Fugas - Viagens

Adriano Miranda

Segways banidos dos bairros turísticos de Praga

Por Fugas

A circulação dos veículos eléctricos foi proibida no centro histórico da capital da República Checa depois de várias queixas de moradores.

A medida tinha sido anunciada no final de Julho pela presidente da autarquia local. Agora entrou em vigor. Desde quarta-feira que a circulação de segways está proibida no centro histórico de Praga.

“Espero que a experiência da vossa visita a Praga não fique empobrecida sem os passeios de segway no centro da cidade”, afirmou a autarca, Adriana Krnacova, dirigindo-se aos turistas estrangeiros que visitam a capital checa e que são os principais utilizadores daqueles veículos eléctricos de duas rodas, usados em muitos passeios guiados pela cidade.

“Em contrapartida, vão definitivamente poder apreciar melhor a beleza e a atmosfera da metrópole checa sem risco de colisões”, acrescentou em comunicado.

A interdição chega depois de a autarquia ter “recebido muitas reclamações” e abrange todos os bairros históricos habitualmente apinhados de turistas. No total, cobre quatro zonas da cidade, incluindo locais como o castelo, a ponte Carlos, a cidade velha, Malá Strana, a cidade judaica, a colina de Petrin e as docas junto ao rio Vltava.

Segundo uma nota intitulada "Segway? No way?", publicada no site oficial da cidade, foram instalados sinais de trânsito a identificar as diferentes áreas agora interditas. Em caso de violação da nova lei municipal, a multa é de 2.000 coroas checas (cerca de 75€).

A decisão foi tomada pela autarquia de Praga no final de Julho, no seguimento de queixas frequentes por parte dos peões checos, mas também estrangeiros, causadas pela velocidade dos veículos e pela falta de atenção dos seus condutores nas estreitas ruas históricas do centro da cidade.

Praga, que recebe cerca de seis milhões de visitantes por ano, segue assim o exemplo de outras cidades turísticas como Nova Iorque e Barcelona, que já tinham imposto regras para a circulação de segways em algumas zonas.

A decisão veio aumentar a fúria das empresas de aluguer destes veículos, que estimam que a interdição deixe pelo menos 300 pessoas no desemprego em plena época alta.

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