Fugas - Viagens

  • Praça Cantão
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  • Morro Santa Bárbara
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  • O lugar onde foi instalada uma
estátua de Mickael Jackson
é um dos mais procurados na
favela. Foi aqui, em 1996, que
o rei da pop gravou o videoclip
    O lugar onde foi instalada uma estátua de Mickael Jackson é um dos mais procurados na favela. Foi aqui, em 1996, que o rei da pop gravou o videoclip "They Don’t Care About U"
  • O lugar onde foi instalada uma
estátua de Mickael Jackson
é um dos mais procurados na
favela. Foi aqui, em 1996, que
o rei da pop gravou o videoclip
    O lugar onde foi instalada uma estátua de Mickael Jackson é um dos mais procurados na favela. Foi aqui, em 1996, que o rei da pop gravou o videoclip "They Don’t Care About U"

Favelas, o lado B do Rio de Janeiro

Por Ireneu Ribeiro (texto e fotos)

A favela de Santa Marta soube aproveitar os anseios dos turistas na demanda do lado genuíno da cidade.

Sinto-me preparado, e bem documentado, para a visita, passeio, tour, a designação que se lhe queira dar, mas os bombardeamentos diários de notícias sobre violência na cidade alarmaram os meus parentes cariocas, desconfiados da última tendência que se alastra como um vírus um pouco pelos morros afora, onde, durante décadas, ninguém queria ir, apenas sair. Vivo.

– Tem a certeza, primo? É branco como o véu da noiva, vai passar por gringo, o que vai fazer a um lugar desses? Não viu o que ontem se passou no Complexo do Alemão, onde morreram três pessoas numa troca de tiros?, indagou, preocupada, Isabel Cristina.

Justifiquei a escolha pela natureza (é a menor das favelas) e localização do morro (sobranceiro à acidentada orla marítima), por desejar um contacto mais íntimo com as comunidades marginalizadas e pelo facto desta favela estar, e ser, pacificada. E no topo do bolo havia Fumaça. Gilson Fumaça. “Gilson Fumaça?” “Assim mesmo, prima.”

Por estas latitudes, não há madrugada que evite o forno que incendeia a cidade. Como se isso atenuasse os meus queixumes, lembram-me que no último estio, ainda fresco, o inferno subiu ao Rio. A poluição expelida pelo tráfego caótico, mesclada com a humidade asfixiante, amolece o corpo, torna-o dolente pela acção do bafo tropical. Ensopado, cheguei antes do acordado: nove da manhã. Confirmei as orientações geográficas: Rua São Clemente, esquina com a Rua da Matriz, número 307. “Mesmo em frente ao posto da Shell”, reproduzia a indicação. Era bem ali, naquele espaço que um dia já foi jardim, ou com pretensões a tal, habitado por uns quantos maltrapilhos, dois cães sem pouso e uma paragem de autocarro dos tempos de Pedro Álvares Cabral. Não havia fumaça de Gilson. Dirigi-me à entrada principal da favela, de frente para o aburguesado bairro de Botafogo, guardada por um carro-patrulha e quatro agentes policiais enfiados em indumentária de combate. Intimidado, questionei-me: “Favela pacificada?” Perguntei-lhes se conheciam o meu orientador de jornada.

– Gilson? Não conhecemos, mas está ali um morador, sentado naquele muro do jardim, que também faz visitas à comunidade. Ele deve saber.

Enquanto vacilo no vai-não-vai, vislumbro, por cima do ombro do policial mais à esquerda, de costas para o morro, o meu guia a descer ladeira abaixo, envolto num sorriso sem cerimónias, exibindo uma t-shirt laranja estampada com um mural alusivo à favela, estilo cubismo, encimada por uma legenda: “Gilson Fumaça”. Era ele o proprietário da microempresa Favela Scene.

Dentro das previsões, apesar de por aqui nada ser apressado, cronometrado, o fogo do astro-rei impelia-nos para “a estação do plano inclinado” — designação dada ao funicular, inaugurado em Maio de 2008, ainda antes da chegada, no final desse mesmo ano (a 19 de Dezembro), da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), oficialmente a primeira de várias que se seguiriam. Enquanto aguardamos pela chegada do elevador, junto de vários moradores, principalmente mulheres que tinham levado os filhos à escola e que, agora, vinham sobrecarregadas de compras, anoto a primeira explicação do dia.

– Este elevador veio facilitar a vida da população local, que precisa subir cerca de 1300 degraus para chegar ao topo da favela. O ano de 2008 foi muito importante porque, para além da instalação da UPP, deixando a comunidade livre dos traficantes, foi implementado um Programa Estadual de Urbanização, tendo-se realizado melhorias no sistema rodoviário, pavimentação de áreas públicas, obras de contenção de encostas, construção de unidades habitacionais e melhorias de outras já existentes.

Eis que chega o funicular. Para além da entrada principal, tem um compartimento lateral que serve para trazer o lixo proveniente do cume da comunidade, mas a porta... avariou. “E agora?” “Não ‘estressa’, a gente resolve, ou não estivéssemos acostumados a lidar com dificuldades diárias”, gracejou Gilson, enquanto um morador, mestre em desembaraços, lá conseguiu salvar o dia de quem, à sombra, evitava tornar-se churrasco. Mas, neste caso, se não se morre pela doença, morre-se pela cura. Espartano, o cubículo envidraçado é escasso para tantos corpos suados. Uma janela semi-aberta e uma pequena ventoinha não atendem às necessidades de ar puro.

Uma lição de vida

Curta paragem na segunda estação, a meio caminho do topo, onde saiu a maior parte dos passageiros. Aproveitei para oxigenar os pulmões e deslumbrar-me com o friso de morros bravios que abraçam a baía de Guanabara, numa paisagem dramática. Do lado esquerdo do “bondinho”, de quem sobe, a favela precipita-se encosta abaixo, como uma manta de retalhos. A maioria das edificações é de alvenaria e possui entre dois e três andares, porém, existe uma quantidade considerável de casas construídas com madeira, papelão e outros materiais. O futebol é quem mais ordena, com bandeiras do Flamengo a esvoaçarem por entre muros pichados do Botafogo, Vasco da Gama ou Fluminense, os quatro ases do Rio. Mais acima que tudo e todos, faroleiro, o Cristo-Rei ampara a comunidade de braços escancarados.

– Hoje, a comunidade tem perto de seis mil moradores e quase 1500 residências. Os limites estão bem definidos e sem possibilidade de expansão territorial. De um lado, a favela está fisicamente limitada pelo Plano Inclinado (linha do funicular), do outro foi construído um muro em 2009, com o argumento de proteger a vegetação nativa remanescente. Assim, para crescer, só através da construção vertical.

Chegámos ao final da linha. Após errar por ruas estreitas e vielas labirínticas, alcanço um terreiro plano, de onde se vislumbra a entrada superior da favela, hoje em dia acessível por carro, pelo lado oposto, e onde está instalada, estrategicamente, a UPP de Santa Marta. Pelo caminho, pouso a atenção num animado jogo de futebol, num campo de relva sintética mal tratada. Torço para voltar ali. Alcançamos, por fim, a extremidade do lugar, depois de percorrermos uma longa escadaria, ladeada por um imenso mural, alusivo à comunidade. É hora de caminhar pela “estrada da morte”, de ligação à cidade, antes dominada pelos traficantes. Aqui ajustavam-se as contas e largavam-se os “ovos”, encomendas de droga. Os urubus, na copa das árvores, e as cobras, “que por vezes aparecem, algumas venenosas”, e que habitam na densa vegetação, conferem um ambiente sinistro ao local, amplificado por algumas construções abandonadas, crivadas de balas. Chagas passadas que ainda lambem o presente. Gilson, agora com 38 anos, recorda um capítulo da sua vida que prefere não desenterrar.

– “Há 20 anos, com 18, participei num assalto a uma loja de material de construção. Consegui fugir, mas acabei por ser caçado por um segurança de uma outra loja, resisti, fugi novamente, mas chegou a polícia, que me perseguiu, um a pé e dois num carro. Um deles baleou-me. Fui condenado a cinco anos e quatro meses, mas dois anos depois fui colocado em regime semiaberto e, mais tarde, ganhei a liberdade condicional. Mas, e depois, o que fazer? Para além do preconceito por morar num morro, ainda havia o de ser ex-presidiário.

Arregaçou as mangas. Estudou, tirou cursos de informática e inglês, vendeu planos odontológicos até perceber que a solução estava dentro de casa, na favela. Frequentou o curso de turismo, cumpriu o estágio no Projecto Rio Top Tour, é credenciado pela Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo, e guia local da favela de Santa Marta. “Venci!”, exclama com convicção. Uma lição de vida e de empreendedorismo, e de “guerra” constante, agora contra as agências de turismo que pretendem despejar, às chusmas, turistas na favela de Gilson Fumaça.

Hora do recreio: futebolada com a criançada. Quem venceu? Os únicos que jogaram calçados, claro! Gilson na baliza, eu no... campo todo.

Michael Jackson deu o mote

Encharcado(s) pela dedicação à prática desportiva (quem me mandou encarnar criança sob um calor tórrido?), prosseguimos a jornada por entre “os 34 pontos turísticos mapeados pelo projecto Rio Top Tour e pelos moradores.” Sobretudo aqui, a melhor parte da viagem é o caminho, não o destino. Sinto o pulso à comunidade, escuto histórias de vida, quase todas pesadas, mas relatadas com um sorriso transversal aos moradores. Um autocolante laranja afixado sob o áspero cimento sintetiza a filosofia de vida da comunidade: “Na minha casa até a tristeza pula de alegria.”

– As pessoas não tinham noção do que acontecia dentro das favelas, porque éramos abertura de telejornais pelos piores motivos. Isso mudou. Agora estamos muito felizes por podermos abrir a porta a quem nos visita.

Uma delas pertence a Maria Helena. Uma espécie de casa-museu. O interior está forrado com mais de 270 relógios, alguns comprados, a maioria oferecidos pelos turistas que por ali passam, do Peru a França. Maria Helena é mãe de Gilson e recebe-me como um filho.

– Vai falar de mim em Portugal? Ah, nem acredito! Tenho de me pentear para as fotos!

Saiu disparada, de escova na mão, numa genuinidade comovente. É do interior do estado do Espírito Santo, que faz fronteira, a Norte, com o estado do Rio de Janeiro. Nota explicativa: o morro Santa Marta é antigo e confunde-se com a própria história do Rio de Janeiro. Os primeiros moradores vieram de várias partes do estado e de outros limítrofes, caso de Maria Helena. Posteriormente, com a expansão imobiliária na região de Copacabana e na orla de Botafogo, surgem mais construções e mais emprego para os moradores daquela área. Na década de 1980, o tráfico de drogas armado estabeleceu-se dentro da comunidade até 2008, data da chegada da UPP.

Maria Helena voltou arrumadinha e lá tirámos as fotografias para a posteridade.

Na parte superior da casa da família, o Hostel Casa dos Relógios (nome apropriado), dá as boas-vindas aos visitantes, quase todos estrangeiros. Dali ou do bar de José Carlos Bonfim, vulgo Zequinha, as vistas são assombrosas, duas paragens para saborear com tempo. Com amargura, Zequinha recorda a convivência forçada com a violência. Assistiu a assassinatos, “era deste muro que os traficantes vigiavam a favela”, diz, apontando com o olhar triste. Equacionou regressar ao Ceará, terra natal, mas recuperou a esperança com a chegada da UPP.

– Comprei um fogão industrial, um frigorífico novo, uma TV de plasma e aumentei o espaço, onde antes só havia um balcão, agora as mesas estão sempre cheias.

A felicidade renascida é contagiante. Mais uma. Em silêncio, detemo-nos a apreciar, lá em baixo, o recorte da lagoa Rodrigo de Freitas. Que maravilha.

Descemos à laje, que pertence à casa de dona Raimunda, reformada, onde pontifica uma estátua de Michael Jackson, o lugar mais procurado pelos turistas. “Vir à comunidade e não passar na laje é como viajar e ficar dentro do hotel.” Certíssimo, Fumaça. Foi aqui, em 1996, que o rei da pop gravou o videoclip They Don’t Care About Us. A presença do cantor na favela foi um marco importante na vida da comunidade, perpetuada pela prefeitura do Rio, ao mandar edificar a estátua em bronze pelo artista plástico Estevan Biandani. Para que o “Espaço Michael Jackson” ficasse concluído, foi, também, contratado Romero Britto, famoso pintor brasileiro e amigo do cantor, para realizar um mosaico gigante, de cores vivas.

Ampla, a enorme laje (que mais não é que o telhado em cimento de uma casa) funciona como uma plataforma de observação imperdível e ponto de reunião de turistas. E de polícias. A autoridade faz-se notar de forma musculada, mas hoje em dia mais preocupada com as últimas notícias no Twitter ou facebook do que propriamente com os traficantes.

– Cara, isto agora é um sossego, uma paz, mas nem queira saber como era há uns anos... Agora está-se muito melhor aqui em cima do que lá em baixo, na confusão da cidade, gracejou um dos agentes, bem no jeito de ser carioca.

Baixou a cabeça, regressando ao seu mundo cibernético enquanto o comparsa, de cotovelos apoiados no muro da laje, contemplava o adorno dos morros que se encavalitam no horizonte. A seus pés, estende-se a selva de pedra de Botafogo, a praia homónima e, mais à direita, a emblemática lagoa Rodrigo de Freitas, onde moram os afamados Jardim Botânico ou o Jockey Club. Ainda mais à direita, mas junto às nuvens e faroleiro à tela idílica, o Cristo é rei.

Tendo por companhia Michael Jackson, o lugar seria um oásis de tranquilidade, caso o sol não estivesse desgraçadamente a pique e corresse comigo para a sombra, neste caso, para a loja da dona Andreia, a única no local e de cariz familiar.

Aproveitando a chegada dos turistas, meteu mãos à obra e o resultado frutificou.

– Estes desenhos são feitos pelo meu filho, Igor, de 12 anos. Criámos uma tela e vamos estampando nas camisetas, o produto que mais vendemos aos turistas.

Exíguo, o espaço remete-nos para um quarto de bonecas, apetrechado das mais diversas lembranças alusivas a Santa Marta. O negócio aconselha-se até porque “cada vez há mais gente” a visitar a favela “e a levar uma recordação”.

O passeio prossegue, agora de cima para baixo, por escadarias sem fim, cruzando corredores estreitos de paredes altas, de betão desnudado, encimados por cabos de electricidade à vista de um esticar de braço. O quotidiano desenvolve-se em ritmo morno. Existem “puxadinhos” por toda a parte (obras que puxam as casas para cima), um vai-e-vem de gente com os filhos pelas mãos, mulheres na cozinha ou moças acaloradas a enxotar o pó que se acumula nas entradas. Pelo caminho, as cores vão dão lugar ao passado de violência. Algumas marcas de balas permanecem nas paredes, mas são raras, como as casas erguidas no alto do morro que utilizaram latas como estrutura.

O interesse do lugar reside nas gentes de portas e braços abertos. A casa é o prolongamento do exterior, tornando Santa Marta num espaço cultural ao ar livre. Michael Jackson deu o pontapé de saída num desfilar de celebridades: Hugh Jackman, Alicia Keys, Madonna, os príncipes da Arábia Saudita e, uns dias antes de mim, Jared Leto (cantor dos 30 Seconds To Mars), que visitou a favela apenas com a namorada e um guia, sem seguranças e mediatismo. O interesse pelo morro da zona Sul suscitou interesse da imprensa mundial, casos do Washington PostLe Monde, Reuters, televisão do Japão, entre tantos outros. Santa Marta, qual umbigo da Terra

A arte regeneradora

Última paragem, mas que poderia ser a casa da partida: praça do Cantão ou sala de visitas da comunidade. O local é uma espécie de minicentro comercial da favela, com cabeleireiro, barbeiro, bar ou mercearia; porém, foram as casas pintadas com cores garridas que transformaram a praça no ícone de Santa Marta. A iniciativa tem um nome, Favela Painting, e um mentor, dois, aliás: a dupla holandesa Haas & Hahn, que tem vindo a desenvolver projectos artísticos comunitários em vários lugares do Rio.

– Jeroen Koolhaas e Dre Urhahn estão a transformar zonas urbanas degradadas, como favelas ou bairros, usando apenas argamassa e cores, e a colaboração entusiasta dos moradores, como acontece aqui. A marca Coral oferece as tintas mas a mão-de-obra fica por conta do proprietário, que tem de utilizar, pelo menos, duas cores na casa.

Esta história brilhante completou dez anos, quando estes holandeses decidiram transformar a Praça Cantão, utilizando as cores do arco-íris de modo a eliminar a precária e crua arquitectura das casas de tijolos, o que resultou numa alegre e gigantesca obra de arte.

Detive-me na praça, semideserta à hora do almoço. Três miúdos jogavam futebol, um cão farejava aromas fortes, enquanto os moradores tão rápido apareciam como desapareciam por escadarias íngremes. Teias labirínticas antes dominadas pelo tráfico de drogas, reduto do Comando Vermelho chefiado por Marcinho VP, o mesmo que, em 1996, garantiu a segurança a Michael Jackson aquando da gravação do videoclip mas que viria a ser assassinado em 2003, no presídio de Bangu.

O percurso guiado estava a poente, calcorreado sem a pressão dos ponteiros ou rigidez de paragens. Regresso ao ponto de partida. Sento-me no muro que ladeia aquele espaço verde-acastanhado, o tal que gostaria de ser nome de jardim. Gilson Fumaça a meu lado, ambos de frente para Santa Marta, um apêndice do Rio, um manjar sensorial. As favelas já não são apenas uma parte do tecido urbano onde vive um terço da população carioca, são, agora, e cada vez mais, uma parte importante do tecido cultural e rico da cidade. Neste desfiar de pensamentos, apetecia-me acrescentar: “E uma imensa troca cultural, uma experiência de aprendizagem e conhecimento, sem enveredar pelo turismo todo-o-terreno, estilo zoológico”.

O guia local (Gilson, no caso, mas não é o único) incute outra autenticidade ao passeio. Ali, de onde acabara de sair a custo e com vontade de regressar a gosto, a hospitalidade genuína brota da vontade de vingar na vida, de ter um negócio que traga efectivamente algo de novo e positivo à comunidade; os comerciantes preocupam-se verdadeiramente em fazer-nos felizes, em vez de olhar, exclusivamente, à variante económico-financeira da questão. Também existe o lado mais internacional das favelas. “Perto da Praça do Cantão há casas alugadas a argentinos, e cada vez mais estrangeiros nos pedem alojamento temporário.”

– Um estudo recente mostrou que 97% dos moradores das favelas são trabalhadores e apenas 3% são marginais. Ou seja, a maioria paga por estes, desabafou aquele que é uma lição de vida, um soco no preconceito.

Alvoroço geral. Correria generalizada, gritos histéricos e silvos de balas. O paintball é a última modalidade na favela. As armas reais saíram de cena e a guerra virou brincadeira. É só seguir o exemplo de Santa Marta. E de Gilson Fumaça.

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