As escolhas de cada ano da Lonely Planet para os destinos que se seguem são sempre sinais influenciadores das tendências mundiais. E se este ano Bordéus (França) lidera a lista das cidades, Choquequirao (Peru) a das regiões, Nepal o top da qualidade-preço e Canadá o dos países, também há distinções para Portugal graças a Lisboa, Porto e Açores.
Estes últimos, lê-se, misturam “uma natureza incrível com a cultura ibérica super-cool”. Já os recursos naturais de cada ilha dos Açores "assemelham-se a atracções turísticas superlativas de outros destinos: vulcões havaianos verdejantes, aldeias portuguesas medievais, borbulhantes fontes termais escandinavas, enormes penhascos irlandeses e rugosas crateras da Patagónia”. É assim que o gigante internacional dos guias de viagem descreve o arquipélago, dando-lhe o terceiro lugar no top 10 das melhores regiões do mundo para visitar em 2017.
À frente das ilhas portuguesas, só Choquequirao, no Peru, e Taranaki, na Nova Zelândia. Para a escolha, dizem, contou o facto de os Açores serem um destino acessível tanto a partir da América do Norte como da Europa e, por isso, uma alternativa à “abundância de viajantes que descobriram a Islândia nos últimos anos”. Mas o arquipélago português não será um segredo duradouro, avisam: “registou um aumento de 31% no turismo nos últimos 12 meses, por isso visitem este lugar doce em 2017 antes que a coisa arranque realmente”.
Já o Porto surge igualmente em terceiro lugar num dos tops do Best in Travel para o próximo ano, um livro-guia lançado anualmente pela Lonely Planet com as principais tendências no mundo das viagens e as escolhas dos especialistas da publicação sobre os melhores destinos do planeta segundo diferentes critérios. No caso portuense, é a relação qualidade-preço que destaca a cidade entre os demais lugares do globo. Depois do Nepal e da Namíbia, o Porto é o destino onde se consegue ter mais e melhor a um custo mais baixo.
“Aqui está uma cidade europeia que ainda consegue ficar fora dos radares”, começam por referir. Algo que para a publicação internacional “não parece possível”, dado o “cenário deslumbrante da cidade sobre o rio Douro, os preços acessíveis da alimentação e do alojamento, já para não falar da frota de companhias low cost que ligam o Porto a toda a Europa e dos voos directos de Nova Iorque, que estão a fazer com que chegar aqui seja mais barato que nunca”.
Se argumentos faltassem, a Lonely Planet faz desfilar mais alguns: tem “um conjunto de museus baratos”, “viagens baratas em eléctricos vintage, que vão deliciar o nerd dos transportes do grupo” e “uma praia de seixos a uma hora de caminhada ao longo da margem do rio”. Mais? “As caves de vinho oferecem visitas e provas baratas” e as “visitas de um dia inteiro às vinhas são fáceis de organizar”. Ainda não chega? Então a publicação recorda também que a francesinha é “de parar o coração” e que “pode ser a única refeição que vai precisar de fazer o dia inteiro” - e traz um bónus para a carteira: “uma sandes é muitas vezes mais do que suficiente para duas pessoas”.