Fugas - Viagens

  • Daniel Rocha
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Casa Assombrada: “I see dead people”

Dão-nos então um audio-guia, uns auscultadores que teremos de usar na primeira parte da experiência, feita em grupos de três pessoas e que não podemos retirar dos ouvidos ao longo do primeiro piso. “Boa noite, bem-vindo à Casa Assombrada”, diz-nos uma voz grave e profunda, convidando-nos a entrar no mundo das trevas. Tudo a partir dali é escuridão. Em cada divisão, uma nova experiência. Até que os olhos se habituem e comecem a vislumbrar as sombras, tudo é desconhecido.

A voz profunda e grave vai-nos contando histórias, da casa e não só. E não só histórias. Ruídos aterradores acompanham-nos. Fotografias de “gente que já não está entre nós” vão aparecendo, sempre com avisos de que é preciso permanecer alerta para conseguirmos recolher as pistas necessárias à parte de jogo desta experiência.

Somos confrontados com os mais sugestivos ícones do terror. Há monstros debaixo da cama? Fantasmas escondidos em armários? Que escondem os cantos recônditos do palacete que, visto de dentro, de cor-de-rosa não tem nada? O fantasma de Beatriz já se agita no sótão da nossa cabeça a meio da primeira parte. Temos medo, muito medo! E ainda estamos a começar…

Recolham-se as pistas possíveis, as que o susto não tolda. Vão ser preciosas no andar de cima. O grupo junta-se, discute-as. Começam então os movimentos a solo. São 11 quartos, cada qual com a sua assombração, em três níveis de terror. Agora é ainda mais importante estar atento aos sinais. A nossa libertação da casa depende disso!

Por essa altura já houve várias desistências. Há quem chame pelo André logo no andar de baixo. A senha para sair mais cedo é “André, quero desistir”. E é rara a noite em que alguém não o faz. Lá em cima, os mais susceptíveis têm outro refúgio. Mas não estarão a salvo dos gritos assustadores dos corajosos companheiros de aventura que arriscaram enfrentar sozinhos a escuridão de cada quarto.

O “mordomo” agora está connosco, ajuda-nos a encontrar a luz ao fundo do túnel. Saímos a tempo de confirmar que a tempestade que ouvíamos era real. As estátuas do jardim sem luzes prolongam a angústia já do lado de fora, onde nos esperam para uma “limpeza” espiritual. Bem precisamos de velas nessa altura. Estamos sem pinga de sangue! E já só pensamos na ginjinha que vamos beber na rústica Tasca de Bellas, no centro da vila, parceira do grupo de teatro nesta experiência assombrosa.

Casa Assombrada de Belas
Quinta Nova da Assunção
www.facebook.com/projecto.casa.assombrada/
Inscrições online a partir do dia 15 de cada mês
Preço: 15€

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