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Corveta afundada para criar recife artificial no Porto Santo

Por Fugas com Lusa

Os amantes do mergulho têm, a partir desta quarta-feira, mais um local para explorar. A corveta General Pereira D’Eça já se encontra afundada ao largo da ilha de Porto Santo, na Madeira, pronta para acolher um recife artificial.

Um minuto e vinte e seis segundos. Foi este o tempo que a corveta General Pereira D'Eça, com os seus 85 metros de comprimento e 1438 toneladas, aguentou à superfície, depois de accionados os explosivos. Iniciava então a derradeira descida ao leito do Oceano Atlântico, onde ganhará uma nova vida a 30 metros de profundidade.

O antigo navio de guerra da Marinha Portuguesa, construído em 1970, foi agora cedido pelo governo à Região Autónoma da Madeira para criar um recife artificial ao largo da ilha de Porto Santo, numa Área Marinha Protegida localizada entre o Porto de Abrigo e o ilhéu de Cima.

O objectivo é promover o turismo subaquático, atraindo amantes da modalidade ao arquipélago. No entanto, os primeiros mergulhos só serão autorizados quando terminarem os trabalhos de estabilização do navio no fundo do oceano e após uma verificação minuciosa da Marinha Portuguesa.

Este é o segundo navio afundado ao largo do Porto Santo com o objectivo de criar um recife artificial e potenciar o mergulho, depois do Madeirense, em 2000. As embarcações encontram-se a cerca de duas milhas náuticas uma da outra.

“Estamos a desenvolver um novo conceito, que é o de Parque Marinho”, avançou à Lusa o presidente do Governo Regional da Madeira, recordando que está previsto para breve o afundamento de outra corveta da Marinha Portuguesa nos mares do arquipélago.

“Queremos diversificar o turismo no Porto Santo para além da praia e este afundamento insere-se nessa estratégia”, indicava Miguel Albuquerque, pouco depois de ter assistido à operação, conduzida pela Marinha Portuguesa, a bordo do navio patrulha NRP Cacine.

De acordo com o autarca de Porto Santo, este segmento representa entre 5 a 10% das receitas totais que a ilha arrecada com o sector do turismo. “O afundamento da corveta é uma mais-valia para a economia local e vai atrair cada vez mais apreciadores de mergulho”, sublinhou Filipe Menezes.

A empresa Scuba Diving será a entidade responsável pela gestão deste novo recurso turístico e resulta de uma parceria entre a Associação de Promoção da Madeira e os hotéis com centro de mergulho nas ilhas da Madeira e Porto Santo.

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