Cegonhas, o único que pôde manter as ameias na sua torre, mercê da lealdade dos proprietários para com a causa de Isabel – ironicamente, as cegonhas parecem agora preferir a torre da vizinha igreja de San Mateo para nidificar.

Velhos e novos mestres

Estamos na parte mais elevada de Cáceres, três praças que se sucedem onde antes se ergueu o antigo alcázar árabe. Há vista para os campos para além da cidade desde a Plaza de las Veletas, onde o palácio homónimo é agora Museu Provincial, a história revista em peças arqueológicas, em cujas fundações se encontra a cisterna do álcazar, colunas e grandes arcos perfeitos no que poderia ser um salão. A saída do museu guarda o inesperado: um núcleo de arte contemporânea, já noutro palácio mas ligado ao primeiro, com obras de Picasso, Miró e Tàpies, entre outros.

Antes já havíamos visitado a Fundação Mercedes Calles e Carlos Ballestero, ela cacerenha que deixou parte considerável do seu património à cidade para ser colocado ao serviço da cultura. É assim que no palácio dos Becerra nos deparamos com obras de Van Dyck e Rubens, parte de uma das exposições temporárias que constituem o principal foco da fundação (Rembrandt, Zurbarán ou Warhol, por exemplo, já passaram por aqui), que tem um núcleo permanente com objectos da mecenas, como mobiliário, jóias ou porcelanas.

No seu esforço de dinamizar a cidade antiga, a fundação abriu já este ano, na mesma Plaza de San Jorge onde se encontra, a cafetaria El Jardín de Ulloa, num espaço antes dividido por várias lojas de artesanato (resta uma). Com paredes de vidro para a praça, onde instalou uma elegante esplanada, um dos méritos da cafetaria foi o de dar visibilidade aos jardins que lhe emprestam nome e que antes estavam escondidos por muros altos – e assim entramos nas traseiras da Cáceres antiga. E na órbita deste jardim, uma galeria de arte e cafetaria, Los Siete Jardines, homenageia também esses espaços invisíveis destas paragens pétreas.

Mas se Cáceres se está a afirmar como centro de arte contemporânea a culpa é principalmente de uma galerista de origem alemã, Helga de Alvear, proprietária de uma das mais importantes (e maior: 2000 peças) colecções de arte contemporânea da Europa. Estamos fora das muralhas mas quase ao lado, na Calle Pizarro, onde os bares se sucedem (não podemos esquecer que Cáceres é cidade universitária) e a Estación de Arte Acción se intromete. Maior intromissão é, porém, a do Centro de Artes Visuales Fundación Helga de Alvear, que transformou um edifício modernista em museu moderno com a assinatura dos arquitectos Emilio Tuñón e Luis Moreno Mansilla, vencedores do Prémio Mies van der Rohe em 2007.

Agora em obras de ampliação, o museu continua a funcionar com as suas exposições temporárias (agora Y el tiempo se hizo, colectiva onde se reflecte sobre a concepção do tempo, e Monumento máquina, do catalão Jorge Ribalta) que fornecem perspectivas diferentes do acervo da galerista que abraça diversas disciplinas das artes visuais contemporâneas.

Se actualmente podemos terminar uma visita a Cáceres em contraciclo, com um mergulho na arte contemporânea em plena cidade, há 15 anos, quando a Fugas visitou Cáceres para o seu número inicial, esta estava praticamente reduzida ao Museo Vostell Malpartida, na vizinha Malpartida de Cáceres. Essa é uma diferença relevante na cidade das ilusões: parecia, parece, imóvel na história mas deixa-se entranhar pelo ar do tempo. Tanto que este ano se abriu a outra arte muito na moda, a da gastronomia.

É Capital Gastronómica Espanhola e os restaurantes preparam-se a rigor, cada qual exibindo o seu “Menu Capital Gastronómica”. Na cidade que também na cozinha se apresenta como uma fusão de culturas, com influências romanas, árabes e judias a aliarem-se à tradição espanhola, os menus reforçam-se especialmente com porco ibérico em incontáveis declinações (ou não fosse este a grande referência da Extremadura) e dão mais visibilidade aos oito produtos de denominação de origem da região. As migas extremeñas são ainda mais ubíquas e o bacalhau com tomate surge em grande em muitas propostas – a proximidade com Portugal também influenciou a cozinha aqui e será um dos aspectos também em destaque ao longo deste ano. Vamos comer Cáceres?

Guia prático

Onde comer

Restaurante Atrio
Plaza San Mateo, 1
Cáceres
Tel.: (+34) 927 24 29 28
www.restauranteatrio.com

El Figon de Eustaquio
Plaza San Juan, 12 - 14
Cáceres
Tel.: (+34) 927 24 43 62
www.elfigondeeustaquio.com

La Minerva
Plaza Mayor, 26
Cáceres
Tel.: (+34) 927 261 052
www.laminervacaceres.com

Onde dormir

Hotel Casa Don Fernando
Plaza Mayor, 30
Cáceres
Tel.: (+34) 927 62 71 76
www.casadonfernando.com

Parador de Cáceres
Calle Ancha, 6
Cáceres
Tel.: (+34) 927 21 17 59
www.parador.es/es/paradores/parador-de-caceres

Como ir

De Lisboa: Seguir pela A2 e pela A6 até Espanha; aí apanhar a Ex-100 até Cáceres (cerca de 3 horas de trajecto).

Do Porto: Seguir pela A1 e logo A25 até Espanha; aí continuar pela N620 até à E80; prosseguir pela E-803/A66 até à saída 542; apa

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