Na véspera de Natal, Isaura e os irmãos deparavam-se com um dilema: seria melhor deixar a janela aberta para o Menino Jesus poder entrar com as prendas ou fechá-la para se resguardarem do frio que fazia lá fora? “A minha mãe dizia-me ‘Não te apoquentes, filha, que se o Menino Jesus vier, ele há-de encontrar maneira de entrar’.”
E, apesar de ser muito pouco o dinheiro em casa, o Menino Jesus arranjava sempre maneira de deixar alguma coisa nos sapatos que os irmãos deixavam no parapeito da janela. “O meu pai”, recorda Isaura, “nunca nos deixou o sapato vazio”. “Havia sempre uns rebuçadinhos, não era um punhado, eram só mesmo uns que cabiam no fundo da mão, mais uns figos secos, uma laranja.” É por isso que até hoje, mesmo em mesas de consoada com abundância e variedade de comida, Isaura nunca deixa de pôr uns figos secos em memória desses Natais antigos.
Aníbal, que é uns anos mais velho, também se lembra da laranja ou da maçã que ganhava no dia de Natal. Era pouco mas “a gente via aquilo e ficava tão contente, tão contente”, interrompe Isaura, transbordante de entusiasmo à medida que regressam aquelas recordações de infância na aldeia de Janeiro de Cima, hoje uma das 27 Aldeias do Xisto no Centro de Portugal, esta mesmo à beira do rio Zêzere.
Encontramo-nos com Isaura Antunes e Aníbal Almeida na Casa das Tecedeiras, no centro da aldeia, e aí, no meio dos teares e dos objectos que mostram como o cultivo e a transformação do linho foram no passado muito importantes aqui, passamos boa parte da manhã a ouvir as histórias que os dois contam. Ambos passaram muito tempo fora, emigrados em França, mas sempre com o sonho de voltar a Janeiro de Cima.
Nunca deixaram de pensar nos namoricos à beira da cerejeira durante os passeios de domingo da “volta à folha” (quando iam até à zona conhecida como Folha de Cima), “o bailarico ao toque do realejo”, os dias de trabalho de sol a sol a apanhar a azeitona, a sachar o milho ou a tratar o linho, o “aquecimento central” garantido pelos animais na parte de baixo das casas e até a sardinha ou o chicharro que chegavam da Pampilhosa e que à mesa eram divididos por três.
“Aos 12 anos comecei na apanha da azeitona, a ganhar ao dia, quem precisava chamava”, conta Isaura, recordando como era difícil criar uma família grande. “A minha mãe teve 13 filhos, criou oito. Não me lembro de ter fome, mas não foi fácil.” Já Aníbal não esqueceu os tempos do racionamento, na altura da II Guerra Mundial, e sobretudo o dia em que, era ainda garoto, o mandaram ao Esteiro buscar pão.
“Tínhamos que passar o rio três vezes e cada um tinha direito a um certo número de quilos de pão, consoante o número de pessoas que tinha em casa”, explica. “Eu estive na fila das dez da manhã até às oito da noite para trazer meio pão. Tinha tanta fome que pelo caminho ia tirando uns bocadinhos a pensar ‘Ai que eles vão ver que mexi nisto’. Quando cheguei a casa só levava um quarto do pão.”
Da ceia de Natal, Isaura confessa que não se lembra. No dia 25, sim, a mãe “cozia o feijão com couve e punha-se uma chouriça da melhor ou um bocadinho de carne da melhor”. Bacalhau, lá ia chegando a Janeiro de Cima, mas não era para todos. “Havia aqui dois clãs, o dos agricultores e o dos que trabalhavam nas minas da Panasqueira”, conta Aníbal. “Esses eram o que tinham dinheiro e abarbatavam tudo. Recordo-me de um deles chegar à loja dos Almeidas e dizer ‘Há aí bacalhau? Ponha de parte que é para nós.’ E o resto do povo tinha que lhes ir pedir se dispensavam um bocadinho.”
Mas a grande festa era — e esta é uma tradição que ainda se mantém nas aldeias — o madeiro. Os homens mais jovens da terra iam, uns dias antes, à procura de uma árvore grande para queimar em frente à igreja. “Era feito com grande sacrifício mas muita força de vontade”, diz Aníbal. Levavam o carro dos bois e traziam a árvore até à aldeia. “Um dia, contava-se, um dos bois escorregou e partiu uma perna e um dos homens, que ainda era meu tio, pôs-se ao lado do outro boi e puxou a carroça às costas até aqui.”
A árvore era tão grande que — e isso era ponto de honra — ficava a arder até ao Dia de Reis. E todas as noites os habitantes de Janeiro de Cima reuniam-se ali, à volta do fogo, a conversar e a cantar noite dentro.
Uma couvada no Fajão
No Fajão, outra das Aldeias do Xisto, um pouco mais a norte de Janeiro de Cima, o espaço em frente da igreja já está preparado para receber o madeiro, que é aceso na noite de 24 e que, se esmorecer, é reanimado para o fim do ano. Agora já não é preciso os homens carregarem árvores às costas, a Junta de Freguesia trata de tudo.
E é precisamente o presidente da Junta, Carlos Simões, que nos recebe no seu restaurante, O Pascoal, para nos mostrar o que é uma verdadeira couvada de bacalhau, como muitos comem aqui na noite da Consoada. Como estamos no final da apanha da azeitona, este é o bacalhau à lagareiro, o que se cozinhava no lagar, com muito azeite quente, uma boa posta, batatas e, sobretudo, umas magníficas couves apanhadas ainda há pouco na horta ali ao lado.
Também Carlos Simões, hoje com 49 anos, tem entre as suas melhores recordações de Natal as noites à volta do madeiro. “Nós, os rapazes, fazíamos uma cabana com giestas e ficávamos ali a dormir e a comer chouriço assado.” Era a compensação pelo trabalho que tinham tido. “Dois meses antes já uma dúzia ou duas de rapaziada andava à procura de madeira.”
Depois “toda a gente matava um porco, faziam-se as chouriças” e “durante 15 dias havia sempre comida” à volta do madeiro. Se, por acaso, os rapazes apanhavam uma raposa, iam bater à porta de quem tinha galinheiros pedindo-lhes dinheiro pelo feito, porque, graças a eles, as galinhas iam ficar mais seguras.
Ainda antes de nos sentarmos à mesa para a couvada vamos ao bar do outro lado da rua, o Juiz de Fajão. Era aí, anteriormente, o restaurante de Carlos Simão, mas agora mudou-se para um espaço maior e o anterior passou a ser bar, ponto de encontro e loja de artesanato. Com o museu do padre Nunes Pereira fechado à noite, é aqui o melhor sítio para descobrir os Contos de Fajão, o conjunto de histórias cómicas que são, ao mesmo tempo, ensinamentos de vida, reunidos pelo padre Augusto Nunes Pereira, a figura mais querida de Fajão, que morreu em 2002.
D. Fátima, a mãe de Carlos Simão, orgulha-se das placas de xisto gravadas ainda pelo padre e que decoram as paredes do bar e recorda como ele se sentava numa das mesas a desenhar. Conta que está a ler um livro sobre a vida dele e lança-se, entusiasmada, a repetir alguns dos Contos de Fajão, histórias que falam dos almocreves que por aqui passavam quando a aldeia ficava no caminho das rotas de comércio, sobretudo de sal.
Os contos têm como personagens principais o Pascoal, que dá nome ao restaurante, e o juiz de Fajão, com um sentido muito apurado de justiça — veja-se, por exemplo o dia em que três homens discutiam quem tinha feito o melhor verso sobre um lobo morto, tendo acordado que quem tivesse o pior pagaria o almoço; incapazes de decidir, pediram ajuda ao juiz, que achou os três versos igualmente bons e deu a sua sentença: “Isto está tudo muito exacto, mas pagais o almoço todos três e comemo-lo todos quatro.”
A gastronomia serrana
Se n’O Pascoal comemos a mais tradicional ceia de Natal da região, no dia seguinte almoçamos no Buke, no Villa Pampilhosa Hotel, na Pampilhosa da Serra, inaugurado em 2012 e que, tendo partido da iniciativa privada, é já resultado da dinâmica criada pelo projecto das Aldeias do Xisto. É aí que o chef Flávio Silva, 30 anos, está a criar pratos de autor a partir dos produtos e tradições serranas.
Nem sempre é fácil, confessa Flávio Silva, convencer as pessoas do interior a preferir os pratos de autor às receitas tradicionais e à ideia de “prato cheio”. Mas tem vindo a fazer esse caminho com calma e no seu restaurante é possível escolher uma versão tradicional de cabrito assado no forno ou, em alternativa, este hambúrguer de cabrito com puré de verduras que agora nos chega à mesa.
Sente que com o seu trabalho as coisas já começam a mudar e que a oferta que aqui traz dá à região algo que até há pouco não existia. Formado na Escola de Hotelaria de Coimbra, tornou-se conhecido primeiro pelo chocolate. Criou o bombom de Licor Beirão, foi premiado no Concurso Pasteleiro Júnior e lançou-se no mercado com uma marca de chocolates própria, a FS, com a qual está a desenvolver uma linha de bombons com diferentes produtos regionais, da flor de sal de Rio Maior ao mel da Lousã e até já fez um com serpão, a erva selvagem que se usa nos tradicionais maranhos.
Desde que chegou ao Villa Pampilhosa Hotel já teve convites para ir para outros lugares, mas acredita que ainda tem muito trabalho a fazer por aqui e está empenhado também em trazer outros profissionais para a região, seja para trabalhar na cozinha ou na sala.
Não é nada fácil conseguir gente para trabalhar no interior, explica. Ele próprio, quando disse aos amigos que vinha para a Pampilhosa, viu-os reagir com surpresa. Mas, depois de várias experiências em restaurantes de Lisboa, está convencido de que aqui se tem uma coisa que lá não se encontra: “tempo e paz de espírito para criar”.
Foi isso que lhe permitiu criar, por exemplo, o prato seguinte, que vai servir depois do creme de castanhas com cebolada de mel, e que é uma versão do bacalhau mas com dois pedaços de bacalhau com curas diferentes (nove meses e 20 meses), presunto, batata-doce, legumes e pó de amêndoa. Ou a sobremesa com que finalizamos a refeição e a que chamou Beira Serra, porque leva de tudo um pouco, tigelada, doce de castanha e Vinho do Porto, gelado de mel, arroz doce e trufa de medronho.
A gastronomia — a tradicional e a contemporânea — é uma das grandes apostas das Aldeias do Xisto para 2017, explica-nos Rui Simão, coordenador da ADXTUR, a associação que dinamiza o projecto. O objectivo é criar o circuito gastronómico das Aldeias do Xisto, que passa pelo convite a chefs “para se juntarem aos que cá estão, conhecerem os produtos locais e criarem um prato que ficará depois no menu do restaurante que os convida”. O primeiro será o chef António Alexandre, que virá para Penela. Além disso, haverá uma Xisto Week, para promover os menus e produtos endógenos, do mel DOP da serra da Lousã aos cogumelos, do medronho aos maranhos, das lagaradas à chanfana.
A Cerdeira e as artes
É tempo de seguirmos para Cerdeira, uma aldeia de Xisto que é quase um conto de Natal. Aninhada na serra, com as casas descendo por entre os montes, o som dos ribeiros a correr à nossa volta, as escadinhas e ruas estreitas entre as casas, muito próximas umas das outras, fazem-nos pensar na força de vontade dos homens que primeiro ali construíram os seus abrigos, abrindo socalcos para plantar pequenas hortas, algumas árvores de fruto, oliveiras e criando currais para as muitas cabras que criavam — chegaram a ser 800 só aqui.
Hoje a Cerdeira é muito diferente. Tornou-se uma aldeia das artes e ofícios, com um encontro de artistas todos os verões, o Elementos à Solta, e vários workshops e residências ao longo do ano. Tudo porque, há perto de 30 anos, um casal de alemães descobriu esta aldeia em ruínas, com a vegetação já a engolir as casas, e decidiu mudar-se para aqui. A eles juntou-se outro casal português, e, com os filhos, foram recuperando, a pouco e pouco, as casas.
Kerstin Thomas, a artista alemã, é hoje a grande dinamizadora do centro criativo Cerdeira Village e é ela que nos recebe no café, numa das 16 casas entretanto recuperadas, também graças aos apoios que surgiram a partir do projecto Aldeias do Xisto. Ainda há algumas casas em ruínas, mas oito delas estão preparadas para receber visitantes — e Kerstin instala-nos numa, com sala em baixo e quarto em cima e uma varanda sobre a paisagem deslumbrante.
Podia nevar (há um postal com a imagem que registou o momento de um raro nevão, há uns anos) e seria um Natal perfeito. Há muitos veados aqui à volta e alguns deles podem vir até visitar-nos na aldeia. Há salamandras quentinhas e há histórias antigas que Kerstin ainda ouviu aos últimos habitantes de Cerdeira, entretanto já a morar noutras aldeias maiores, de como se vivia aqui antigamente. Alguns tinham ainda a memória das invasões francesas (que pouparam Cerdeira) e de como um dos homens era sempre mandado vigiar os caminhos para alertar caso os franceses avançassem para a aldeia.
Há ainda uma biblioteca (na casa antes reservada para dar algum privacidade aos recém-casados na noite de núpcias) e uma casa com camaratas onde se alojam os participantes nas residências artísticas. Por todo lado vêem-se peças de cerâmica, recordações da passagem do mestre japonês Masakazu Kusakabe (que vai voltar em 2017) que veio dar aulas e construiu um forno sem fumo, todo ele decorado com desenhos de caras japonesas.
Despedimo-nos de Kerstin porque temos almoço marcado na aldeia seguinte, Candal, onde encontramos Mário Santos a amassar o pão. Lisboeta, apaixonado pela serra, Mário veio há anos de férias com uns amigos e comprou uma das casas em ruínas no Talasnal, uns quilómetros mais acima. Foi ficando e há oito anos, precisamente numa venda de Natal, pediu à câmara autorização para usar uma vivenda na estrada do Candal. É aí que tem hoje, com a sócia Ana Pinto, a Loja das Aldeias do Xisto, onde vende, entre muitas outras coisas, os talasnicos, os óptimos bolos que a sua mãe criou, com castanha e mel, uma homenagem à serra.
De lareira acesa na acolhedora sala do Sabores da Aldeia, comemos um entrecosto assado com batatas e castanhas e a chanfana, de carne a desfazer-se, que Mário aprendeu a fazer com a Ti Lena, que foi, com o marido, a última habitante do Talasnal antes de a aldeia ser abandonada (e depois recuperada, com vários alojamentos locais e um restaurante). Foi ela quem lhe ensinou muitos segredos da gastronomia serrana que ele hoje aplica no restaurante que abriu em Março deste ano, com Ana Pinto, na parte de baixo da loja.
Quando partimos, deixamos Mário a pôr no forno de lenha o pão que tinha estado a amassar. Cheira a Natal. Fica a promessa de voltarmos. Era bom se fosse já este ano, ainda a tempo de ver o madeiro a arder e de nos juntarmos aos antigos e novos habitantes das Aldeias do Xisto, para, junto às chamas, pela noite dentro, comer uma chouriça e beber uma aguardente de medronho enquanto ouvimos as histórias dos natais serranos e as memórias de uma mão mal cheia de figos secos deixados no sapatinho.
O que são as Aldeias do Xisto?
É uma rede de 27 aldeias situadas no Centro de Portugal, na zona do Pinhal Interior, entre Castelo Branco e Coimbra, integradas no projecto de desenvolvimento sustentável liderado pela ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, em parceria com 21 municípios e mais de 100 operadores privados no território. Há uma série de actividades em cada uma das aldeias, e na rede no seu conjunto, que podem ser conhecidas no site www.aldeiasdoxisto.pt, onde está disponível toda a informação sobre alojamentos, restaurantes, lojas, rotas, passeios pedestres, centros de apoio à prática de BTT e praias fluviais. Existe também um livro Aldeias do Xisto - A descoberta começa aqui, e muito material impresso disponível em toda a rede. As informações que se seguem são relativas apenas ao percurso que a Fugas fez pela região e por algumas das 27 aldeias.
Guia prático
Fajão
Onde comer
O Pascoal
Rua das Flores, Fajão
Tel: 235 751 219 ou 963 012 659
Horário: das 13h às 15h e das 19h às 22h. Encerra à segunda-feira.
Preço médio: 13 euros
Especialidades: bacalhau à Juiz; trutas do rio Ceira; cabrito assado à Juiz; ensopado de borrego à fajaense; chanfana; tigeladas.
Janeiro de Cima
Onde ficar
Manuela Margalha nasceu em Janeiro de Cima e vive actualmente em Aveiro, mas recuperou algumas casas na aldeia (tem também a Casa da Pedra Rolada e a Casa Maria Dias). A Fugas ficou alojada no segundo andar da Casa de Janeiro, que tem quatro quartos e uma área comum de sala e cozinha. Situada mesmo no centro, junto à igreja e à Casa das Tecedeiras, é uma óptima base para se conhecer melhor esta aldeia, com as suas tradições ligadas ao linho, praia fluvial e passeios de barca pelo rio Zêzere.
Casa de Janeiro
Tel.: 969 339 830
Email: reservas@casadejaneiro.com
Preço dos quartos: entre os 40 e os 60 euros por noite.
O que visitar
Casa das Tecedeiras
Loja-museu onde se podem conhecer as tradições da produção do linho, que teve uma enorme importância na economia desta região. Somos recebidos pela Rosa Pereira, que, estando desempregada, fez um curso de formação e desde então trabalha aqui, fazendo tapetes, que se podem comprar na loja. É ela quem nos ensina a trabalhar num tear tradicional, num pequeno workshop da arte da tecelagem.
Rua do Paraíso
Tel.: 934 103 813
Aberto todos os dias das 13h às 17h30
Entrada gratuita.
Pampilhosa da Serra
Onde comer
Restaurante O Buke (Villa Pampilhosa Hotel)
Tel.: 235 590 010
Email:reservas@villapampilhosahotel.com
Preço médio: entre 20 e 30 euros. Menu executivo/buffet a 9,90€
Especialidades: cabrito das Beiras, bacalhau da couvada, truta, tigelada da Pampilhosa da Serra e arroz doce aromatizado, numa cozinha que cruza o tradicional e o contemporâneo.
Cerdeira
Onde dormir
Cerdeira Village
Tel.: 911 89 605
Email: reservas@cerdeiravillage.com
Preços: Casas com preços a partir dos 70 euros, cama em camarata 25 euros, ou 15 euros se integrado num workshop ou residência artística.
Para mais informação sobre a programação artística que existe ao longo do ano e o encontro Elementos à Solta, em Julho, ver www.cerdeiravillage.com
Candal
Onde comer
Restaurante Sabores da Aldeia (sobre o restaurante situa-se a Loja das Aldeias do Xisto, com produtos regionais)
Tel.: 239 991 393
Email: saboresdaaldeiacandal@gmail.com
Horário de Inverno: sábados e domingos das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 21h30
Preço médio: 15 euros
Especialidades: pratos cozinhados no forno de lenha.